Lição 11: 1 Coríntios 14: Dom de Profecia e Ordem no Culto | 2° Trimestre de 2023 | EBD PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2023 | TEMA: 1 CORÍNTIOS – Façam tudo com Amor, Decência e Ordem | Escola Biblica Dominical | Lição 11: 1 Coríntios 14: Dom de Profecia e Ordem no Culto SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número

Revista PECC Adultos 1 trimestre de 2024

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Editora: PECC (Programa de Educação Cristã Continuada) 1 trimestre 2024 – Escola Dominical

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SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em 1 Coríntios 14 há 40 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1 Coríntios 14.20-40 (5 a 7 min.) A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Amado professor, explique nesta aula que devemos sempre estar no caminho do amor; temos que nos esforçar para vivermos em amor; todavia, não devemos nos limitar a viver uma vida de amor sem as dons espirituais, porque ambos provêm do Espírito Santo. Todos os cristãos devem ter interesse pelos dons, não apenas aqueles que exercem funções de liderança, sobretudo o dom de profecia, o qual não é necessariamente uma previsão, mas um anúncio da vontade de Deus para o Seu povo. Os profetas eram o sensor ético de Israel; hoje, o são da igreja, pois as profecias mostram a situação real do povo de Deus. O dom de profecia, por seu turno, deve edificar, consolar e exortar.

OBJETIVOS

Entender porque o dom de profecia é considerado superior.
Aprender o que é prioridade nos cultos e reuniões públicas.
Entender que o culto deve ser ordenado e refletir a unidade e diversidade do Corpo de Cristo.

PARA COMEÇAR A AULA

De início nesta aula tentando falar – ou pedindo para alguém fazê-lo – algumas palavras de um outro idioma, de preferência um que seja pouquíssimo conhecido. Em seguida, pergunte se alguém entendeu o que você disse. Logo após isso, demonstra a importância de transmitir a informação de uma maneira que todos entendam, pois o nosso maior propósito é comunicar as verdades de Deus de uma maneira que todos compreendam. Dito isso, faça um paralelo en­tre os dons de profecia e o dom de variedade de línguas.

LEITURA ADICIONAL

Qual a ênfase principal nesses versículos? O apóstolo compara duas manifestações do Espírito Santo: o falar em línguas e o profetizar. E então estabelece os contrastes entre uma manifestação e outra. Ele declara no versículo dois que o que fala em línguas não fala ao homem, mas a Deus; por outro lado, temos como subentendido que a profecia é justamente o oposto, pois nela Deus é que fala ao homem. Depois, ainda no versículo dois, ele diz que ninguém entende o falar em línguas; mas deixa claro no versículo quatro que a profecia todos entendem. Mais uma vez, vemos o quanto são distintas. Finalmente, no versículo quatro, ele contrasta ao falar em línguas com a profecia ao mostrar o nível de edificação que cada um produz. Resumimos estes contrastes no quadro abaixo:

LÍNGUASPROFECIAS
1- O homem fala a Deus (v. 2)1- Deus fala aos homens (v. 3)
2- Ninguém entende (v. 2)2- Todos entendem (v. 4)
3- Edificação Pessoal (v. 3)3- Edificação coletiva (v. 4)

Observando as distinções estabelecidas pelo apóstolo Paulo nos versículos acima, podemos afirmar taxativamente que não há qualquer semelhança entre o falar em línguas e o profetizar, salvo o fato de serem ambos uma fala inspirada pelo Espírito Santo de Deus. Estamos destacando as distinções entre o falar em línguas e o pro­fetizar por uma única razão: no versículo 5, Paulo diz que línguas com interpretação são equivalentes a profecia. Ou seja, há um aspecto do falar em línguas totalmente oposto à profecia, e outro igual a ela; logo, são dois tipos de falar em línguas diferentes entre si. Nessa comparação feita pelo apóstolo podemos perceber que se tratam de dois tipos distintos de falar em línguas. As línguas SEM interpretação são exatamente o oposto do profetizar. Já as línguas COM interpretação são o mesmo que a profecia. Se não reconhecermos as diferenças entre os dois aspectos do falar em línguas (sem e com interpretação), teremos então uma grande incoerência.
Livro: “O Falar em línguas: A Linguagem Sobrenatural de Oração” (Luciano Subira. Editora Orvalho, Curitiba, 2017, págs.. 12,13)

TEXTO ÁUREO

Tudo, porém, seja feito com decência e ordem.” 1Co 14.40

Leitura Bíblica Para Estudo

1 Coríntios 14.20-40

Verdade Prática

O culto é um momento de adoração a Deus e edificação da igreja; não há espaço para o individualismo.

