Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025

A Lição 09 destaca a profunda declaração de Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14.6), enfatizando que Ele é o único meio de acesso ao Pai. Estudamos a exclusividade de Cristo como Salvador, a veracidade de Suas palavras e a vida abundante que oferece aos que Nele creem. Uma lição essencial sobre fé, esperança e redenção.

Revista Adultos CPAD – Lição 09: O caminho, a verdade e a vida – 2 Trimestre de 2025

O caminho, a verdade e a vida

Estude a Revista Adultos CPAD – Lição 09: O caminho, a verdade e a vida – 2 Trimestre de 2025 da Escola Bíblica Dominical deste domingo.A Revista Adultos CPAD – Lição 09 ensina sobre Jesus como o caminho, a verdade e a vida, revelando sua centralidade na salvação e na comunhão plena com Deus Pai.

  • Tema da Revista: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor
  • Editora: CPAD | 2 Trimestre 2025

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Resumo da Lição 09 Adultos CPAD 2 Trimestre 2025

A Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 destaca a profunda declaração de Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6), enfatizando que Ele é o único meio de acesso ao Pai. Estudamos a exclusividade de Cristo como Salvador, a veracidade de Suas palavras e a vida abundante que oferece aos que Nele creem. Uma lição essencial sobre , esperança e redenção.

TEXTO ÁUREO

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6)

VERDADE PRÁTICA

A imagem de Jesus Cristo como o caminho, a verdade e a vida reforça a nossa fé e consolida a nossa comunhão com Deus.

LEITURA DIÁRIA 📅

SegundaJo 14.1 – O caminho que nos proporciona paz e tranquilidade
TerçaJo 14.2,3 – O caminho que nos conduz às moradas celestiais
QuartaJo 10.11,14,28 – Não estamos sozinhos na jornada com Jesus
QuintaJo 16.7,8 – No caminho com Jesus contamos com o apoio do Consolador
SextaJo 1.1,18 – No caminho com Jesus encontramos a revelação de Deus
SábadoJo 15.26; 16.13 – No caminho com Jesus, o Espírito Santo testifica do Filho

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 📘

João 14.1-15
1 – Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.?
2 – Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.?
3 – E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.?
4 – Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho.?
5 – Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho??
6 – Disse-lhe Jesus:?Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.?
7 – Se vós me conhecêsseis a mim, também conhecereis o meu Pai; e já desde agora o conheceis e o tendes visto.?
8 – Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.?
9 – Disse-lhe Jesus:? Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai??
10 – Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não? as? digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.?
11 – Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.?
12 – Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.?
13 – E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.?
14 – Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.?
15 – Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.

 

HINOS SUGERIDOS 🎵

PLANO DE AULA 📑

  1. INTRODUÇÃO
    O estudo desta lição é sobre a pessoa de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Por meio do Evangelho de João, capítulo 14, versículos 1 a 15, vamos explorar o tema central: “O Caminho, a Verdade e a Vida”. Nesta lição, veremos como Jesus nos oferece consolo e promessas de vida eterna, ao mesmo tempo em que nos alerta sobre as dúvidas, incertezas e enganos que podem surgir em nossa caminhada com Ele. O tema desta aula é um convite especial para receber as verdades imutáveis da Palavra de Deus e para aprofundar o nosso relacionamento com Cristo.
  2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
    • A) Objetivos da Lição:
      I) Apresentar a dimensão bíblica do consolo e das promessas do Senhor Jesus;
      II) Discernir a respeito das diferentes formas de dúvidas e incertezas, bem como as certezas e convicções na caminhada cristã;
      III) Conscientizar que Jesus é o único caminho, é a verdade absoluta e a fonte de vida eterna.
    • B) Motivação: No estudo do tema ‘O Caminho, a Verdade e a Vida’, propomos aos alunos uma perspectiva de aprofundamento da nossa fé. Ao reconhecer Jesus como o único caminho para Deus, os alunos serão incentivados a ponderar sobre as suas decisões e a reforçar seu relacionamento com Cristo. E, finalmente, ao abordar as dúvidas e incertezas que costumam surgir na jornada cristã, ao mesmo tempo que identificamos as certezas e convicções próprias de um cristão, os alunos descobrirão em Jesus a força e a orientação essenciais para ultrapassar dificuldades e experimentar uma vida abundante na presença de Deus.
    • C) Sugestão de Método: Comece a aula com uma ou duas questões que incentivem os alunos a refletirem sobre as suas próprias experiências e os obstáculos que encontram. Depois, apresente o texto bíblico de maneira clara e concisa, empregando recursos visuais como mapas ou diagramas para representar a jornada espiritual.
    • Sugerimos, por exemplo, uma comparação entre dois tempos históricos do apóstolo Pedro: o Pedro antes do Pentecostes (Mc 14.30,31, 66-68); o Pedro após o Pentecostes (At 2.37-39). Incentive a discussão e o compartilhamento das descobertas em classe a fim de introduzir a lição, cujo tema central é Jesus como o Caminho, a Verdade e a Vida.
  3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
    A) Aplicação: A vida sem a presença de Jesus torna-se insuportável. Essa é a conclusão inevitável ao compreendermos que o nosso Senhor confere sentido e significado à nossa existência. Sem Ele, não existe uma vida verdadeira.
  4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
    A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
    B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
    • 1) O texto “A Verdade”, localizado após o segundo tópico, apresenta Jesus, a Verdade definitiva, como antídoto contra as dúvidas, as incertezas e o engano;
    • 2) No final do terceiro tópico, o texto “O Caminho e a Vida” traz uma reflexão significativa a respeito de Jesus como o caminho exclusivo para Deus e fonte inesgotável de vida.

