Lição 02 – Descortinando o Tabernáculo – Revista Betel Jovens Conectar 3 trimestre 2021

Lição 02 – Descortinando o Tabernáculo

Revista Betel Dominical Jovens Conectar+ 3 trimestre 2021

Comentarista: César Pereira Roza de Melo
Data: 11 de julho de 2021
Texto de Referência: Ex 39:33-43

📖 Versículo do dia

“19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,”. (Hebreus 10:19-20)

👍 Verdade aplicada

Em Cristo, temos acesso ao Santo dos santos.

🎯 Objetivos da lição

• Destaccar as divisões do Tabernáculo;
• Esclarecer a diferença entre Lugar Santo e Lugar Santíssimo;
• Extrair as verdades da obra de Cristo.

📣Introdução

O Tabernáculo foi o grande projeto de Deus em Pleno deserto. Através do Tabernáculo verdades foram reveladas ao Seu povo, levando-os a viver uma vida de santidade e adoração no temor do Senhor.

🔑 PONTO DE PARTIDA:
“Deus se estabelece no meio do Seu povo objetivando o relacionamento”.

1 – O TABERNÁCULO E SUA DIVISÃO

O Tabernáculo era dividido basicamente em três partes: o pátio, o lugar santo e o lugar Santíssimo. Existiam limites entre elas e cada uma com suas características e propósitos na vida do povo e dos Levitas.

1.1. O Pátio da Congregação

Em Êxodo 27:9, vemos o próprio Deus estabelecendo a construção. Vale ressaltar que existia apenas uma entrada e saída, a Pia de bronze e o Altar de Holocausto. Basicamente servia de lugar para aqueles redimidos que quisessem prestar culto e, ao mesmo tempo, pela restrição no acesso, impedia qualquer aproximação ilegal do Lugar Santíssimo. Espiritualmente falando, no átrio, o homem começa a aproximar-se de Deus através do sacrifício de Cristo.

1.2. O Lugar Santo.

Não podemos confundir o Lugar Santo com o Lugar Santíssimo. O Lugar Santo fazia parte da Tenda da congregação e era separado do Pátio por um véu e dentro dele encontramos o Castiçal de Ouro, o Altar de Incenso e a Mesa dos Pães da proposição. Somente os sacerdotes podiam entrar para ministrar (HB 9:6). O Lugar Santo simboliza um estágio a mais na vida espiritual, mostrando a necessidade de adorarmos a Deus em espírito e em verdade, gozando da presença do Eterno e da iluminação do Espírito Santo.

1.2. O Lugar Santíssimo.

O lugar Santíssimo é a área mais restrita, onde apenas o sumo-sacerdote tinha acesso, sendo apenas uma vez no ano (HB 9.7). Era separado do lugar santo por véu, o mesmo que se rasgou de alto a baixo na crucificação de Jesus (Mt 27:51). Neste ambiente, encontrava-se a Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus, ali Deus manifestava a Sua glória, que se tornava propícia ao seu povo. Na vida espiritual, o Lugar Santíssimo indica o um estágio de intimidade com Deus onde O vemos face a face, alguém que passou pelo altar de holocausto cujo pecado foi Perdoado, bem como pelo altar de incenso cuja adoração chegou diante de Deus e agora possui acesso a presença do Altíssimo.

🤓 Refletindo

“No Altar, Deus encontrava com o povo e Israel para a reconciliação mediante o sangue de Cristo”.
Pr. elienai Cabral

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2 – OS TIPOS DE ALTAR NO TABERNÁCULO

O mistério e o simbolismo que cercam cada mobília e utensílios vinculados ao Tabernáculo são de grande importância na compreensão das verdades do NT. Neste tópico, falaremos sobre o Altar de Holocausto e o Altar de Incenso.

2.1. O Altar de Holocausto

O altar de holocausto era a maior peça do Tabernáculo, tendo 2,25 M quadrados e ficava justamente no átrio e servia para o sacrifício; era também conhecido como Altar da Transferência onde o culpado transferia a sua culpa para o animal e este morria em seu lugar. Vale salientar que a palavra holocausto é originada do grego e traz a ideia de consumido por inteiro. Ao mesmo tempo em que o altar era lugar de morte, também originava a vida. No grande projeto de salvação, vemos que, através da cruz, a vida de Jesus foi tirada em morte substitutiva para que a humanidade tivesse direito à vida eterna.

