Revista PECC Adultos 1 trimestre de 2024
Aprenda a Bíblia com a Lição 01: Salmo 1 – O Salmo da Felicidade | 3° Trimestre de 2024 | EBD PECC
Editora: PECC (Programa de Educação Cristã Continuada) 1 trimestre 2024 – Escola Dominical
EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 3° Trimestre De 2024 | TEMA: O LIVRO DOS SALMOS – Aleluia” Louvai ao Senhor! | Escola Biblica Dominical | Lição 01: Salmo 1 – O Salmo da Felicidade
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Salmos 1 há 6 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Salmo 1.1-6 (1 a 2 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Assim como foi fundamental ao povo de Israel nos tempos do exílio e no retorno do cativeiro, o livro de Salmos continua sendo insubstituível para nós como guia devocional, por isso seu título hebraico é “livro de louvores”, e o grego é um “cântico entoado com acompanhamento de instrumentos de cordas”. No Salmo 1, Davi reconhece que aqueles que não temem a Deus deleitam-se durante o reinado da desordem moral do mundo. No entanto, de uma hora para outra, percebem que são, verdadeiramente, privados da verdadeira felicidade, não vivendo o que imaginaram viver, isto é, são enganados por uma imaginária felicidade que só elas veem. Por outro lado, aquele que teme ao Senhor, vivendo uma vida contrária a tudo isso, rejeitando uma vida de impiedade, é mais do que feliz.
OBJETIVOS
Aprender como o Livro de Salmos está dividido e como os salmos podem ser classificados.
Reconhecer que o crente tem na Bíblia a sua fonte de prazer:
Compreender que a felicidade eterna consiste em viver uma vida de retidão diante de Deus.
PARA COMEÇAR A AULA
Inicie esta lição mostrando à classe as precauções (que estão nos três primeiros versículos de forma gradual, para que estas se tornem uma prática diária) que devemos tomar contra as tentações do mal. O salmista afirma que mais do que feliz é quem não se torna um aliado dos ímpios, pois estes, naturalmente, desejam correr atrás da felicidade, entregando-se aos seus pecados; sim, julgam-se felizes ao afastarem-se de Deus e satisfazerem os desejos de seus corações. Nós, por outro lado, entendemos que o nosso prazer está no Senhor.
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LEITURA ADICIONAL
Observe o caráter positivo do bem-aventurado: “Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor”. Ele não está sob a lei como maldição e condenação, mas está nela e tem prazer de estar nela como regra de vida Além disso, tem prazer em meditar na lei, lendo-a de dia e pensando nela de noite (“e na sua lei medita de dia e de noite”). Escolhe um texto e o leva consigo o dia todo. Nas vigílias da noite, quando o sono lhe abandona as pálpebras, ele se afunda na meditação da Palavra de Deus. No dia da prosperidade, canta salmos da Palavra de Deus, e na noite da aflição, consola-se com as promessas do mesmo livro. A “lei do Senhor ” é o pão diário do verdadeiro crente. E como era pequeno o volume da inspiração nos dias de Davi, pois não havia outra coisa exceto os primeiros cinco livros de Moisés! Quanto mais, então, devemos prezar por todo o escrito da Palavra que é o privilégio de cada um ter em casal Mas infelizmente, como é maltratado este anjo do céu! Não somos absolutamente pesquisadores bereanos das Escrituras. Como são poucos entre nós os que podem reivindicar as bênçãos do texto! Talvez alguns possam reivindicar de certa forma a pureza negativa, porque vocês não andam no caminho dos pecadores. Mas permitam-me uma pergunta: O seu prazer está na lei do Senhor? Você estuda a Palavra de Deus? Você faz da Bíblia o seu auxiliar indispensável, a sua melhor companhia e o seu guia de hora em hora? Se as respostas não forem afirmativas, esta bênção não lhe pertence. Livro: Os Tesouros de Davi vol. 1 (Charles Spurgeon, CPAD, 2017, pág. 16).
Texto Áureo
“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sl 1.1
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Os salmos são uma coleção de louvores e orações que transmitem paz aos corações e inspiram a louvar e a confiar no Senhor.