INTRODUÇÃO📣

A expressão “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” tem um significado especial para os cristãos em todo o mundo. Ela descreve de forma abrangente o Senhor Jesus na realização da obra de salvação. Por isso, iremos estudar João 14, onde consideraremos as palavras encorajadoras e as promessas de Jesus contidas neste capítulo, bem como as dúvidas e incertezas que os seus discípulos enfrentaram ao longo da jornada. Além disso, iremos explorar os três termos importantes do versículo 6: caminho, verdade e vida.

PALAVRA-CHAVE: VIDA

I. CONSOLO E PROMESSA DO SENHOR JESUS

1. O Caminho, a Verdade e a Vida.

Desde o evento do capítulo 13, quando Jesus se juntou aos discípulos e lavou os seus pés, proporcionando uma importante lição sobre liderança humilde, o seu discurso não se limitou a esse capítulo. O Senhor fez um discurso de despedida no capítulo 14 que se inicia em João 13.31.

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Nesse discurso, Ele confere consolo aos discípulos ao afirmar que, após a sua morte, não estariam sozinhos. No versículo 4, o Senhor diz que os discípulos sabiam para onde Ele ia. No entanto, Tomé respondeu que não sabia e questionou: “Como podemos saber o caminho?” (Jo 14.5). Por isso, Jesus esclarece que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém pode chegar ao Pai senão por meio d’Ele (Jo 14.6).

Esta afirmação de Jesus revela que Ele é o único meio de alcançar o Pai, é a verdade que o revela e representa assim a verdadeira vida de Deus. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição🤓

A declaração de Jesus em João 14.6 é uma das mais solenes e exclusivas de toda a Escritura, carregando profundas implicações teológicas sobre a cristologia e a soteriologia. Como bem afirma Leon Morris, “não há salvação fora de Cristo, porque Ele não apenas mostra o caminho, mas é o Caminho; não apenas ensina a verdade, mas é a Verdade; não apenas confere vida, mas é a Vida” (MORRIS, The Gospel According to John, p. 641).

O contexto imediato revela um ambiente de tensão e tristeza, pois os discípulos estavam perturbados com a iminente partida de Jesus (Jo 14.1). Em resposta, Cristo oferece consolo, não apenas prometendo a presença do Espírito Santo (Jo 14.16-17), mas também afirmando Sua própria identidade como o único mediador entre Deus e os homens (cf. 1Tm 2.5). Nesse ponto, é pertinente lembrar a observação de F. F. Bruce: “não são os caminhos religiosos ou éticos que levam a Deus, mas a pessoa viva de Jesus Cristo” (The Gospel of John, p. 303).

Além disso, a pergunta de Tomé revela a incompreensão humana acerca dos desígnios divinos e da revelação plena trazida por Cristo. Como destaca D. A. Carson, “a ignorância de Tomé torna-se o palco para uma das mais completas auto-revelações de Jesus” (The Gospel According to John, p. 491). Jesus não aponta um caminho fora de Si, mas afirma ser Ele mesmo o Caminho, indicando exclusividade e suficiência.

Teologicamente, essa afirmação alinha-se à ideia veterotestamentária de que Deus guia o Seu povo no caminho da justiça (Sl 23.3; Is 35.8). Contudo, agora esse “caminho” não é um código ou conjunto de práticas, mas uma pessoa. Jesus é a corporificação plena da verdade divina (Jo 1.14,17) e a fonte da vida eterna (Jo 1.4; 11.25). Como sintetiza Herman Bavinck, “Cristo é o Mediador que nos conduz ao Pai, a revelação da verdade divina e a fonte inesgotável da vida eterna” (Dogmática Reformada, vol. 3, p. 323).

Portanto, João 14.6 não apenas consola os discípulos, mas reafirma a doutrina central da fé cristã: a unicidade de Cristo como Salvador. Como declarou John Stott, “não há outro evangelho, não há outro caminho, não há outra esperança” (A Cruz de Cristo, p. 77). A exclusividade de Jesus como Caminho, Verdade e Vida não é uma limitação, mas a expressão suprema do amor divino, que oferece plena reconciliação e comunhão com o Pai por meio do Filho. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

2. Consolo num cenário de angústia.

É evidente que Jesus estava angustiado (Jo 12.27; 13.21). O nosso Senhor tinha plena consciência de que estava aproximando-se a hora da sua entrega nas mãos dos homens; em breve seria crucificado, morto e sepultado. Contudo, surpreendentemente, mesmo neste contexto de dor, Jesus dirige-se aos seus discípulos com o intuito de confortá-los (Jo 14.1).

