Lição 06 – A Arca da Aliança – Betel Jovens Conectar 3 trimestre 2021

Lição 06 – A Arca da Aliança

Revista Betel Dominical Jovens Conectar+ 3 trimestre 2021

Comentarista: César Pereira Roza de Melo
Data: 08 de agosto de 2021

Texto de Referência: Ex 25:10-22

📖 Versículo do dia

“Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos, 4 que tinha o incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto;” Hb 9.3-4

👍 Verdade aplicada

A Arca da Aliança era símbolo da presença de Deus.

🎯 Objetivos da lição

• Entender os símbolos da Arca da Aliança;
• Destacar as verdades espirituais da Arca da Aliança;
• Contextualizar a Arca da Aliança e a Nova Aliança.

1 – DETALHES DA ARCA DA ALIANÇA

Deus revela a Moisés as medidas e o material que deveria ser usado na feitura da arca, pois não era apenas uma obra de confecção humana e sim um projeto Divino rico em detalhes e revelações neotestamentárias.

1.1. Características da Arca da Aliança

A palavra hebraica empregada no texto de Êxodo pode ser traduzida como “baú ou arca”. Existem, aproximadamente,185 referências à Arca no AT. As dimensões da arca eram cerca de 1,10cm de comprimento e 70 cm de largura e de altura. A arca era feita de madeira revestida de ouro por dentro e por fora e possuía quatro argolas, duas de cada lado. O simbolismo aqui é muito rico, pois tipifica a natureza humana e Divina de Cristo. A madeira de Acácia é conhecida por sua resistência, assim como José que foi resistente ao combater o pecado e o sistema frio da religiosidade Judaica. As quatro argolas que serviam para levar a arca indicam os quatro Evangelhos que carregam toda a revelação de Jesus Cristo.

1.2. O que é propiciatório?

Outra parte importante que fazia parte da Arca da Aliança era o propiciatório, que nada mais era do que a tampa da Arca, porém com dois querubins de ouro batido nas extremidades da tampa. A ideia da expressão de propiciatório mostra a misericórdia e a reconciliação; lugar onde Deus se torna favorável ao homem. A Bíblia diz que Deus se manifestava por meio dos querubins (Nm 7:89). No propiciatório o sangue do novilho era aspergido pelo pecado do Povo (Lv 16). Espiritualmente, podemos dizer que os dois querubins ali representavam a Santidade e a Justiça de Deus, e que, através do sangue de Jesus Cristo, podemos adentrar por um novo e vivo caminho e termos comunhão com ele (Hebreus 10. 19-20).

🤓 Refletindo

“Deus tem estabelecido contratos com Seu povo, e estes contratos estão registrados nas Escrituras Sagradas”.
Bispo Primaz Manoel Ferreira

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2 – O INTERIOR DA ARCA DA ALIANÇA

A Bíblia diz que a Arca era revestida de ouro por dentro e por fora, mas também declara que seu interior continha as Tábuas da Lei, o vaso de ouro contendo o maná e a vara de Arão, que floresceu, trazendo uma simbologia muito grande na revelação de Cristo.

2.1. As Tábuas da Lei e as suas implicações

Dentro da Arca da Aliança, estavam as Tábuas da Lei, com os mandamentos de Deus, entregues a Moisés no Sinai. As Tábuas, aqui, evidenciam a palavra de Deus. Jesus, ao falar de si mesmo, diz que Ele é a Verdade, (João 14.6), bem como o Verbo (João 1.1). Jesus veio revelar a verdade, a graça e o futuro de Deus para a humanidade perdida e condenada à morte. No tempo da Lei, o homem deveria cumprir cada til da Lei, mas, na Graça, por intermédio de Cristo, vamos sendo transformados pela Palavra de Deus em nosso coração.

2.2. O vaso de ouro com Maná

Um dos maiores símbolos da providência de Deus sobre a vida do seu povo durante a caminhada no deserto, sem dúvida, era o Maná. Em Êxodo 16, lemos sobre o Maná que, de maneira sobrenatural, Deus mandava sobre o seu povo todos os dias, excetuando-se o sétimo dia. O Maná caracteriza a providência divina sobre a vida do seu povo em todos os âmbitos. Por meio de Jesus Cristo, experimentamos o milagre de Deus em nossa caminhada espiritual. Nosso Deus é Deus de providência.

