Lição 08 – Características de um obreiro – Betel Jovens Conectar+ 1 trimestre 2022

Versículo do dia

“Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância,” Tt 1.7

Verdade aplicada

O obreiro é um operário disposto a se deixar gastar na obra de Deus.

Objetivos da lição

• Enumerar as qualidades bíblicas do obreiro;
• Compreender a conduta do obreiro à luz das Escrituras;
• Explicar as qualidades do obreiro descritas nas cartas pastorais.

1 – QUALIDADES DO BISPO

A expressão “episkopos” (1Tm 3.1), usada na 1ª Carta escrita a Timóteo não tem nada a ver com o bispo monárquico, pois a palavra em questão se refere a uma supervisão pastoral local, e para este cargo teriam qualidades que necessitavam ser observadas.

1.1. O bispo e a conduta familiar

No texto da missiva a Timóteo, Paulo fala abertamente que o bispo precisa ser marido de uma mulher e que saiba governar bem a sua própria casa (1Tm 3.2, 4). O primeiro rebanho que o bispo precisa pastorear é a sua casa. A conclusão nos é fornecida na sequência, vejamos: “Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?, 1Tm 3.5. Que Deus ajude os Seus obreiros a liderar com sabedoria a sua casa, pastorear os filhos e cuidar da esposa com amor e respeito, pois assim demonstrarão estar aptos a liderar na Casa de Deus. Infelizmente, existem obreiros que são amados pela igreja e odiados dentro da própria casa. Que Deus nos ajude no exercício do ministério que Ele nos confiou.

1.2. As qualidades temperamentais

A realidade diária do pastoreio não é fácil, pois envolve pessoas, cada uma com seus dramas e necessidades; pressões externas e tomadas de decisões das mais diversas e complexas. Paulo diz que o bispo precisa ser sóbrio, não espancador, não contencioso, mas moderado (1Tm 3.2-3). A princípio, alguns se chocam com este texto, mas possivelmente estes comportamentos e práticas foram observados naqueles obreiros que não sabiam lidar com as pressões diárias inerentes à liderança. A expressão moderado já diz tudo; sua ideia no grego expressa: controle nas decisões, sendo o contrário de abrasivo e severo, Que sejamos pessoas equilibradas, que sabem dominar os sentimentos diante das pressões do dia a dia.

2 – A CONDUTA DOS DIÁCONOS

Vemos a instituição dos diáconos em Atos dos Apóstolos 6. A palavra “diácono, derivada do grego, nos remete a ideia daqueles que servem. Até mesmo para servir, existe um alto padrão, pois, no ministério, representamos Aquele que nos chamou e a instituição a qual servimos.

2.1. Os diáconos e a questão financeira

E impressionante que Paulo pontua para Timóteo que os diáconos precisam ser honestos e não cobiçosos de torpe ganância (1Tm 3.8-9). As duas expressões se complementam, pois o diácono não pode ser levado pelo desejo nem seu coração deve ser abrasado pelas riquezas. Por isso, a conduta deve ser pautada pela honestidade. Infelizmente, existem pessoas que assumem o ministério como coração inebriado pelas cifras e pelo status que isto lhe confere. Que o nosso alvo seja Cristo e que nossa motivação seja exercer o ministério para tão somente servir e cumprir com excelência aquilo que Deus nos confiou.

2.2. Que seja primeiro provado

Quando olhamos o texto chave de Atos 6, percebemos que, na escolha dos diáconos, foram consideradas três características básicas, a saber: varões de boa reputação, cheios do Espirito Santo de sabedoria’, At 6.3, Paulo nos diz que é necessário primeiro colocar os diáconos à prova e, se forem irrepreensíveis, desenvolva o ministério (1Tm 3.10). O período de prova é um tempo em que, muitas vezes, nos servirá para olhar mais de perto a conduta do obreiro e alinhá-lo à conduta bíblica. É muito triste quando percebemos que pessoas sem aptidão assumem o ministério. Que Deus não permita que obreiros sejam reconhecidos e consagrados aos diversos ministérios na igreja sem que estes, de fato, sejam chamados pelo Senhor da seara.

3 – CARACTERÍSTICAS INERENTES AOS PRESBITEROS

Os presbíteros, segundo a derivação dessa palavra no grego, traz a ideia de “homens de idade”, ou um corpo de anciãos composto de homens dignos, sábios e maduros. Devido a sua representatividade, as qualidades precisavam ser também observadas.

3.1. Uma conduta familiar exemplar

Paulo estabelece, ao escrever para Tito, que até mesmo os filhos dos presbíteros precisam ser fiéis, para que ninguém tenha o que falar de sua família. O termo irrepreensível” usado no texto de Tito 1.6, é muito forte, pois indica uma conduta acima de qualquer suspeita. Nós, como ministros de Deus, precisamos primar por uma conduta ilibada e um caráter forjado à luz da Palavra e em Cristo. Os desvios de conduta de muitos obreiros estão relacionados ao ambiente familiar e não são tratados. Assim como Cristo, necessitamos ser santos em toda a nossa maneira de viver. Jesus orienta a sermos perfeitos como perfeito é o Pai celestial (Mt 5.48).

3.2. Zelando pela verdadeira doutrina

Na passagem de Tito 1.9 percebemos a preocupação paulina para que os obreiros tivessem firmeza na verdade; objetivando com isso que fossem refutadores de contradições e de possíveis desvios doutrinários. Fica evidente que, além da conduta moral, os presbíteros devem ter convicção acerca da doutrina cristã. Quanto a sã doutrina, é necessário cautela, pois, devido à explosão de núcleos educandários teológicos, há enésimas teologias sem embasamento bíblico sendo ministradas, o que certamente refletirá negativamente na obra de Deus. Que estejamos atentos à teologia ensinada por obreiros despreparados ou mal-intencionados.

CONCLUSÃO

Fomos chamados por Deus como Seus embaixadores, e diante desta convocação, necessitamos ter uma conduta ilibada para o exercício ministerial.