Apesar da intensa pressão emocional e espiritual que enfrentava, Ele revela que o sofrimento pelo qual iria passar traria o bem para todos. Assim sendo, aquilo que parecia uma derrota era, na verdade, uma vitória; um fim trágico transformava-se num glorioso começo. Embora doloroso e angustiante, o caminho a seguir apontava para um cenário glorioso. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição🤓

O cenário descrito em João 14 é um dos momentos mais comoventes e teologicamente significativos do Evangelho de João. A angústia de Jesus, expressa claramente em João 12.27 e 13.21, evidencia sua plena humanidade: Ele sente, sofre e se entristece. Como afirma Louis Berkhof, “a verdadeira humanidade de Cristo implica a capacidade de experimentar todas as emoções genuínas, exceto o pecado” (Teologia Sistemática, p. 335). Sua angústia não é mero simbolismo, mas sofrimento real diante da iminência da cruz.

Mesmo assim, o foco do discurso de Cristo não está centrado em Si mesmo, mas nos discípulos. Seu chamado: “Não se turbe o vosso coração…” (Jo 14.1) demonstra um ato de amor e cuidado pastoral incomparáveis. Como bem observa D. A. Carson, “é um dos paradoxos mais profundos deste evangelho que Jesus, mesmo à beira de sua própria agonia, seja o Consolador dos seus discípulos” (The Gospel According to John, p. 490).

Jesus sabia que, para os discípulos, sua morte seria inicialmente percebida como um fracasso irreparável. O Messias prometido sendo preso e crucificado causaria a ruptura de todas as suas expectativas messiânicas. No entanto, o Cristo os prepara para entender que aquilo que parece ser a maior tragédia da história, na verdade, será a vitória suprema do amor de Deus sobre o pecado e a morte. Como bem colocou John Stott: “o maior mal cometido pelos homens — matar o Filho de Deus — foi transformado por Deus no maior bem: a salvação da humanidade” (A Cruz de Cristo, p. 48).

Nesse contexto, a cruz, longe de ser um acidente histórico ou um plano frustrado, é a via através da qual se concretiza o propósito eterno de Deus. Herman Ridderbos destaca que, em João, “o caminho da cruz é ao mesmo tempo o caminho da glorificação” (O Evangelho de João: Introdução e Comentário, p. 451).

Além disso, o consolo prometido por Jesus transcende o momento: Ele aponta para o futuro glorioso, para as moradas eternas preparadas na casa do Pai (Jo 14.2). O sofrimento presente é colocado à luz da esperança escatológica. Como afirma Jürgen Moltmann, “a esperança cristã transforma o sofrimento, não o elimina; dá-lhe uma direção e um sentido” (Teologia da Esperança, p. 102).

Portanto, a postura de Cristo diante da sua própria angústia é para nós exemplo e ensino: mesmo em meio ao sofrimento, é possível consolar, edificar e apontar para a vitória de Deus. A cruz não é o fim, mas o caminho necessário para a glória. Como bem sintetiza Karl Barth, “a cruz é, ao mesmo tempo, o juízo e a vitória de Deus” (Dogmática Eclesiástica, II/2, p. 177). EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

3. Uma promessa gloriosa.

Jesus declarou que o caminho de Deus leva às moradas celestiais preparadas para os seus seguidores. A expressão “casa de meu Pai” refere-se ao Céu, um lugar com muitas habitações para os fiéis em Cristo (Jo 14.2). Esta realidade espiritual futura proporciona uma esperança gloriosa para os santos. A Igreja de Cristo vive na expectativa do retorno do nosso Senhor.

Apesar dos tempos trabalhosos pelos quais passamos, a promessa do “Arrebatamento da Igreja” alegra e anima os corações dos fiéis. Neste sentido, podemos já experienciar um pouco do que nos aguarda no Céu. Assim será que seremos convocados por Jesus para nos reunirmos num maravilhoso encontro com Ele nos céus (1 Co 15.51-52). EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição🤓

A promessa gloriosa feita por Jesus em João 14.2 é uma das declarações mais consoladoras de toda a Escritura: “Na casa de meu Pai há muitas moradas… vou preparar-vos lugar.” Essa afirmação revela a certeza da esperança cristã, fundamentada não em especulações humanas, mas na palavra infalível do próprio Cristo. Como destaca Leon Morris, “a imagem das muitas moradas não sugere uma hospedagem temporária, mas um lar permanente junto a Deus” (O Evangelho Segundo João, p. 587).

