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Lição 03: A Verdadeira Adoração | 2° Trimestre de 2025 | EBD ADULTOS
Transforme sua vida espiritual com estudos bíblicos profundos sobre Lição 03: A Verdadeira Adoração | 2° Trimestre de 2025 | EBD ADULTOS, mergulhando na riqueza da Exegese, Contexto Histórico e Mensagem Bíblica. Desenvolva uma base sólida em Teologia, aplicando essa lição da escola dominical à sua jornada espiritual.
EBD 2° Trimestre De 2025 | CPAD Adultos – TEMA: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor | Escola Biblica Dominical | Lição 03: A Verdadeira Adoração
TEXTO ÁUREO
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24)
VERDADE PRÁTICA
Adorar significa viver em total rendição a Deus, entregando-nos plenamente a Ele.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2 Co 9.12; Fp 2.7,30 A singularidade da Adoração autêntica
Terça – Nm 25.1,2; Sl 24.3,4 Diferenciando a Adoração das práticas profanas
Quarta – 2 Rs 17.25,28 A Adoração está relacionada ao temor de Deus
Quinta – Jo 15.1-8 A Adoração envolve uma relação com Cristo e a Igreja
Sexta – Hb 13.15; Rm 12.1; 1 Pe 2.5 O sentido da Adoração no Novo Testamento
Sábado – Jo 4.23,24 O ensinamento de Jesus sobre a Adoração
Hinos Sugeridos: 525, 526, 545 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 4.5-7,9,10,19-24
5- Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
6- E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
7- Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
9-Disse-lhe, pois, a mulher na: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
10- Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e que é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
19- Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20- Nossos pais adoraram este monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21- Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22- Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
23- Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24- Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO. Na aula desta semana, vamos estudar um dos temas centrais do Evangelho de João: a verdadeira adoração. Veremos que por meio do diálogo de Jesus com a mulher samaritana (Jo 4.23-24), observamos que Deus busca adoradores que o “adorem” em espírito e em verdade. Esse é um convite aos alunos para compreender que a adoração genuína é uma resposta ao amor de Deus revelado por meio de Jesus Cristo, seu Filho. Por isso, planeja-se para encorajar reflexões sobre viver a adoração como um estilo de vida que glorifique o Senhor em todos os aspectos.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Esclarecer aos alunos o diálogo de Jesus com a mulher samaritana;
II) Fazer com que os alunos compreendam que a verdadeira adoração é um ato de rendição total a Deus;
III) Integrar os princípios da adoração bíblica à vida de serviço e entrega a Deus.
B) Motivação: O diálogo entre Jesus e a mulher samaritana apresenta um ensino belo e profundo sobre a verdadeira adoração a Deus. Esse encontro transformador entre Jesus e essa mulher também é um convite divino para nos aproximarmos de Deus de forma sincera e humilde. A essência dessa adoração nasce no altar do nosso coração, e, por isso, só pode ser vivida em espírito e em verdade. Trata-se de um lugar de total rendição, gratidão e serviço a Deus. Esta lição nos encoraja a cultivar um relacionamento mais profundo com o Senhor.
C) Sugestão de Método: Para iniciar a lição desta semana, divida a classe em três ou mais grupos e distribua a cada grupo uma parte do texto de João 4.7-30 para leitura. Peça que os grupos identifiquem os ensinamentos sobre a necessidade humana de adorar, especialmente o que significa adorar em espírito e em verdade. Após a partilha dos grupos, aprofunde a exposição e discussão do primeiro tópico, destacando que a adoração verdadeira é uma questão que tem muito a ver com a rendição do coração. Estimule seus alunos a aplicarem esse princípio em suas próprias vidas.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Em que áreas de nossas vidas as palavras rendição, gratidão e serviço a Deus podem ser aplicadas? Essas palavras trazem consigo a expressão de uma adoração autêntica a Deus. A adoração em espírito e em verdade é um chamado ao modo de viver em que Deus é glorificado em tudo.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p. 37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxíLios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O Contexto Histórico entre os Samaritanos e Judeus”, localizado após o primeiro tópico, apresenta informações importantes para enriquecer a sua preparação para a exposição deste tópico;
2) No final do segundo tópico, o texto “A Verdadeira Adoração” mostra uma reflexão importante sobre o verdadeiro significado da adoração a Deus.