INTRODUÇÃO
I- DOM DE PROFECIA 1Co 14.1-3
1
– Incentivado a buscar 1Co 14.1
2– As línguas edificam quem fala 1Co 14.2
3– A profecia edifica a igreja 1Co 14.3
II- MAIS ÚTIL NO CULTO 1Co 14.5-25
1
– Profecia é mais útil 1Co 14.5
2– Línguas com interpretação 1Co 14.13-15
3– Prova da presença de Deus 1Co 14.25
III- ORDEM NO CULTO 1Co 14.26-40
1
– Participação de todos 1Co 14.26
2– Participação com ordem 1Co 14.27-28
3– Decência e ordem 1Co 14.39,40
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – 1 Co 14.4
Terça – 1 Co 14.9
Quarta – 1 Co 14.12
Quinta – 1 Co 14.16
Sexta – 1 Co 14.20
Sábado – 1 Co 14.39
Hinos de Harpa: 24-358

INTRODUÇÃO

No capítulo 14 desta carta aos Coríntios, Paulo ensina como deveria ser o culto na igreja primitiva. Ele visa corrigir o exercício desordenado de dons pelos coríntios, salientando a necessidade de edificar a congregação e de aplicar os ensinos dos capítulos 12 e 13. Os dons exercidos no culto público devem ser de benefício coletivo; caso contrário, tudo resultará em desordem e confusão.

I- DOM DE PROFECIA (1Co 14.1-3)

Toda a linha de raciocínio deste capítulo envolve a comparação entre o dom de profecia e os dons de falar e interpretar línguas. O dom de profetizar é a capacidade sobrenatural de falar em nome de Deus, entregando uma mensagem Dele aos seus destinatários.

1- Incentivado a buscar (1Co 14.1) Segui o amor e procurei, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis.

O dom da profecia é a capacidade de falar em nome de Deus. Neste dom está envolvido também o poder para profetizar eventos futuros (At 11.27-28; 21.10-11). O dom de profecia tem o claro pro­pósito de “edificar, exortar e consolar” a igreja de Cristo na terra. Para Paulo este dom é considerado maior que o dom de línguas, devido a sua clareza e possibilidade de entendimento. É mais edificante profetizar que falar em outras línguas no culto da igreja do Senhor. Por isso, Paulo recomenda que todos os cristãos procurem falar em línguas, mas principalmente que busquem o dom de profecia.

2- As línguas edificam quem fala (1Co 14.2) Pois quem fala em outra Língua não fala a homens, senão a Deus, vista que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.

O dom de línguas não deve ser desprezado pelos crentes de hoje e tem uma grande importância na edificação pessoal. Além disso, ele é um sinal para os incrédulos (1Co 14.22), constituindo evidência inequívoca da presença e operação do Espírito Santo. Porém, pelo seu caráter personalíssimo, principalmente quando não há quem a interprete, este dom deve ser exercitado com parcimônia durante as reuniões públicas. Devemos levar em conta que Paulo não está desprezando o dom de línguas, e sim enfatizando a necessidade de ordem no culto e o seu caráter de edificação coletiva. Dentro deste contexto, é desejável que as mensagens entregues sejam proveitosas para todos os ouvintes, inclusive os incrédulos, como ocorre com o dom de profecia, ou com o dom de línguas conjugado com a interpretação.

3- A profecia edifica a igreja (1Co 14.3) Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e con­solando.

A profecia edifica a igreja e todos os presentes, exorta-os a permanecer firmes em seu fundamento e consola os fiéis nos momentos difíceis, especialmente com a esperança da volta de Jesus c de nosso futuro glorioso ao lado Dele. Não sem razão é um dom tão desejável para os crentes. O termo edificar significa literalmente “construir”, “levantar”. Entendemos que a vida cristã é uma construção que está em desenvolvimento. Temos que ter ciência que estamos levantando “tijolo por tijolo” desta tão grande obra. E, decerto, a profecia fará com que este “edifício” seja construído com bases bastante sólidas.