A expressão “casa de meu Pai” se refere, de modo inequívoco, ao Céu, à realidade transcendente que aguarda aqueles que são redimidos em Cristo Jesus. Assim, a palavra-chave “O caminho, a verdade e a vida” encontra aqui seu clímax, pois esse “caminho” que é Cristo conduz os fiéis diretamente às “moradas eternas”. Como observa Wayne Grudem, “a esperança do céu é uma fonte poderosa de consolo e perseverança para os cristãos em meio às tribulações” (Teologia Sistemática, p. 1150).

A promessa feita pelo Senhor tem também um caráter escatológico, apontando para o evento do Arrebatamento da Igreja, conforme descrito em 1 Coríntios 15.51-52 e 1 Tessalonicenses 4.16-17. John MacArthur enfatiza que “o arrebatamento é o cumprimento visível desta promessa de Cristo: reunir pessoalmente os seus seguidores para viverem eternamente com Ele” (The MacArthur New Testament Commentary: John 12-21, p. 94).

Em meio aos tempos trabalhosos e adversos que marcam a história da Igreja, essa promessa gloriosa é o ânimo que sustenta os santos. Como afirma Anthony Hoekema, “o céu não é apenas o destino final, mas uma realidade presente que molda a vida cristã aqui e agora” (The Bible and the Future, p. 255). Assim, a Igreja já antecipa, por meio da comunhão com Cristo e da ação do Espírito Santo, a alegria das moradas celestiais.

Portanto, a palavra-chave “O caminho, a verdade e a vida” não é uma declaração abstrata, mas a garantia concreta de que, por meio de Cristo, somos conduzidos ao destino eterno prometido. Como bem sintetiza Agostinho de Hipona, “o nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Ti” (Confissões, I.1), e é justamente essa promessa gloriosa que alimenta o nosso repouso final: a habitação eterna na presença do Deus vivo. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

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O Senhor Jesus traz consolo para o presente e promessa que anuncia um futuro glorioso.

II. DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHO COM CRISTO

1. A dúvida de Tomé.

No versículo 5, encontra-se a incerteza do discípulo Tomé: “como podemos saber o caminho?”. Neste Evangelho, Tomé é retratado como um discípulo fiel, corajoso, que tinha um profundo amor por Jesus, e teve a coragem de manifestar as suas dúvidas (Jo 14.5). Este episódio ilustra que durante a nossa caminhada com Cristo, não é incomum que surjam dúvidas. Contudo, assim como Tomé recebeu de Jesus a resposta: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6), também nós podemos ouvir estas palavras. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição 🤓

A figura de Tomé no Evangelho de João transcende o estigma popular de “incrédulo” e revela um discípulo sincero, cuja dúvida nasce do amor e do desejo de permanecer com Cristo. Como observa F. F. Bruce, “Tomé não era tanto um cético, mas um realista, que desejava certeza antes de se comprometer totalmente” (The Gospel of John, p. 301). Sua pergunta: “Como podemos saber o caminho?” (Jo 14.5) representa as incertezas comuns aos que seguem a Cristo, especialmente diante do mistério do sofrimento e da eternidade.

Esse episódio nos ensina que a dúvida não é sinal de fraqueza espiritual, mas uma oportunidade pedagógica para aprofundarmos nossa fé. Rudolf Bultmann ressalta que “em João, a fé surge não como uma certeza automática, mas como uma decisão existencial provocada pelo encontro com Cristo” (The Gospel of John: A Commentary, p. 498). Assim, Jesus não repreende Tomé, mas revela-lhe de forma ainda mais profunda a essência do discipulado: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6).

A resposta de Jesus enfatiza que Ele não apenas ensina o caminho, mas é o próprio Caminho, a Verdade encarnada e a Vida plena. Como sintetiza D. A. Carson, “não há outro caminho para o Pai; a verdade não pode ser conhecida fora de Jesus; e a verdadeira vida está intrinsecamente ligada a Ele” (The Gospel According to John, p. 491).

Neste contexto, a palavra-chave “O caminho, a verdade e a vida” é a resposta que dissipa as incertezas e nos orienta na jornada espiritual. Mesmo quando, como Tomé, somos assolados por dúvidas e inquietações, somos convidados a ouvir novamente as palavras do Senhor e renovar nossa confiança Nele.