📝INTRODUÇÃO
O ser humano sente uma necessidade intrínseca de Deus. Com a leitura da passagem de João 4, essa carência espiritual torna-se evidente. Neste contexto, também se revela a importância de uma autêntica adoração que surge de uma experiência profunda com Jesus Cristo. Por este motivo, a Adoração Cristã é o tema central desta lição. A partir do diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, podemos extrair ensinamentos valiosos sobre a adoração.
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PALAVRA-CHAVE: ADORAÇÃO
I- O ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES
1- A necessidade de passar em Samaria. Em João 4.4 é informado que “era-lhe necessário passar por Samaria”. O Senhor deixava a Ideia em direção à Galiléia e, para tal, teria de atravessar por Samaria. Apesar de evitar entrar nessa cidade devido à tensão racial entre judeus e samaritanos, havia uma missão ainda mais urgente: o encontro com a mulher samaritana em Sicar, junto à “fonte de Jacó”(vv.6,7). Durante essa conversa, Jesus abordou o assunto sobre o local adequado para adorar a Deus: seria em Samaria ou em Jerusalém? Nesse diálogo, nosso Senhor ensinou duas importantes lições.
Várias estradas levavam da Judeia para a Galileia: uma perto do litoral; outra pela região da Pereia; e urna pelo centro de Samaria. Mesmo com a forte antipatia entre judeus e samaritanos, o historiador judeu Josefo relata que o costume dos judeus, na época das grandes festas, era atravessar o país dos samaritanos porque era a rota mais curta.
Embora a expressão “era necessário” talvez possa referir-se ao fato de que Jesus quis ganhar tempo e evitar distância necessária, por causa da ênfase do Evangelho no empenho do Senhor em cumprir o plano de seu Pai (2.4; 7.30; 8.20; 12.23; 13.1; 14.31), o apóstolo pode ter realçado a necessidade divina e espiritual, ou seja, Jesus estava comprometido com o destino divino de encontrar-se com a mulher samaritana a quem se revelaria como o Messias.
Quando o povo de Israel se dividiu politicamente depois do reinado de Salomão, o rei Onri nomeou “Samaria” como capital do Reino do Norte de Israel (1 Rs 16.24). Mais tarde, o nome se referia a todo o distrito e, às vezes, a todo o Reino do Norte, que tinha sido levado cativo (capital, Samaria) pela Assíria, em 722 a.C. (2Rs 17.1-6).
Conquanto a Assíria tenha levado embora a maioria da população das dez tribos (para a região que atualmente corresponde ao Iraque), um considerável número de judeus foi deixado na região norte de Samaria; então, a Assíria transportou muitos não judeus para Samaria. Esses grupos se misturaram para formar uma raça mista por meio de casamentos. Finalmente, desenvolveu-se uma tensão entre os judeus que retornaram do cativeiro e os samaritanos. Os samaritanos se retiraram do culto prestado a Javé em Jerusalém e estabeleceram o seu próprio culto no monte Gerizim, na Samaria (vs. 20-22).
Eles consideravam como autoridade somente o Pentateuco. Em consequência dessa história, os judeus repudiavam os samaritanos e os consideravam hereges. Fortes tensões étnicas e culturais alimentadas historicamente entre os dois grupos fizeram com que ambos evitassem conoto mútuo tanto quanto possível (v. 9; Ed 4.1-24; Ne 4.1-6; Lc 10.25-37).