INTRODUÇÃO
I- O LIVRO DOS SALMOS
1- A formação
2- Autores, datas e classificação
3- Divisão e organização
II- O SALMO PRIMEIRO Sl 1.1-3
1- Autoria, datação e classificação
2- A felicidade do justo Sl 1.1
3- O prazer encontrado na Lei do Senhor Sl 1.2
III- O SUCESSO DO JUSTO E O FIM DO ÍMPIO Sl 1.3-6
1- A árvore e a palha Sl 1.3-4
2- Os ímpios não triunfarão Sl 1.5
3- Deus conhece o justo SI 1.6
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Sl 34.3
Terça – Sl 37.34
Quarta – Sl 73.23-25
Quinta – Sl 112.5-7
Sexta – Sl 133.1-3
Sábado – Sl 1.1-3
Hinos da Harpa: 232 – 86
INTRODUÇÃO
Neste trimestre iniciamos mais um precioso período de estudos e o nosso objeto de exame será o Livro de Salmos, que é uma coleção de hinos, orações e louvores poéticos e de sabedoria do antigo Israel. Os Salmos nos inspiram a prestar adoração ao Senhor, a suplicar por Sua atenção e agradecer por Seu socorro. Portanto, estudar os princípios deste Livro gera em nossos corações esperança, traz consolo e ânimo, além de criar confiança nas promessas do Senhor. Nesta aula inicial iremos realizar uma apresentação geral do Livro, explicitando os autores, as datas, a organização e outros detalhes pertinentes e elementares. Na sequência, abordaremos o primeiro salmo, que além de introduzir o saltério, fala a respeito do nosso relacionamento com Deus a partir da perspectiva do caminho dos justos e dos ímpios.
I- O LIVRO DOS SALMOS
1- A formação. A formação do Livro de Salmos está inserida em três momentos da história judaica:
1) Salmos pré-exílicos, compostos antes da tomada de Jerusalém pela Babilônia (606 a.C);
2) Salmos do exílio, produzidos durante os 70 anos de cativeiro (606-536 a.C);
3) Salmos do período do segundo Templo, inaugurado após a autorização do retorno dos judeus à Terra Santa (538 a.C-70 d.C).
2- Autores, datas e classificação. Os títulos dos salmos, além de revelar a autoria, apresentam outros importantes detalhes:
a) natureza da poesia (“Em memória”, Sl 38);
b) instruções musicais (“segundo a melodia ‘Os lírios”‘, Sl 45);
c) ocasião (“Salmo de Davi, quando o profeta Natã veio ter com ele”, Sl 51); e o uso dos salmos (“Cântico de romagem” ou “degraus” Sl 120-134). Dos 150 salmos, temos conhecimento dos seguintes autores: Davi (73); Asafe (12); filhos de Corá (10 o u 11); Salomão (2); Moisés (1); Hemã (1) e Hetã (1). Aproximadamente 50 salmos são de autoria desconhecida. A datação dos salmos apenas pode ser presumida, ponderando seus autores e algumas ocasiões conhecidas, a exemplo do Salmo 51, cujo contexto histórico encontramos em 2 Samuel 12. É pertinente salientar que, tecnicamente, o Livro de Salmos não tem capítulos; visto que a organização do texto bíblico em capítulos é obra recente. Sendo assim, por sua natureza hínica e de escritos poéticos, os s almos já se encontravam organizados individualmente. Assim, eles inserem- -se como “capítulos” apenas para fins de contagem e de organização da Escritura, não sendo, portanto apropriado falarmos: “capítulo 15 de Salmos”; e, sim, tão somente : “Salmo 15”. Neste momento introdutório, convém, didaticamente, ressaltarmos a antiga expressão Selá, que aparece 71 vezes no Saltério e, quase todas, incluídas por Davi. Embora sem tradução, muitos estudiosos, hoje, são praticamente unânimes quanto à natureza musical do termo, indicando provavelmente uma pausa no canto para a entrada de instrumentos, como uma espécie de interlúdio. Destacamos que algumas versões bíblicas excluíram esse termo, a exemplo da ARA, utilizada nesta revista. Por outro lado, a versão King James (1611) manteve-a, bem como a Nova Versão Internacional, que traduziu o termo para “Pausa”. Jesus autenticou a terceira seção da Escritura hebraica: Lei, Profetas e Salmos (Lc 24.44). Por sua natureza poética, o Livro está recheado de figuras de linguagem; por sua natureza pessoal em cada composição, teremos muito do pensamento e dos sentimentos de seus autores, porém todos eles foram divinamente inspirados pelo Espírito Santo, inclusive ao escrever os chamados “Salmos imprecatórios”, que são aqueles nos quais o autor roga a Deus para que castigue os seus inimigos (35, 59, 69, 109, 137, 140 etc.). É essencial distinguir o contexto de cada salmo para melhor compreensão de sua mensagem.