Assim, aprendemos que o discipulado autêntico não se baseia na ausência de dúvidas, mas na disposição humilde de trazê-las diante de Cristo, que amorosamente nos conduz ao entendimento e à fé plena. Como bem afirmou C. S. Lewis, “fé… é a arte de manter-se firme naquilo que a razão aceitou, apesar das mudanças de humor” (Cristianismo Puro e Simples, p. 123). EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

2. As incertezas de Pedro e Filipe.

Evangelho de João revela que Pedro não compreendia totalmente sobre o lugar que Jesus mencionava para onde estava indo (Jo 13.36). No capítulo seguinte, Filipe pede a Cristo que lhe mostre o Pai (Jo 14.8). É notável que, tal como Tomé, Pedro e Filipe ainda não tinham as suas questões esclarecidas por Jesus. Eles também enfrentaram incertezas. Não somos diferentes deles; certamente haverá momentos em que nos sentiremos semelhantes a Tomé, Pedro e Filipe. Porém, devemos aprender a escutar o Senhor Jesus Cristo. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição 🤓

As incertezas manifestadas por Pedro e Filipe no Evangelho de João são expressões humanas genuínas diante do mistério da revelação divina. Pedro, ao perguntar “Senhor, para onde vais?” (Jo 13.36), expressa não apenas preocupação com a separação iminente, mas também uma incompreensão profunda do propósito redentivo de Cristo. Como destaca Leon Morris, “Pedro não podia conceber que a missão messiânica de Jesus envolvesse sofrimento e morte, e não triunfo político imediato” (The Gospel According to John, p. 631).

Da mesma forma, Filipe revela uma visão incompleta de quem é Cristo ao pedir: “Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta” (Jo 14.8). Este pedido denota a dificuldade humana de perceber a unidade entre o Pai e o Filho, tema central da cristologia joanina. Como explica Herman Ridderbos, “o pedido de Filipe indica o anseio humano por uma manifestação visível e direta de Deus, sem perceber que essa revelação já se dava plenamente em Jesus” (The Gospel of John: A Theological Commentary, p. 496).

Essas incertezas não são casos isolados, mas representam a nossa própria caminhada de fé. Assim como Pedro e Filipe, também nos deparamos com momentos de perplexidade e limitação espiritual. Contudo, Jesus, com paciência pedagógica, responde a Filipe: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9), reafirmando que Ele é a perfeita expressão da divindade, como também afirma Colossenses 1.15: “Ele é a imagem do Deus invisível”.

A experiência desses discípulos nos exorta a buscar um relacionamento mais profundo com Cristo, reconhecendo que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. A palavra-chave “O caminho, a verdade e a vida” está implícita na resposta que Jesus dá a ambos: não se trata de uma mera direção, mas de um relacionamento pessoal com Deus, revelado na pessoa do Filho.

Como sublinha John Stott, “não é suficiente saber o caminho; é preciso conhecer Aquele que é o Caminho, confiar Nele e segui-Lo” (The Cross of Christ, p. 343). Assim, quando nossas incertezas surgirem, somos chamados a ouvir com atenção renovada as palavras de Cristo, que dissipam nossas dúvidas e firmam nossos passos na jornada da fé. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

3. O engano de Judas Iscariotes.

Em João 13 é revelado que nosso Senhor anunciou que um dos seus discípulos iria traí-lo (Jo 14.21,22). Essa pessoa era Judas Iscariotes, seu discípulo. Ele acompanhou Jesus, mas não conseguiu interiorizar os seus ensinamentos e, por isso, não depositou fé suficiente no Filho de Deus. Assim sendo, traiu-o e vendeu-o por 30 moedas de prata (Jo 13.25-27).

amentavelmente, Judas não reconhecia Jesus como o Salvador e Redentor da humanidade pecadora. A sua visão do Messias restringia-se às questões sociais e políticas para libertar Israel da opressão romana. Portanto, por meio de Judas, aprendemos a importância de não confundir as nossas prioridades enquanto seguimos a nossa jornada com Cristo. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição 🤓

O episódio envolvendo Judas Iscariotes representa uma das tragédias mais profundas na narrativa evangélica. Judas, embora estivesse fisicamente próximo de Jesus, não se permitiu ser transformado espiritualmente. Como sublinha F. F. Bruce, “a tragédia de Judas não foi apenas a traição, mas o fracasso em compreender a verdadeira natureza do Messias” (The Gospel of John, p. 295). Ele via em Jesus uma oportunidade política, e não a encarnação do Verbo eterno, que veio para redimir espiritualmente a humanidade.

O engano de Judas Iscariotes não reside apenas no ato material de vender Jesus por trinta moedas de prata, mas na sua incompreensão do caráter messiânico de Cristo. Sua visão estava limitada a expectativas políticas nacionalistas, como muitos judeus de sua época, que aguardavam um Messias libertador militar. Como afirma Craig Keener, “Judas representa aqueles que seguem Jesus por conveniência ou interesse, mas não se rendem verdadeiramente ao seu senhorio” (The Gospel of John: A Commentary, p. 914).

O Evangelho de João reforça esse aspecto ao mostrar que, embora Judas estivesse entre os escolhidos, nunca foi verdadeiramente um dos discípulos fiéis: “Não vos escolhi a vós os doze? Contudo, um de vós é um diabo” (Jo 6.70). Sua incapacidade de crer e de interiorizar os ensinamentos de Cristo culminou na sua traição, um ato que ilustra a profundidade da depravação humana quando o coração não se submete à verdade divina.