2- A necessidade do ser humano. O encontro entre Jesus e a mulher samaritana não foi um simples acaso. Ele encontrava-se sentado à beira da fonte de Jacó, na hora sexta, durante o calor do meio-dia. A mulher samaritana dirigiu-se à fonte para recolher água, momento em que se cruzou com Jesus e ouviu um pedido do amado Mestre: ‘Dá-me de beber” (v.7). Em resposta ao pedido de Jesus, ela iniciou uma conversa com o divino Mestre, até que Este lhe propôs uma água que se tornará nela uma “fonte de água a jorrar para a vida eterna” (v.14). O que nosso Senhor ofereceu à mulher samaritana era “um tipo de água” capaz de transformar toda a sua existência. Aqui encontramos a primeira valiosa lição: toda pessoa necessita de Deus e, por isso, devemos aproveitar cada oportunidade para partilhar essa “água da vida”.
Jesus fez um ponto de contato com aquela mulher pedindo-lhe: Dá-me um pouco de água. Se alguém deseja penetrar o coração de outra pessoa, pode usar dois métodos: fazer-lhe um favor ou pedir-lhe um favor. Com frequência, a segunda opção é mais eficaz que a primeira. Jesus, no entanto, combinou as duas. Jesus se identificou com a mulher. Ele deu valor a ela, quando todos fugiam. Jesus quebrou a barreira cultural, conversando com a mulher em público. Ele não fugiu dela nem a desprezou, mas a olhou com simpatia. Não a julgou nem a condenou. Ele começou onde ela estava. Jesus a fez acreditar que algo mais, além da simples sede, levou-o a lhe falar. É em vão esperar que as pessoas virão a nós em busca de conhecimento. Nós devemos começar por elas. Devemos entender qual é o melhor acesso ao coração delas.
O Antigo Testamento é o pano de fundo para a expressão “água viva”, que possui importante significado metafórico. Em Jr 2.13, YHWH censura os judeus desobedientes pelo fato de rejeitarem a ele, “o manancial de águas vivas“. Os profetas do Antigo Testamento olharam para frente para um tempo quando “correrão de Jerusalém águas vivas” (Ez 47.9; Zc 14.8). A metáfora do Antigo Testamento falava do conhecimento de Deus e de sua graça que provê purificação, vida espiritual e o poder transformador do Espírito Santo (cf. Is 1.16-18; 12.3; 44.3; Ez 36.25-27). João aplica esses temas a Jesus Cristo como a água viva, que é simbólica da vida eterna mediada pelo Espírito Santo de Cristo (cf. v. 14; b.3.5; 7.37-39). Jesus usou a necessidade de água física da mulher para sustentar a vida na região árida em que vivia como uma lição prática da necessidade que ela tinha de transformação espiritual. A água da vida que Jesus oferece não vem de um poço comum.
É uma dádiva que só o Messias pode conceder. Muitas pessoas vivem uma vida infeliz, vazia e prisioneira porque não conhecem Jesus, o supremo dom de Deus. A mulher samaritana talvez não esperasse nada de Deus. Estava desiludida. Por isso, Jesus tocou no nervo exposto de sua curiosidade: Se conhecesses […] não conheceis. Essa fala de Jesus aguçou na mulher o desejo de saber quem era aquele interlocutor. Seria ele maior do que Jacó, o doador do poço? Quem pretendia ser? Que diria de si? Assim como Nicodemos não conseguiu compreender as palavras de Jesus sobre novo nascimento, a mulher também não conseguiu entender as palavras de Jesus sobre a água viva.
3- O lugar de adoração a Deus. Dando seguimento à conversa com Jesus, a mulher samaritana questiona-O sobre onde deveria ocorrer a verdadeira adoração, se em Jerusalém ou no Monte Gerizim. Neste diálogo, a samaritana procura entender o local apropriado para adorar a Deus. Em resposta à sua indagação, Nosso Senhor revela uma nova forma de culto. Esta adoração não seria exclusiva dos judeus nem dos samaritanos. Na realidade, o verdadeiro culto dirigido a Deus deve ser feito ao “Pai em espírito e em verdade” (vv.23,24). Aqui encontramos uma segunda lição valiosa: o autêntico culto de adoração a Deus, que satisfaz as necessidades humanas, não se limita a um lugar específico, mas reside no mais profundo do ser humano, em “espírito e em verdade”.
