Lição 04 – A implicação teológica do Tabernáculo – Revista Betel Jovens Conectar 3 trimestre 2021

Lição 04 – A implicação teológica do Tabernáculo

Revista Betel Dominical Jovens Conectar+ 3 trimestre 2021

Comentarista: César Pereira Roza de Melo
Data: 25 de jullho de 2021

Texto de Referência: Hb 8:1-13

📖 Versículo do dia

“E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,” 2 Co 3.7

👍 Verdade aplicada

O Novo Testamento tem como base o Antigo Testamento.

🎯 Objetivos da lição

• Compreender as revelações de Deus no Tabernáculo;
• Destacar os aspectos teológicos existentes no AT;
• Perceber a grandeza de Deus nos detalhes do Tabernáculo.

📣Introdução

Transformados em doutrinas fundamentais da fé cristã, tais como Soteriologia, Hamartiologia, Cristologia, Pneumatologia e etc.

🔑 PONTO DE PARTIDA:
A Salvação por intermédio de Cristo foi vislumbrada no Tabernáculo.

1 – O TABERNÁCULO E A DOUTRINA DA SALVAÇÃO

Numa das divisões do estudo teológico, encontramos a Soteriologia que trata de assuntos concernentes à salvação e seus aspectos. Neste tópico, mostraremos alguns aspectos pontuados no ar através do culto Levítico.

1.1. A remissão de pecados.

Através dos enésimos sacrifícios relatados no culto Levítico, verificamos que a tônica principal é sobre a maneira de perdoar o pecado do povo. Existiam diversos rituais e todos com foco na remissão do pecado e na aproximação do homem com Deus. Os capítulos 4 e 5 de Levíticos falam sobre os sacrifícios para diversos tipos de Pecados. Em todos eles, o culpado deveria chegar ao sacerdote com a sua oferta diante do altar e ali confessar seus delitos. Com a morte de Cristo no Calvário, não é mais necessário sangue de animais, pois Jesus foi o sacrifício perfeito. Como bem disse João; Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). Deus nos justificou através do sangue de Jesus e por isso temos paz com Ele (Rm 5.1).

1.2. Vivendo uma vida de santidade

O povo de Israel vivera por 430 anos em uma nação pagã e de cultura diferente, mas agora Deus queria que o povo entendesse a necessidade de se buscar a santidade. Uma das exigências pétrea neste período é “sede santos, porque Eu o SENHOR, sou Santo” (Lv 11:45). O sumo sacerdote usava uma lâmina de ouro na testa com a seguinte gravação: “santidade ao senhor” (Ex 28:36-38). Paulo diz que a vontade de Deus é Nossa Santificação (um PS4. 3). A santidade é um dos aspectos de nossa salvação, e para o escritor aos Hebreus é uma condição indispensável para vermos o Senhor (Hb 12.14).

🤓 Refletindo

“Somos o Templo do Senhor, busquemos a Santidade, pois Ele habita em nós!”
Pr. Luiz Prates

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2 – O AT E O PECADO.

Outra doutrina enfocada no Tabernáculo é a doutrina do pecado, conhecido nas cátedras teológicas como hamartiologia. Através da Lei, o povo passou a ter noção do pecado ponto nos rituais Levíticos, Deus mostra ao povo o seu pecado, como também a maneira de ser perdoado.

2.1. O que vem a ser o pecado?

A palavra pecado, literalmente, significa “errar o alvo” ponto todas as vezes que erramos o nosso objetivo em Cristo Jesus, pecamos. No livro do Gênesis, vemos Deus estabelecendo o homem no Jardim do Éden ele dando uma ordem descrita em Gn 2:16-17: “de toda árvore do Jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do Mal, dela não comerás; porque, No dia Em que dela comeres e, certamente morrerás“. Quando Adão e Eva comem do fruto, transgridem o mandamento, sendo assim, cometem pecado. O pecado é uma realidade e tem afastado muitas pessoas do Criador, por isso precisamos estar seguros na palavra de Deus e cobertos com o sangue de Jesus. O apóstolo Paulo chega a dizer que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23).

2.2. O pecado e suas consequências.

A Bíblia é repleta de passagens, mostrando as consequências do pecado na vida de uma nação, de um povo e até mesmo do indivíduo. Uma consequência imediata do pecado de Adão e Eva foi a expulsão do jardim (Gn 3:24). O profeta Isaías profetiza que o pecado faz divisão entre o homem e Deus (Is 59:2). Um dos relatos mais tristes na Bíblia, vemos no Pecado de Acã, quando a nação inteira sentiu a consequência ao perder a batalha para o exército de ai (Js 7). O sábio Salomão disse que um só pecador atrapalha todas as bênçãos (Ec 9:18). Infelizmente, muitos sonhos, casamentos, famílias, Ministérios e pessoas têm sido destruídos pelo pecado. É necessário vigiar, fugir da aparência do mal e nos revestir de toda armadura de Deus (Ef 6:11). Jesus Cristo é o único antídoto contra o pecado.