Esse episódio nos alerta quanto ao perigo de caminhar ao lado de Cristo sem, contudo, entregar-lhe verdadeiramente o coração. Muitos, como Judas, podem estar próximos da comunidade cristã, ouvir os ensinamentos e até participar das atividades religiosas, mas não experimentam a transformação espiritual que gera uma fé genuína.

Assim, a palavra-chave “O caminho, a verdade e a vida” se contrapõe dramaticamente à trajetória de Judas. Enquanto Jesus oferece-se como o verdadeiro Caminho para Deus, Judas escolhe seu próprio caminho, marcado pela perdição e pelo engano. Como enfatiza John MacArthur, “não basta conhecer a verdade; é preciso amá-la e segui-la, pois o conhecimento sem compromisso é estéril e pode conduzir à ruína” (The Gospel According to Jesus, p. 218).

A lição que aprendemos com Judas é clara: devemos continuamente examinar nossas motivações e prioridades na jornada com Cristo, assegurando que nossa fé esteja fundamentada na aceitação plena de Jesus como o único Caminho, a Verdade que liberta e a Vida que salva (Jo 14.6). EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

SINÓPSE II

As dúvidas, as incertezas e o engano podem nos desafiar durante a nossa caminhada com Cristo.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

A VERDADE
Este tópico revela que as dúvidas, as incertezas e, até os enganos podem pôr à prova a nossa fé ao longo da nossa caminhada cristã. A nossa trajetória com Cristo traz enormes desafios que tentam abalar a fé. Assim sendo, como solução, é essencial compreendermos que “Jesus é ‘a verdade’ – não apenas parte da verdade, mas toda a verdade.

Assim como a Palavra (ou Verbo) é viva (1.1-3), tudo em Cristo e na sua mensagem é verdadeiro. E a sua verdade é absoluta (isto é, total, definitiva, incondicional, imutável, conclusiva) e universal (isto é, verdadeira para todas as pessoas, em todas as situações, de todos os tempos). O fato de a verdade suprema ser revelada através de Cristo é uma ênfase-chave no Evangelho de João (veja 1.17, nota)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1883).

III. CAMINHO, VERDADE E VIDA

1. “Eu Sou o Caminho.”

Como analisado em lições anteriores, a expressão “Eu Sou” representa um título que revela a natureza divina de Jesus (Jo 6.48; 8.12; 10.9; 10.11; 11.25; 15.1). Assim, quando o nosso Senhor afirma “Eu sou o caminho”, está declarando que Ele é o acesso singular, exclusivo e único ao Pai. Portanto, não é possível conhecer a Deus e ter comunhão com Ele fora de Jesus. Ninguém pode chegar a Deus senão mediante o Seu Filho.

O pronome “Eu”, presente nesta expressão, indica que não somos salvos por princípios ou forças espirituais, mas sim por uma pessoa chamada Jesus, que ilumina aqueles que se encontram nas trevas (Lc 1.79). Por meio da sua obra redentora no Calvário, foi aberto um novo e vivo caminho para nos guiar até Deus (Hb 10.19-21). Ele é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição 🤓

A afirmação de Jesus “Eu sou o Caminho” (Jo 14.6) sintetiza de modo profundo e exclusivo a mediação salvífica do Filho de Deus. A expressão “Eu Sou” não é meramente descritiva, mas uma autodeclaração divina, evocando o nome sagrado revelado por Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou” (Êx 3.14). Como enfatiza Leon Morris, “essas declarações são mais do que metáforas; são expressões da identidade divina de Jesus” (The Gospel According to John, p. 641).

Ao afirmar que é “o Caminho”, Jesus não está apenas apontando uma direção, mas revelando que Ele mesmo é a via concreta para a comunhão com Deus. Como afirma D. A. Carson, “Jesus não simplesmente nos mostra o caminho, Ele é o caminho; a salvação é inseparável da pessoa de Cristo” (The Gospel According to John, p. 491). Isso significa que o relacionamento salvífico com Deus não pode ser mediado por regras religiosas, filosofias ou méritos humanos, mas exclusivamente pela pessoa e obra de Cristo.

O autor de Hebreus corrobora essa ideia ao declarar que, “pelo sangue de Jesus, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos, pelo novo e vivo caminho que Ele nos abriu” (Hb 10.19-20). A metáfora do “caminho” está, portanto, enraizada na sua obra redentora: foi mediante a cruz e a ressurreição que Cristo abriu acesso direto ao Pai, abolindo qualquer barreira que separava a humanidade de Deus.

O pronome “Eu” nesta declaração reforça a pessoalidade da salvação cristã: não somos salvos por doutrinas abstratas, forças espirituais ou virtudes morais, mas por uma relação viva e pessoal com Jesus Cristo. Como sublinha John Stott, “o cristianismo não é essencialmente um código ético, mas um relacionamento com a pessoa viva de Jesus Cristo” (Basic Christianity, p. 35).