Diante das dificuldades levantadas pela mulher samaritana para dar água a Jesus, este lhe mostrou que era ela quem precisava de água, a água da vida. A mulher precisava conhecer o dom de Deus, a água da vida (4.10). Aqui há uma leve reprovação nas palavras de Jesus, como se ele dissesse: “Eu lhe pedi água comum, um dom de menor importância, mas você hesitou em me oferecer água; se você tivesse me pedido a agua viva, o dom supremo de Deus, eu não teria hesitado, mas lha teria dado imediatamente”. A água da vida que Jesus oferece não vem de um poço comum. É uma dádiva que só o Messias pode conceder. Muitas pessoas vivem uma vida infeliz, vazia e prisioneira porque não conhecem Jesus, o supremo dom de Deus. A mulher samaritana talvez não esperasse nada de Deus. Estava desiludida. Por isso, Jesus tocou no nervo exposto de sua curiosidade: Se conhecesses […] não conheceis. Essa fala de Jesus aguçou na mulher o desejo de saber quem era aquele interlocutor. Seria ele maior do que Jacó, o doador do poço? Quem pretendia ser? Que diria de si? Jesus foi categórico com a mulher samaritana, ao declarar: Quem beber desta água voltará a ter sede. Nicodemos não entendeu quando Jesus falou sobre novo nascimento, e a mulher samaritana não entendeu quando Jesus falou sobre a água da vida.
Tanto o erudito Nicodemos quanto a ignorante samaritana não entenderam a linguagem espiritual de Jesus. As coisas deste mundo não satisfazem. Nada que o homem jogue para dentro do coração satisfaz. A agua do poço de Jacó não satisfaz para sempre. A água do poço de Jacó fica fora da alma e não é capaz de satisfazer as necessidades do coração.
A água do poço de Jacó é de quantidade limitada, diminui e desaparece. Satisfação era exatamente aquilo a que essa pobre mulher aspirava. Atrás disso andara toda a vida, e nessa busca não respeitara nem as leis de Deus, nem as dos homens. Entretanto, continuava sedenta; e a sede nunca seria satisfeita, senão quando achasse em Cristo o Senhor e Salvador pessoal. A água que Jesus concede é um manancial completo e perpétuo que jorra para a vida eterna. Que água é essa, a água da vida? A promessa de Deus é derramar água sobre o sedento (Is 44.3). Deus convida todos: Vos, todos os que tendes sede, vinde às águas (Is 53.1). Deus prometeu que seu povo tiraria com alegria águas do poço da salvação (Is 12.3). Jesus disse: Se alguém tem sede, venha a mim e beba (Jo 7.37).
O Espírito que flui como rio dentro de nós é essa fonte que jorra para a vida eterna (Jo 7.38). Para o judeu, água viva significava água corrente. Tratava-se da água que fluía de uma nascente, em oposição à água estancada de uma cisterna. Há no texto duas palavras distintas para “fonte”. A primeira delas épegue, provavelmente com o significado de mina de água ou olho d’água (4.6,14); a segunda é phrear, que denota um poço cavado ou uma cisterna. Dessa palavra vem o conhecido termo “lençol freático”, traduzido aqui por poço (4.11,12).
As duas palavras apropriadas para o poço de Jacó; o poço foi escavado, mas é alimentado por uma veia subterrânea que raramente falha. A vida dessa mulher era como uma cisterna cavada, um poço de águas paradas (phrear), mas Jesus ofereceu a ela uma fonte de águas refrescantes, que jorraria de dentro dela para a vida eterna (pegue). No milagre realizado em Caná da Galileia (2.6-11) e na conversa com Nicodemos (3.5), a água já tinha um sentido espiritual.
Aqui, a água do poço de Jacó, simbolizando a antiga ordem herdada tanto por samaritanos como por judeus, é contrastada com a nova ordem, o dom do Espírito, a vida eterna. Há ecos de promessas do Antigo Testamento nessa promessa de Jesus. No dia da salvação, o povo de Deus tirará águas das fontes da salvação com alegria (Is 12.3); eles não sentirão fome nem sede (Is 49.10). O derramar do Espírito de Deus será como o derramar de água sobre o sedento e torrentes sobre a terra seca (Is 44.3).