3- Divisão e organização. O Livro dos Salmos contém a seguinte divisão: Mas qual o motivo desta divisão? A explicação é bem simples:
1) a semelhança entre a conclusão desses livros, a exemplo dos salmos 41.13, 72.19, 89.52 e 106.48;
2) e provavelmente esta organização está relacionada aos cinco primeiros Livros do Antigo Testamento (o Pentateuco ou a Torá). Ainda, os Salmos organizam- -se em duas grandes categorias:
a) Salmos de Lamento. Estes expressam dor e tristeza e, assim, apresentam clamores ao Senhor. Predominam nos Livros 1 a 3;
b) Salmos de louvor. São poemas de alegria e celebração a Deus. Estes prevalecem nos Livros 4 e 5.
II- O SALMO PRIMEIRO (SI 1. 1-3)
1- Autoria, datação e classificação. O Salmo 1 é conhecido como o “Salmo dos Salmos”. Este salmo possui a função de servir como introdução a todo o livro e trata, poeticamente, do nosso relacionamento com Deus a partir da convivência que temos com justos e ímpios. O Salmo 1 pertence ao Livro 1 (Salmos 1-41), que, como vimos, com exceção dos Salmos 1, 2, 10 e 33, é todo creditado a Davi nesta primeira seção. Quanto à classificação, temos um salmo de sabedoria, conhecimento e didático. O Salmo 1 situa-se entre os aproximadamente 50 salmos com autoria desconhecida. A data do Salmo 1 é, igualmente, desconhecida. Porém, estudiosos apontam que o texto é, no mínimo, contemporâneo do profeta Jeremias (Século VII a.C.), haja vista uma provável paráfrase (Jr 17.5-8).
2- A felicidade do justo (SI 1.1) Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
A expressão “bem-aventurado” foi traduzida do hebraico para o grego como makários, que é o mesmo termo usado por Jesus nas “bem-aventuranças” do Sermão do Monte (Mt 6) que, em português, significa “feliz” ou “muito feliz”. O Salmo 1 é uma bela obra, e o seu estilo de repetição é próprio da literatura hebraica. Este Saltério trabalha o dualismo entre duas ideias: o protagonismo do justo (1.1-3) e a conduta do ímpio (1.4- 5), para, ao final, destacar a virtude do justo (1.6). Uma pessoa feliz em Deus não segue os conselhos de pessoas 8 más e rejeita a influência daqueles que desprezam a vontade de Deus. Portanto, uma pessoa feliz, que já encontrou o sentido da sua vida em Deus, é alguém que não pratica o que é errado. Veja que no texto, o termo “pecadores” funciona como um tipo de especialização da categoria dos “ímpios”, sendo pessoas cujas condutas são frontalmente contrárias à santificação em que devemos viver. O “ímpio” é aquele que transgride leis, corrompe-se e, procurando tirar proveito pessoal, seja em coisas simples ou complexas, não se importa com o próximo e, assim, quebra os dois mandamentos ensinados por Jesus, resumidos na palavra “amor” (Mt 22-36-40). O servo de Deus não segue alguém assim, mas rejeita-lhe toda influência. Ainda, aprendemos que aquele que é feliz em Deus, não se mistura aos “escarnecedores”, pessoas desprovidas do mínimo respeito por Deus e pelo próximo, não apenas pecando e transgredindo normas, mas zombando de Deus e daqueles que buscam viver de forma justa e correta.