A palavra-chave “O caminho, a verdade e a vida” ganha aqui sua força máxima: Cristo não é um caminho entre muitos, mas o único caminho que conduz ao Pai (At 4.12). Sua missão de iluminar “os que jazem nas trevas e na sombra da morte” (Lc 1.79) cumpre-se plenamente nessa autodeclaração. Ao segui-lo, somos conduzidos da alienação espiritual à plena reconciliação com Deus, participando da comunhão que nos foi restaurada pelo sacrifício do Cordeiro de Deus.

Portanto, esta afirmação não é meramente uma proposição teológica, mas um chamado existencial: para encontrarmos o Pai e vivermos em comunhão com Ele, precisamos, necessariamente, passar pelo Caminho que é Cristo. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

2. “Eu Sou a Verdade.”

Jesus não é apenas uma parte ou fração da verdade, mas sim toda a verdade em si mesma. De forma clara, o Evangelho de João realça que a verdade suprema se revelou através da encarnação do Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, a verdade absoluta, imutável e incondicional encontra-se plenamente expressa em Cristo. Portanto, Jesus personifica a verdade que os seres humanos necessitam conhecer, uma verdade que se opõe à mentira e derruba as falsidades presentes no mundo. Apenas essa verdade provém de uma fonte confiável de revelação redentora que ilumina o conhecimento acerca do Pai (Jo 14.7). EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição 🤓

A declaração de Jesus: “Eu sou a Verdade” (Jo 14.6) manifesta uma realidade teológica fundamental: Cristo não apenas ensina verdades sobre Deus, mas Ele mesmo é a encarnação da Verdade divina. Como afirma Herman Bavinck, “a verdade não é uma abstração, mas se tornou carne na pessoa de Jesus Cristo” (Dogmática Reformada, vol. 2, p. 48). Ou seja, a verdade plena e perfeita, que antes era apenas vislumbrada nas sombras do Antigo Testamento, revela-se agora pessoalmente no Filho encarnado.

O Evangelho de João inicia enfatizando que “o Verbo se fez carne… cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14), e, por conseguinte, apresenta Jesus como a suprema revelação de Deus ao mundo. Como destaca F. F. Bruce, “na pessoa de Jesus, Deus revelou-se plenamente, e o caráter dessa revelação é a verdade” (The Gospel of John, p. 303).

Neste sentido, a palavra-chave “O caminho, a verdade e a vida” demonstra que Jesus não transmite apenas proposições verdadeiras sobre a salvação ou sobre o Pai, mas Ele é a própria expressão da fidelidade e da realidade de Deus. Por meio de Cristo, o conhecimento do Pai torna-se acessível e seguro: “Se vós me conhecêsseis, também conheceríeis a meu Pai” (Jo 14.7). Como afirma Karl Barth, “Jesus Cristo é a verdade de Deus, não apenas em termos doutrinários, mas como a ação redentora e reconciliadora do próprio Deus” (Dogmática Eclesiástica, II/2, p. 12).

Além disso, a verdade que Jesus personifica se opõe categoricamente às mentiras que permeiam o mundo, especialmente aquelas que procuram oferecer outros caminhos ou revelações para a salvação. Como assevera John MacArthur, “Cristo não é uma verdade entre muitas; Ele é a única verdade absoluta que pode redimir e libertar” (The MacArthur New Testament Commentary: John 12-21, p. 117).

Assim, esta verdade não é apenas intelectual ou proposicional, mas existencial e redentora: por meio de Cristo, o ser humano conhece a Deus e é liberto do poder do pecado e do erro (Jo 8.32). Jesus é, portanto, a referência definitiva e o padrão imutável para toda a compreensão da realidade, da moralidade e da vida espiritual.

Logo, reconhecer Cristo como a Verdade é submeter-se à sua autoridade única e confiar plenamente na sua revelação, rejeitando as múltiplas “verdades” relativas que o mundo moderno propõe. Nele, a Igreja encontra segurança, direção e certeza, pois Jesus é a Verdade que conduz ao Pai e nos liberta para vivermos segundo a vontade divina. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

3. “Eu Sou a Vida.

A vida mencionada aqui não diz respeito à existência física ou ao sopro vital, mas à vida que contrapõe à morte espiritual por meio da vida eterna concedida por Jesus. Refere-se à verdadeira vida espiritual obtida pela obra redentora realizada no Calvário (Jo 19.30). Esta realidade espiritual ocorre porque nosso Senhor possui vida em si mesmo (Jo 5.26); Ele é tanto a fonte como o doador da vida eterna (Jo 3.16; 6.33; 10.28; 11.25). EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

Comentário da Lição 🤓

A afirmação de Jesus — “Eu sou a Vida” (Jo 14.6) — encapsula a essência da sua missão redentora e a profundidade de sua identidade divina. A palavra-chave “O caminho, a verdade e a vida” não apenas sintetiza sua obra, mas manifesta que Ele é a fonte da vida espiritual que supera a morte e conduz à eternidade.