II- MAIS ÚTIL NO CULTO (1Co 14.5-25)

1- Profecia é mais útil (1Co 14.5) Eu quisera que vós todos falassem em outras Línguas; muito mais, porém, que profetizassem; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras Línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.

Durante o culto, a prioridade deve ser a edificação da igreja, de forma coletiva. Quando Paulo fala que o que profetiza é superior ao que fala em linguas, não estou menosprezando as pessoas que falam em línguas, nem exaltando as pessoas que profetizam. Isso seria danoso como “tirar o pino de uma granada” e ficar com ela na mão, pois incentivaria mais partidarismos e divisões em uma igreja que já sofria com tais males, justamente os mais combatidos na epístola de Paulo (v. 33).

Lembre-se que Paulo está tra­tando sobre ordem no culto. Organizar significa, dentre outras coisas, escolher o que deve ser priorizado e o que deve ser considerado secundário. Há uma indicação dessa lista de prioridades no Capítulo 12.28, nela o profeta aparece em segundo lugar, após o apóstolo, e a variedade de línguas aparece em último. Durante o culto, a prioridade deveria ser a edificação da igreja, de forma coletiva. Neste contexto, aquele que ti­vesse uma profecia para entregar deveria ser priorizado na ordem do culto em relação ao que falava em línguas, pois aquela mensagem edificaria a igreja, enquanto as línguas edificariam apenas o indivíduo.

2- Línguas com interpretação (1Co 14.13-15) Pelo que, o que fala em outra língua deve orar para que a possa interpretar (14.13).

Como fica claro, o importante no culto é que a igreja receba edifica­ção. Por isso Paulo recomenda que aquele que fala em línguas diante da igreja deve orar para que a possa interpretar (1Co 14.13). Dessa forma, o apóstolo está fazendo um apelo para que os coríntios sejam maduros no modo de pensar, deixando partidarismos e individualismos de lado para priorizar a unidade da igreja. Paulo evoca tão fortemente a figura da igreja como um corpo, em que cada fiel é um membro diferente, que não há espaço na epístola para ninguém se sentir autos­ suficiente e fora do corpo da igreja (1Co 12.27).

3- Prova da presença de Deus (1Co 14.25) Tornam-se lhe manifestos os segredos do coração, e, assim, prostrando-se com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no meio de vós.

Desde o Capítulo 12, o apóstolo Paulo já havia se pronunciado a respeito da manifestação do Espírito Santo. Ele ponderou que “os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo” (1Co 12.4). Também observou que ”A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso” (1Co 12.7). Em outras palavras, os dons pertencem ao Espírito Santo, e não a pessoa a quem são concedidos. Hoje em dia, o Espírito Santo tem se manifestado de muitas maneiras. Muitas das pessoas que são usadas por Deus são bajula­das, até idolatradas, e, por vezes, isso acaba “subindo a cabeça”. Devemos entender que as pessoas a quem o Espírito Santo concede os dons são tão somente canais, ins­trumentos utilizados por Ele para edificar a Sua igreja. O dom é do Espírito Santo, que faz conforme lhe apraz. Adore a Ele! E não a pessoa que exercitou o dom.

III- ORDEM NO CULTO (1Co 14.26-40)

1- Participação de todos (1Co 14.26) Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretar. Seja tudo feito para edificação.

Paulo está afirmando que todos os crentes de Corinto podem contribuir para a edificação da igreja local. O culto deve ser variado e fervoroso, não precisa ser composto só de profecia, também não se vai passar o culto todo cantando. O culto não deve cair em monotonia, nem deve virar monólogo, no qual apenas uma pessoa fala a reunião toda. Há espaço para a variedade e para a diversidade. O culto é da igreja para Deus. Cada qual pode contribuir de diferentes formas e em diversas oportunidades.

2- Participação com ordem (1Co 14.27-28) No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.