3- O prazer encontrado na Lei do Senhor (Sl 1.2) Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Aquele que é feliz em Deus tem na Bíblia a sua fonte material e espiritual de prazer. Diferente dos povos pagãos, cujo contentamento estava em cultos idólatras e promíscuos, os judeus observavam a Lei e eram monoteístas. O Evangelho é as “boas novas” de alegria (Lc 2.10); assim, não há sentido em uma vida cristã estressada e melancólica Precisamos reaprender o sentido verdadeiro da nossa fé. O Evangelho representa boas novas de alegria (Lc 2.10). Não há sentido em uma vida cristã carrancuda e tensa. É um paradoxo alguns dizerem que têm Deus e, no entanto, são infelizes (Gl 5.22). A felicidade de que fala o Salmo 1 não é um sentimento, não é um estado temporário de bem-estar espiritual, porém, uma condição permanente que decorre do fato de conhecermos ao Senhor.
III- O SUCESSO DO JUSTO E O FIM DO ÍMPIO (Sl 1.3-6)
1- A árvore e a palha (SI 1.3-4) Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido. Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa.
Na segunda parte deste salmo, veja que o autor compara o justo ao ímpio utilizando as figuras da “árvore” e da “palha”, expondo a diferença entra a força da primeira e a fragilidade da segunda; dessa fon11a, contrastando a prosperidade do justo e a destruição do ímpio. O salmista descreve um belo jardim, onde há fartura de água, árvores viçosas e frutíferas. Assim, aquele que é feliz em Deus, será colocado num lugar de abundância espiritual, produzirá muitos frutos (Jo 15.5) e terá sucesso em tudo aquilo que realizar. Por sua vez, os ímpios são comparados à palha lançada ao vento, ou seja, como plantas mortas, secas e sem valor. Portanto, o autor contrasta a fecundidade da árvore com a natureza inútil da palha.
2- Os ímpios não triunfarão (Sl 1.5) Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos.
O salmista esclarece que os ímpios agem de forma oposta aos justos. Por essa razão, os perversos não prevalecerão no juízo, significando que estes jamais serão aprovados no julgamento de Deus. Embora muitas vezes os ímpios se infiltrem entre os justos, eles não poderão permanecer no meio deles para sempre. A parábola do Joio e do Trigo trata exatamente sobre este assunto (Mt 13.24-46). Em Mateus 3.12, vemos João Batista anunciar que “Ele tem a pá em suas mãos, limpará a sua eira e recolherá o seu trigo no celeiro; porém queimará a palha num fogo que nunca se apaga”.
3- Deus conhece o justo (SI 1. 6) Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.
O salmista termina o Salmo 1 mostrando o resultado final do contraste entre o caminho dos justos e o caminho dos ímpios, ensinando que o caminho de retidão e o caminho de impiedade, são determinados pela relação que cada pessoa nutre com o Senhor. Deus é onisciente e conhece o caminho de cada indivíduo. Esta afirmação se refere a um relacionamento pessoal entre Deus e seus filhos. Por outro lado, o salmista conclui que a natureza falsa e temporária da alegria e da prosperidade do ímpio terá um final de tristeza e destruição.
APLICAÇÃO PESSOAL
Podemos ser felizes cultivando a comunhão com Deus e a prática de bons hábitos, dentre eles a oração e a meditação na Bíblia.
RESPONDA
1) Segundo a lição, assinale quais gêneros literários encontramos no livro dos Salmos:
(X) Poesia, música, história.
( ) Prosa, poesia, crônica.
( ) Romance, drama, ação.
2) Qual a melhor definição para a palavra “Evangelho”?
R. Boas novas de alegria.
3) Quais os dois elementos utilizados para evidenciar o contraste entre a vida do justo e do ímpio?
R. Árvore x palha.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
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