Segundo Leon Morris, “vida”, no Evangelho de João, é um conceito que vai além da mera existência biológica (bios) para apontar à zoé: a vida espiritual e eterna que só pode ser recebida através de Cristo (The Gospel According to John, p. 569). Jesus não apenas dá vida; Ele é a própria vida, aquele que possui existência autônoma, como o próprio Deus: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26).

Este aspecto da autossuficiência de Cristo como fonte de vida foi profundamente explorado por Agostinho de Hipona, ao afirmar: “O homem vive segundo Deus, e esta vida está em Cristo, que é a Vida” (Confissões, IV, 12). Assim, o ser humano morto em delitos e pecados (Ef 2.1) é vivificado mediante a união com Cristo, que é a Vida verdadeira.

O clímax dessa autodoação de vida ocorre na cruz, como apontado: “Está consumado” (Jo 19.30). Por meio de sua obra redentora, Jesus vence a morte e garante a vida eterna a todo aquele que crê nele: “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Como bem expressou Herman Ridderbos, “a vida em Cristo é mais do que um futuro; é uma realidade presente para quem nele crê” (The Gospel of John: A Theological Commentary, p. 502).

Além disso, a vida que Jesus oferece é permanente e segura: “Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão” (Jo 10.28). Isso significa que a obra de Cristo é suficiente para garantir a salvação plena e definitiva dos seus. A ressurreição de Lázaro já havia demonstrado que Cristo é “a ressurreição e a vida” (Jo 11.25), antecipando a vitória sobre a morte que culminaria em sua própria ressurreição gloriosa.

Portanto, ao dizer “Eu sou a Vida”, Jesus reivindica ser aquele que restaura o relacionamento quebrado entre Deus e o homem, conferindo-lhe não apenas a existência, mas o gozo eterno na presença divina. Como enfatiza John Stott, “sem Cristo não há vida espiritual, pois Ele é a única ponte que liga o homem a Deus e à vida eterna” (The Cross of Christ, p. 195).

Assim, ao afirmar que Ele é “o caminho, a verdade e a vida”, Jesus não oferece uma opção religiosa entre outras, mas revela ser a única esperança para o ser humano que deseja escapar da morte espiritual e participar da plenitude da vida eterna em Deus. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

SINOPSE III

O Senhor Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

O CAMINHO E A VIDA
“Jesus é ‘o Caminho’ – Ele não é simplesmente um dentre muitos caminhos; é o único caminho para Deus, o Pai (cf. At 4.12; Hb 10.19-20). Ninguém exceto o perfeito Filho de Deus poderia ter pago o preço total pelas nossas ofensas contra Deus e abrir o caminho para um novo relacionamento com Ele. […] Nunca foi popular – e certamente não o é nos dias de hoje – afirmar que só há um caminho para Deus, mas essa é a realidade de acordo com palavras do próprio Jesus. Não há outra maneira de ter um relacionamento com o Deus verdadeiro, exceto pela fé em Jesus Cristo.

[…] Jesus é ‘a vida’ – a verdadeira e duradoura vida espiritual está disponível apenas através de sua vida, morte e ressurreição (veja 11.25-26, nota). Sua vida perfeita proporcionou o único sacrifício permanente pelos pecados que cometemos contra Deus. Aqueles que aceitam a vida e o sacrifício de Jesus a favor deles – confiando suas vidas à liderança dele – recebem o perdão dos pecados e a vida eterna com Cristo (3.15-16,36; 5.24; 6.40,47,54; 10.28; 17.2-3)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1883).

Conclusão

Reconhecer Jesus como o caminho, a verdade e a vida oferece-nos a oportunidade de esclarecer as nossas dúvidas e incertezas. Ter o Senhor como o caminho, a verdade e a vida proporciona consolo nos momentos difíceis da vida. Através dEle, podemos conhecer a Deus, experimentar a verdadeira liberdade e estar reconciliados em comunhão com Ele. EBD Hoje | Lição 09 Adultos CPAD 2 trimestre 2025 com Comentário e Subsídio para professor e aluno

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. O que o pronunciamento do versículo 6 revela sobre Jesus?

    Revela que Ele é o único meio de alcançar o Pai, é a verdade que o revela e representa assim a verdadeira vida de Deus.

  2. O que a expressão “Casa de meu Pai” quer dizer?

    A expressão “casa de meu Pai” refere-se ao Céu, um lugar com muitas habitações para os fiéis em Cristo (Jo 14.2).

  3. O que o episódio de Tomé nos mostra?

    Que durante a nossa caminhada com Cristo, não é incomum que surjam dúvidas.

  4. De acordo com a lição, qual era a visão de Judas a respeito de Jesus como Messias?

    A sua visão do Messias restringia-se às questões sociais e políticas para libertar Israel da opressão romana.

  5. De acordo com a lição, o que o Senhor está afirmando na expressão “Eu sou o caminho”?

    Quando o nosso Senhor afirma “Eu sou o caminho”, está declarando que Ele é o acesso singular, exclusivo e único ao Pai.

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