Paulo orienta que, ao falar em profecia ou línguas, os crentes deveriam seguir as seguintes orien­tações:
1) nem uma nem outra devem ser proibidas;
2) os irmãos se manifestem um após o outro;
3) as línguas devem ser interpretadas. Esses parâmetros se aplicam ao culto e não a momentos particulares de oração.

Paulo ratifica que o dom se encontra sob o controle de quem o exerce, e que este pode e deve ficar em silêncio quando apropriado (1Co 14.32). Ele reconhece que os dons são uma manifestação do Espírito Santo e isso pode ocorrer de forma espontânea no meio da igreja, mas os irmãos devem ter senso e domínio próprio para controlar a manifestação de modo que não atrapalhe o desenrolar da reunião. Falar é dom, calar é fruto.

3- Decência e ordem (1Co 14.39,40) Portanto, meus irmãos, procurei com zelo o dom de profetizar e não proibais o falar em outras línguas. Tudo, porém, seja feito com decência e ordem.

A manifestação do Espírito Santo no meio da igreja não é um “mover” no qual os envolvidos ficam “enlouquecidos” e fora de si. A fala de Paulo nesta passagem é marcada pelo equilíbrio e pela ponderação. Extremos devem ser evita­dos. É possível deduzir que, na igreja em Corinto, o culto estava deixando de ser um momento de adoração a Deus para virar palco de mais dissensões, exibicionismo, concorrência, partidarismo e desordem.

De um lado, havia irmãos que queriam falar em línguas em alto e bom som, ao mesmo tempo em que outra pessoa naquele momen­to, estava orando, cantando ou entregando uma mensagem. De outro lado, havia os que, irritados com essa atitude, queriam proibir qualquer manifestação do dom de línguas durante o culto. Este duelo de extremos estava tornando o culto em um momento insuportável. Uma bagunça sem sentido e sem ordem. Paulo explica que todos devem ter o seu espaço e sua oportunidade durante o culto.

Tudo, porém, deve ser feito de forma agradável, ordenada e sucessiva, organizando as prioridades com base naquilo que seja mais edificante para a igreja. Quando Paulo fala que, em não havendo intérprete, o que fala em línguas deve se calar, não significa que só pode haver manifestação de línguas se houver alguém para interpretar. Além disso, quando Paulo fala para ficar calado, não significa que o crente deve ficar em silêncio absoluto dentro da igreja durante o culto.

Como já dito, tudo deve ser regulado pelo bom senso e pelo domínio próprio, com todos dando prioridade à edificação coletiva. Dentro deste contexto, entendemos que o crente pode permanecer falando em línguas, em tom moderado, de modo que não atrapalhe os demais irmãos. Continuando sua instrução, enquanto alguém profetiza, os outros julgam. Julgar significa discernir, avaliar o que está sendo dito, retendo o que for bom.

Após enfatizar que a profecia deve ser julgada (v. 29), as palavras do apóstolo a respeito do silêncio da mulher visavam a tratar diretamente dessa questão de julgar e analisar a fonte e o sentido da profecia. Os homens eram encarregados dessa missão. As mulheres deveriam evitar questionar na hora do culto, e se ela fosse casada, deveria conversar com o marido (v. 35).

Nesse contexto fica evidente que a intenção de Paulo não é dizer que as mulheres, em geral, não podem falar nas igrejas. Uma proi­bição dessas seria uma contradição direta a afirma ao que já estudamos no Capítulo 11.5. Lembremos que a Igreja se reunia nas casas e tinha muito valor o testemunho da harmonia entre os esposos e esposas, principalmente do casal dono do local, sempre observado por todos os que visitavam os cultos. Daí a recomendação final de Paulo: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (v. 40).

APLICAÇÃO PESSOAL

O culto é um momento de adoração a Deus e edificação da igreja como corpo de Cristo, no qual cada um pode exercitar os dons, desde que seja com decência e ordem.

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RESPONDA

Marque a única opção correta abaixo:
( ) O dom de línguas é o maior dom, pois ele edifica quem fala por meio desse dom, promovendo edificação do corpo de Cristo pelas partes individuais.
(x) O dom de línguas equipara-se ao de profecia apenas quando há o dom de interpretar, porque desse modo a igreja toda pode ser edificada.
( ) Não há relação prioritária entre os dons, sendo eles de igual importância e urgência.

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