A linguagem da satisfação e transformação interior traz à mente uma série de profecias, antecipando o novo coração e a troca do falido formalismo religioso por um coração que conhece e experimenta Deus, ansioso por fazer sua vontade (Jr 31.29-34; Ez 36.25-27; Jl 2.28-32).O evangelho de João revela claramente que existe um novo sacrifício (1.29), um novo templo (2.19-21; 4.20-24), um novo nascimento (3.17) e uma nova água (4.11).
SINOPSE I
O encontro entre Jesus e a mulher samaritana demonstra que a verdadeira adoração satisfaz a necessidade humana de adorar
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O CONTEXTO HISTÓRICO ENTRE OS SAMARITANOS E JUDEUS
“Depois que o Reino do Norte, com sua capital em Samaria, foi derrotado pelos assírios, muitos judeus foram deportados para a Babilônia, e estrangeiros foram levados para colonizar Israel e ajudar a manter a paz (2 Rs 17.24). O casamento misto entre estrangeiros e judeus remanescentes resultou em um povo mestiço que se estabeleceu no Reino do Sul, e era considerado impuro na opinião de judeus etnicamente puros. Estes odiavam aqueles (os samaritanos), porque sentiam que seus compatriotas haviam traído seu povo e sua nação por meio de tais casamentos. Os samaritanos haviam instituído um centro alternativo para adoração no monte Gerizim (4.20), para concorrer com o Templo em Jerusalém, mas aquele havia sido destruído há 15o anos. Face a tantos conflitos, os judeus faziam o possível para evitar viajar pelo território de Samaria. Mas Jesus não tinha razões para viver segundo essas restrições culturais. A rota por Samaria era mais curta, e foi a que Ele tomou. […] A fonte de Jacó ficava na terra que originalmente pertenceu a Jacó (Gn 33.18,19). Não havia nela uma nascente, era um reservatório, recebia águas da chuva e do orvalho, recolhendo-as ao fundo. As fontes eram quase sempre localizadas fora da cidade, ao longo da estrada principal. Duas vezes por dia, de manhã e ao anoitecer, as mulheres iam retirar água. Aquela samaritana, no entanto, foi ao meio dia, provavelmente para evitar encontrar-se com pessoas que conheciam sua reputação. Jesus levou àquela mulher uma extraordinária mensagem sobre a fonte e a água pura que podiam saciar a sede espiritual dela para sempre” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1422).
II- O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
1- A adoração. Ao afirmar que ofereceria a “água viva” aos que têm sede, Jesus referia-se a uma vivência espiritual que se daria no interior de cada indivíduo: “a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14). Assim, à luz das suas palavras neste capítulo, a verdadeira adoração a Deus não está mais ligada a um local específico, como Jerusalém ou Samaria. A presença de Deus já não se restringe a uma determinada geografia, mas está presente em todos os lugares onde existam adoradores sinceros. Mais do que uma adoração formal e ritualística, a autêntica adoração possui essencialmente um caráter espiritual: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24).
O apóstolo Paulo descreve perfeitamente a verdadeira adoração em Romanos 12: 1-2: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus“.
Essa passagem contém todos os elementos da verdadeira adoração. Primeiro, há a motivação para adoração: “as misericórdias de Deus.” As misericórdias de Deus são tudo o que Ele tem nos dado que nós não merecemos: o amor eterno, a graça eterna, o Espírito Santo, a paz eterna, a alegria eterna, a fé salvadora, conforto, força, sabedoria, esperança, paciência, bondade, honra, glória, justiça, segurança, vida eterna, perdão, reconciliação, justificação, santificação, liberdade, intercessão e muito mais.
O conhecimento e a compreensão desses presentes incríveis nos motivam a demonstrar louvor e ação de graças – em outras palavras, adoração! Também na passagem encontra-se uma descrição da forma da nossa adoração: “apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo e santo.” Apresentar os nossos corpos significa dar a Deus tudo de nós mesmos.