3 – CRISTO COMO CENTRO DO TABERNÁCULO.

Encontramos no Tabernáculo a pessoa de Cristo como tema central ponto ao analisar as minúcias do Tabernáculo virem vemos o quanto Jesus estava presente, esperando a Plenitude dos tempos para se manifestar e intervir na História.

3.1. A arca da aliança e a revelação de Jesus.

Um dos utensílios de maior representatividade no Tabernáculo, indubitavelmente, era a Arca da Aliança, pois representava a presença do próprio Deus. Veremos alguns detalhes neste utensílio que aponta para Cristo. A arca deveria ser feita de madeira de Acácia e revestida de ouro por dentro e por fora (Ex 25:10-11). Algumas características desta madeira são: ela cresce em condições áridas produz uma goma medicinal e não é deteriorável. Aqui Já percebemos o direcionamento para a vida do Messias, que, mesmo vivendo em um ambiente hostil, de uma religiosidade vazia e de incredulidade, obteve êxito em sua missão; outro ponto a destacar é que, através de sua morte vicária, fomos sarados de nossas enfermidades. Por último, percebemos que Jesus foi incorruptível durante o seu ministério. Jesus era parte da divindade, mas se manifestou em carne.

3.2. Jesus como Sacerdote e como Cordeiro

Através dos rituais do culto Levítico, observamos que o sumo sacerdote recebia o animal do pecador que deveria ser sem mancha ou defeito para oferecer em holocausto. Por sua vez, o pecador colocava a mão sobre o animal; transferindo o pecado e assim o animal morria pela culpa, tornando Perdoado o pecador. Aqui percebemos claramente o duplo Ofício de Jesus; ao mesmo tempo em que Cristo era o sumo sacerdote que intercedia pelo povo, ele também era o cordeiro que levava a culpa do pecador. O escritor da carta aos Hebreus, ao ponderar sobre a supremacia de Cristo sobre o sumo sacerdote Arão, chega a dizer que as ministrações diárias eram impotentes para tirar pecados, mas o sacrifício de Jesus foi oferecido uma única vez (Hb 10.11-12).

Pega essa, vaso! 😃

Como relatou o escritor aos hebreus que a lei era a sombra dos bens futuros (Hb 10:1), tudo no Tabernáculo apontava para algo bem superior. O fato do Tabernáculo está em pleno deserto mostra o ministério de Jesus no meio de uma humanidade caída e corrompida. A mistura do ouro e da prata com as areias do deserto aponta para as duas naturezas de Cristo. A Tenda da congregação tinha apenas uma entrada simbolizando que o único acesso a Deus é por meio de Jesus Cristo (1 Tm 2:5). Jesus foi bem enfático ao dizer: “Eu sou o caminho a verdade e a vida ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Precisamos destacar duas verdades neste Versículo: A primeira é que Jesus não se coloca como um dos caminhos e, mas sim, o único que leva a Deus. A segunda é que Jesus diz: “ninguém vem“, e não “ninguém vai“; a mudança aqui colocaria Jesus de forma como parte integrante da Trindade. Por isso quando Jesus usa a expressão “ninguém vem”, ele reforça a crença na sua deidade e, pois “vem” indica aproximação, enquanto “vai” expressa afastamento. Em Cristo, cumpriram-se muitas das cerimônias do Tabernáculo: a manifestação da Glória Divina, a expiação, a reconciliação do homem com o Criador e a presença de Deus entre o povo redimido. As sombras e as figuras já passaram, mas a realidade permanece na pessoa e obra de Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

Os vários rituais do AT estavam revelando as doutrinas que, mais tarde, seriam essenciais na defesa da fé cristã e na divulgação do Evangelho.

Complementando

O Tabernáculo era um santuário portátil construído sob as orientações divinas a Moisés. Ele é era o símbolo da autoridade de Deus sobre Israel e foi utilizado durante a peregrinação do Povo no deserto, como na entrada em Canaã até ser desativado na construção do Templo pelo Rei Salomão.

Eu ensinei que

O Tabernáculo contribuiu para a formação da teologia Cristã.

Lição 04 – A implicação teológica do Tabernáculo – Revista Betel Jovens Conectar 3 trimestre 2021

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