2.2. O Altar de Incenso

Esta peça ficava dentro do lugar santo. Era um altar de 45 cm quadrados feito de madeira de Acácia e revestido de ouro (Êx 30. 1-10). Também era conhecido como o altar que está perante a face do Senhor (Lv 4.18). Esse altar servia para queimar incenso ao Senhor que simboliza oração e adoração. Este era o utensílio mais próximo da Arca da Aliança, separado apenas pelo véu. Assim deve ser a vida do crente, regada com oração e adoração. A adoração mostra a disposição do coração e na oração mostramos a nossa dependência em Cristo.

3 – OS UTENSÍLIOS PARA A LIMPEZA

Tudo que estava no Tabernáculo estava conectado. Havia mensagens com significado espiritual, inclusive, nos utensílios para a limpeza.

3.1. As Espevitadeiras

As Espevitadeiras eram pequenos instrumentos feitos de ouro, usados para tirar o carvão ou morrão que se formava no pavio das lâmpadas alimentadas com azeite, como no caso do Candeeiro de Ouro. O sacerdote tinha por objetivo manter a chama do Castiçal de ouro acesa continuamente (Lv 24.1-4) para que o Lugar Santo ficasse iluminado, mas muitas vezes criava o morrão atrapalhando a intensidade das chamas. A Espevitadeira pode fazer alusão a Palavra de Deus que precisa ser pregada constantemente para arrancar os morrões espirituais que impedem o brilho de muitos luzeiros de Cristo.

3.2. A Bacia de Bronze

Este item era reservado para o uso exclusivo de sacerdotes. Eles sempre se contaminavam pela realização de suas tarefas diárias e por isso precisavam se lavar. Lugar onde os sacerdotes, sob pena de morte, eram obrigados a lavar as mãos e os pés para ministrarem no Lugar Santo ou quando se aproximavam do Altar para oferecer sacrifícios (Êx 30.20-21). O fato desta bacia ser feita de bronze revela a firmeza e a força que precisamos ter no combate ao pecado. Outro ponto a considerar é a água que representa a Palavra de Deus, e que tem poder para lavar a nossa alma e nos limpar de todo o pecado. Jesus chegou a dizer para seus discípulos: Vós estais limpos pela palavra que vos Tenho dito (João 15.5).

Pega essa, vaso! 😃

Subsídio teológico e histórico
A palavra Altar no original significa “um lugar de sacrifícios“. Aparece no AT 374 vezes com o mesmo significado. Os Altares, porém, não surgiram com a construção do Tabernáculo. A primeira referência bíblica da palavra altar é encontrada em Gn 8.20, onde lemos: “E edificou Noé, um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo, e de toda ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar“. Entretanto, é bem provável que Abel e Caim tenham feito suas ofertas sobre Altares, embora não esteja no texto de Gênesis 4.3-4. O altar de holocausto era também chamado de altar de transferência pois todas as ofertas trazidas para este Altar eram vicárias. A palavra “vicária” significa tomar o lugar de outrem ou servir como substituto. As ofertas tipificavam o sacrifício que Cristo faria ao tomar o nosso lugar na cruz em consequência de nossos pecados, por isso o Altar de Holocausto apontava para a cruz de Cristo. No Altar de Bronze ou Holocausto o crente começa a compreender o Alto Preço que Cristo pagou por nós. Sobre o altar, o pecado encontrava seu julgamento, e o pecador a sua absolvição. Neste altar, também eram oferecidas ofertas queimadas, que, no original, encontramos a tradução para aquilo que ascende. O sacrifício era feito num lugar terrestre, mas a despeito disto acendia e era aceito nos céus.

CONCLUSÃO

Através da obra vicária de Cristo, hoje não precisamos mais de utensílios para acessar à presença de Deus, pois somos o Templo do Espírito Santo (1Co 3:16). Todos aqueles que adentram ao Reino por intermédio de Cristo, alcançam o extraordinário na presença de Deus.

Complementando

O Tabernáculo ficava posicionado no centro do acampamento israelita, de frente para o oriente de onde nascia o sol (Nm 2:1-3). Deus desejava habitar no meio de Seu povo (Êx 25:8) e os instruiu para este posicionamento geográfico, a fim de que o povo aprendesse a depender de Deus e O colocasse no centro de todos os âmbitos da nação.

Eu ensinei que

Aceitar o sacrifício vicário de Cristo nos garante entrada no Lugar Santíssimo.

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