2- Jesus é a verdadeira adoração. Ao questionar Jesus sobre o local da adoração (Jo 4.20,21), a mulher samaritana teve uma revelação que lhe permitiu entender os ensinamentos de Jesus sobre a verdadeira adoração. O Senhor Jesus é, por si só, a base para essa adoração genuína (Jo 4.21). É pertinente ilustrar esta verdade ao lembrarmos do Calvário e do sepulcro vazio, onde, após sua morte, a obra realizada se tornou a razão fundamental para a adoração de todos os cristãos. Embora os locais físicos do Calvário e do sepulcro vazio possam não ter grande significado por si mesmos, a lembrança da obra realizada nesses lugares ultrapassa qualquer noção geográfica. O impacto dessa obra abrange todos, não importando o lugar de onde se encontrem. Sempre que participamos da Ceia do Senhor, essa memória permanece viva em nós, independentemente da nossa localização (1 Co 11.23-25; 15.3,4).
Para podermos adorar a Deus em espírito e em verdade temos que morrer para nós mesmos e para o pecado a fim de ressuscitarmos para Deus. É somente em Cristo que podemos efetuar essa mudança. “E se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto, por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça” (Rm 8:10). Quando o Espírito Santo (Parakletos) ilumina e aviva o nosso espírito, recebemos graça para podermos adorar ao SENHOR em espírito e em verdade.
Assim, estaremos de acordo com João 4:23-24. A adoração a Deus emana de nosso interior a fim de expressá-la ao PAI e ao Senhor JESUS, “em espírito e em verdade” o relacionamento íntimo e reverente, ressaltando as qualidades do Deus Triúno. Pressupõe intimidade com o Rei dos Reis Jesus Cristo.
Os samaritanos só acreditavam no Pentateuco e como Deuteronômio diz que Deus suscitaria outro profeta semelhante a Moisés, esse profeta seria o Messias. Assim, essa mulher fez uma pergunta honesta: Onde adorar? Jesus respondeu que o importante não é onde, mas como e quem adorar. A verdadeira adoração a Deus é em espírito e em verdade. E de todo o coração e também prescrita pela Palavra de Deus. Os samaritanos adoravam o que não conheciam.
Assim, qualquer religião que consista apenas em formalidade, sem fundamentação nas Escrituras, é absolutamente inútil. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem (23). Agora é o momento para que as antigas formas, limitadas em termos de lugar e de nação, sejam transformadas em uma adoração que é ao mesmo tempo pessoal, em espírito, e inteligente, em verdade. “Adorar em espirito significa que nós entregamos as nossas vontades à vontade de Deus, os nossos pensamentos e planos aos que Deus tem para nós e para o mundo.
SINOPSE II
A base da verdadeira adoração cristã reside na narrativa do Calvário: o sacrifício substitutivo de Jesus
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
A VERDADEIRA ADORAÇÃO
“A mulher levantou uma questão teológica popular entre judeus e samaritanos: qual o lugar correto para a adoração? Mas tal pergunta era uma cortina de fumaça que tinha a finalidade de manter Jesus longe da mais profunda necessidade dela. Jesus conduziu a conversa a um ponto muito mais importante: o lugar da adoração não é tão importante quanto a atitude dos adoradores. […] A expressão “Deus é Espírito” mostra que Ele não é um ser físico, limitado a tempo e espaço. Ele está presente em todos os lugares e pode ser adorado em qualquer local e a qualquer tempo. O mais importante não é onde adoramos, mas como adoramos o Senhor. A sua adoração é genuína e verdadeira? Você tem a ajuda do Espírito Santo? Como o Espírito nos ajuda a adorar? Ele ora por nós (Rm 8.26), ensina-nos as palavras de Cristo (14.26) e garante-nos que somos amados (Rm 5.5)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1423).