2.3. A vara de Arão que floresceu

Em um momento de grande murmuração do povo contra a liderança sacerdotal, Deus instruiu Moisés que, de cada casa paterna dos príncipes, trouxessem varas para estar diante do Senhor com o nome de cada líder escrito em sua respectiva vara; aquela vara que florescesse seria a vara do escolhido para ser sacerdote (Nm 17). Deus aqui estava estabelecendo que a chamada era uma particularidade divina e não humana, por isso estaria guardada na Arca como testemunho às gerações. Jesus deixou claro que foi Ele quem nos escolheu (João 15.16).

3 – A Arca da Aliança e o Novo Testamento

O escritor aos hebreus pontuou que o AT era apenas sombra das coisas que viriam; por isso a Arca da Aliança aponta e revela algo bem maior que os rituais infindáveis do AT.

3.1. A Arca da aliança e Jesus

A arca era a representação da Glória de Deus, bem como a Sua misericórdia e justiça. A Bíblia diz que Jesus é a propiciação pelos nossos pecados, bem como o de todo o mundo (1 Jo 2:2). Em Jesus, Deus se torna propício a perdoar o pecado do seu povo, pois Jesus é a reconciliação entre Deus e o homem. A palavra “propiciatório” pode ser traduzida como “Trono da Misericórdia”, momento este em que Deus, pela sua infinita graça, perdoa o pecado do homem, justificando-o, tornando-o apto a ser participante da Graça e da Glória de Deus. No AT, apenas o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, mas através de Jesus Cristo todos têm livre acesso a presença de Deus por intermédio do sangue de Jesus.

3.2. A glória de Deus

Um dos momentos áureos no ritual levítico era a manifestação da “Shechinah”, que simbolizava a habitação de Deus visível no meio do seu povo. O lugar em que “Shechinah” de Deus se manifestava era entre os querubins. Os querubins representavam a guarda da Glória e da santidade de Deus, dando ideia de algo restrito. No NT, por intermédio de Jesus, a glória de Deus é compartilhada pelo Espírito Santo. No dia do Pentecostes, vemos a manifestação da Glória de Deus (Atos 2). Na história da caminhada dos Apóstolos, temos provas incontestes da Glória de Deus atuando na divulgação do Evangelho, bem como na salvação de pessoas. O texto de Marcos 16.20 é claro e enfático ao dizer que “o Senhor confirmava a palavra com sinais”.

Pega essa, vaso! 😃

Em 2 Samuel 6, encontramos uma narrativa que nos serve de meditação para um viver mais responsável e lições para que possamos desempenhar a obra de Deus com maior seriedade. Após vários anos em que a Arca da Aliança esteve fora de Jerusalém, Davi, ao assumir o comando da Nação, tem como empreendimento trazer de volta aquilo que representava a presença de Deus no meio do povo. A perícope nos informa que o rei reuniu 30 mil homens para que o transporte da Arca fosse feito em segurança. Por determinação real, fora feito também um carro novo, específico e com uma única missão: o de transportar a Arca da Aliança. Durante o cortejo, houve cânticos e júbilos com Davi e toda a casa de Israel tocando todo tipo de instrumento. Diante de um momento auspicioso como este, algo inusitado acontece. Ao chegar à eira de Nacom, o carro passa por uma depressão do terreno e começa a tombar; e consequentemente, a Arca da Aliança cairia, mas Uzá estendeu a mão para impedir que isso acontecesse. O resultado de tal ato foi a morte. A Bíblia diz que a ira de Deus se acendeu contra Uzá e o feriu ali. Um dos fatores responsáveis por isto foi Davi se esquecer que apenas Levitas podiam transportar a Arca. Precisamos entender que a obediência deve vir primeiro que qualquer evento ou motivação que tenhamos, ainda que seja nobre.

CONCLUSÃO

A Arca da Aliança traz grandes verdades espirituais na aplicabilidade da vida crítica da cristandade.

Complementanto

Um dos maiores questionamentos sobre a Arca da Aliança é quanto ao seu paradeiro. Alguns arqueólogos acreditam que ela esteja em algum lugar da antiga Jerusalém.

Eu ensinei que

A presença de Deus revela sua graça, comunhão e esperança para o seu povo.