III- A ADORAÇÃO BÍBLICA
1- O conceito bíblico de adoração. Na língua hebraica, existe uma expressão chamada hishtaha wa, que transmite a ideia de “manifestar um temor reverente, admiração e respeito característicos da adoração”. Já na língua grega, duas palavras são utilizadas para definir a adoração: latreia e proskuneo. A palavra latreia refere-se à submissão de quem serve outrem. Por sua vez, proskuneo significa “adorar” ou “ato de adoração”. No diálogo com a mulher samaritana, Jesus utilizou o termo proskuneô (Jo 4.20-26). Em Português, a palavra “adoração” implica “atribuir mérito ou valor” a alguém. Em suma, adorar a Deus significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é e faz.
“Proskuneô” é uma palavra grega que significa “adorar” e é frequentemente usada na Bíblia. Ela é composta por dois radicais: “pros”, que significa “em relação a”, e “kuneo”, que significa “beijar”. A Bíblia ensina que só devemos adorar a Deus. A verdadeira adoração vem do coração, não é só um ato exterior. Quem adora outro que não seja Deus, rejeita a Deus. Adoração é mostrar amor e respeito, se dedicando totalmente a Deus. Só Deus merece tanta dedicação e reverência, porque Ele nos criou e é soberano sobre tudo. Mais ninguém merece adoração (Lucas 4:8). A.W. Tozer diz que a adoração é “a jóia perdida das igrejas evangélicas“. Tal declaração concernente à adoração não é simplesmente negativa; ela busca um arrependimento e uma reforma dos caminhos pelos quais nos temos desviado. Infelizmente, os cristãos não estão muito cientes de que o Pai está procurando por aqueles que O adorem em Espírito e verdade. Eles não são ensinados que a adoração é a “suprema prioridade”. A adoração é expressa por termos como latrueô e proskuneô. O primeiro significa servir, prestar serviço ou homenagem religiosa.
2- Adoração como ato de rendição a Deus. O conceito fundamental da palavra “adorar” (prosku neo) no Novo Testamento remete originalmente à noção de “beijar”, associado a um ato de se dobrar os joelhos ou prostrar-se com a testa no solo, ou sobre os pés da pessoa a quem se está submisso. O episódio da mulher pecadora ilustra bem esse significado (Lc 7.37,38) e nos ensina a reconhecer a própria inferioridade e, é também, a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.
A rendição é um termo de batalha. Implica abrir mão de todos os direitos ao conquistador. Quando um exército adversário se rende, eles depõem as armas e os vencedores assumem o controle a partir de então. Entregar-se a Deus funciona da mesma maneira. Deus tem um plano para nossas vidas, e rendermo-nos a Ele significa que deixamos de lado os nossos próprios planos e buscamos ansiosamente os Seus. A boa notícia é que o plano de Deus para nós é sempre do nosso interesse (Jeremias 29:11), ao contrário dos nossos próprios planos que muitas vezes levam à destruição (Provérbios 14:12). Nosso Senhor é um vencedor sábio e benéfico; Ele nos conquista para nos abençoar. Existem diferentes níveis de rendição, todos os quais afetam o nosso relacionamento com Deus. A rendição inicial à atração do Espírito Santo leva à salvação (João 6:44; Atos 2:21). Quando deixamos de lado nossas próprias tentativas de ganhar o favor de Deus e confiamos na obra consumada de Jesus Cristo em nosso favor, nós nos tornamos filhos de Deus (João 1:12; 2 Coríntios 5:21). Mas há momentos de maior rendição durante a vida de um cristão que trazem uma intimidade mais profunda com Deus e maior poder no serviço. Quanto mais áreas de nossas vidas entregarmos a Ele, mais espaço haverá para o enchimento do Espírito Santo (Efésios 5:18).
3- Adoração como ato de serviço a Deus. O serviço a Deus está profundamente associado à adoração. Esse é um ato espontâneo que demonstra o nosso reconhecimento da soberania de Deus sobre tudo. Assim, o serviço que prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1), de tal forma que não podemos servir a dois senhores, mas somente a um (Mt 6.24). Trata-se de uma entrega completa a Deus através da nossa existência.
Você já percebeu que servir é uma atividade incessante? É como respirar. Não existe um só momento em que não estejamos servindo alguém. Nenhum de nós fica de fora, esperando um convite para entrar nessa “roda” de servir. Desde que nascemos, todos estamos ativamente envolvidos em servir. Na maior parte do tempo, contudo, simplesmente servimos a nós mesmos — canalizando nossa energia e nossa esperança de ser feliz em desejos e sonhos próprios. A cada momento, porém, ou servimos aos desejos da carne ou aos desejos de Deus. Como Paul Tripp afirma: “Nossa vida é moldada pela batalha entre o reino de Deus e o nosso reino pessoal.”1 Esse conflito reside no fato de que nós não queremos nos submeter aos desejos e às necessidades de outros. Nem mesmo se esses desejos forem de Deus. Isso gera um problema, como Jesus tão bem destacou, pois não podemos obedecer a Deus e aos nossos próprios interesses ao mesmo tempo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mt 6.24).
4- Uma experiência interior de adoração. Sentimos uma necessidade profunda de adorar a Deus, conforme é lembrado no Salmo 42: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Sl 42.2). A gloriosa presença do Deus Todo-Poderoso satisfaz todas as carências da pessoa. Assim, a verdadeira adoração envolve uma postura interior que permite ao crente estabelecer um vínculo profundo com Jesus Cristo, reconhecendo-O como Senhor e Salvador das nossas vidas.
A verdadeira adoração é um dos temas centrais das Escrituras. A veneração de imagens de escultura é uma abominação para Deus, pois Deus é plenamente espiritual em sua essência. Quando Jesus diz que Deus é Espírito, isso significa que Deus é invisível, intangível e divino, em oposição a humano. E desconhecido para os seres humanos a menos que decida se revelar (1.18). Da mesma forma que Deus é luz (lJo 1.5) e amor (lJo 4.8), também é Espírito (4.24). Esses são elementos da forma em que Deus se apresenta aos seres humanos, da bondosa autorrevelação em seu Filho. Deus escolheu se revelar quando o Verbo se fez carne. Quem vê Jesus, vê o próprio Pai. O culto prestado a outros deuses é uma ofensa a Deus, pois Deus é um só e não há outro. A adoração a Deus, entrementes, não pode ser do nosso modo nem ao nosso gosto, pois Deus mesmo estabeleceu critérios claros como exige ser adorado. Muitas igrejas, com o propósito de agradar às pessoas, estabelecem formas estranhas de adoração que não estão prescritas nas Escrituras. Isso é como fogo estranho no altar.
SINOPSE III
O ato de adoração ao Senhor envolve a rendição completa de nossa vontade, pensamentos e ações a Ele, manifestando-se em um serviço voluntário.
CONCLUSÃO
Neste estudo, focamos nos ensinamentos práticos de Jesus acerca da adoração e, por consequência, discutimos a doutrina da Adoração Cristã. O capítulo 4 do Evangelho de João revela duas lições valiosas. A primeira é que todo ser humano possui uma necessidade a satisfazer: a necessidade de Deus. A segunda é que, em Jesus, a verdadeira adoração surge como um movimento que se inicia no interior. Tudo isso resulta de uma experiência viva com Jesus Cristo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Quais são as duas principais lições que Jesus nos ensinou durante a sua conversa com a mulher samaritana?
Toda pessoa necessita de Deus; o autêntico culto de adoração a Deus não se limita a um lugar específico.
2- O que constitui o verdadeiro culto de adoração a Deus que atende às necessidades humanas?
O verdadeiro culto dirigido a Deus deve ser feito ao ” Pai em espírito e em verdade” (w .21,24).
3- Quais são os elementos essenciais da verdadeira adoração?
Em suma, adorar a Deus significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é e faz.
4- Em resumo, o que implica adorar a Deus?
Implica reconhecer a própria inferioridade e a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.
5- De que forma podemos definir a adoração como um ato de serviço dedicado a Deus?
O serviço que prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1 ).
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EBD 2° Trimestre De 2025 | CPAD Adultos – TEMA: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor | Escola Biblica Dominical | Lição 03: A Verdadeira Adoração TEXTO ÁUREO “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24) VERDADE PRÁTICA Adorar significa viver em total rendição a Deus.
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