Lição 7 – A ameaça aos valores cristãos na família – Revista Betel

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A família natural segundo os valores e princípios cristãos

Revista Betel Dominical Adultos – 1º Trimestre de 2020

1º Trimestre de 2020, ano 30 nº 114
Comentarista: Bispo Abner Ferreira
Data: 16 de fevereiro de 2020

Texto Áureo

“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”, 1 João 2.16

Verdade aplicada

A família cristã não deve ser passiva diante das muitas mudanças, mas permanecer alicerçada na Palavra de Deus, enfrentando a astúcia do inimigo.

Objetivos da lição

  • Explicar que o mau uso dos meios de comunicação prejudica a família cristã.
  • Apresentar as leis e os diversos desafios do presente século.
  • Mostrar a importância dos valores cristãos e como agir para recuperá los.
TEXTO BÍBLICO
1TIMÓTEO 4
1 – Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios,
2 – pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência,
3 – proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças;
4 – porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças,
5 – porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.
Agenda de leitura
SegundaÊx 20.13 – O aborto e a ordenança divina
TerçaMc 10.5 – O problema espiritual do divórcio
QuartaAt 1.1 – O método de ensino de Jesus
Quinta1Co 10.31 – O uso das redes sociais para a glória de Deus
Sexta2Co 6.14 – A Bíblia e o jugo desigual
Sábado 1Jo 2.16 – O perigo da pornografia e da imoralidade

Motivos de Oração
Ore por capacitação e criatividade para os produtores de programas cristãos de rádio, TV e Internet.[  EBD 1° Trimestre de 2020 – Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na família – BETEL ]

Introdução

O desenvolvimento tecnológico, as novas leis e a pós-modernidade têm provocado mudanças na sociedade moderna, que precisam ser vistas e tratadas com cuidado, porque podem causar rupturas nos valores e princípios da família [Is 5.20].

Ponto de Partida

O mau uso dos meios de comunicação prejudica a família cristã

1 – O mau uso dos meios de comunicação

A família cristã deve estar precavida contra os assédios produzidos pela mídia, pois neles está contido todo tipo de carnalidade. O mau uso dos recursos tecnológicos pode ser um veneno mortal para os cristãos que não estão alicerçados na Palavra de Deus [1 Ts 5.21].

1.1. As redes sociais. Parece que a tendência é a redução da comunicação verbal entre os membros da família, porque geralmente estão ocupados com seus celulares, como que hipnotizados [1 Co 6.12]. É incrível como crianças com até menos de dez anos já possuem celular, já têm Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, canais no YouTube etc. As redes sociais pedem ser uma bênção para todos nós se soubermos usá-las, sempre filtrando o que é bom daquilo que é ruim [Mt 6.22]. Mas, infelizmente, não é assim. Muitos jovens e adolescente de nosso tempo se tornam reféns da pornografia e da imoralidade [1 Jo 2.16].

Subsídio do professor

A família não pode ficar apática ou indiferente à realidade das redes sociais. Assim, é importante procurar entender como usá-las para benefício da sociedade e para a glória de Deus [1Co 10.31]. Quantos pais acompanham sistematicamente seus filhos nas redes sociais? O professor Ricardo Marques, em palestra sobre a relação entre as tecnologias e comportamento humano, disse em 2016: “60% das crianças brasileiras têm perfil em redes sociais (…) 9 anos é a média de idade que uma criança entra na internet (…)”. É um perigo deixar os filhos terem acesso indiscriminado ao conteúdo das redes sociais sem um acompanhamento.

1.2. A televisão. Não é pecado ter uma TV. Pecado é permitir que programações ilícitas, pecaminosas e avessas à verdade de Deus e Sua santidade tenham livre acesso em nosso lares, como se fossem coisas comuns. Com o progresso da TV a cabo e da tecnologia de satélite, todo esse kit de pecado pode ser levado para as casas. Os roteiros das novelas parecem fazer apologia ao adultério e a fornicação. Apresentam o amor entre dois homens ou duas mulheres como algo extremamente normal. Isso sem contar a violência, a licenciosidade, a leviandade e, até mesmo, mensagens subliminares para os mais diversos fins [Gn 5.16; 1 Pe 4.2].

Subsídio do professor

O Pr. Elinaldo Renovato escreveu sobre como usar o televisor no lar cristão: “Os pais podem ajudar sua família a não ser escrava da TV secular, de maneira sábia e eficaz, adotando algumas das providências sugeridas a seguir:

  1. Procurar controlar o uso do aparelho de televisão;
  2. Determinar o horário em que os filhos podem assistir TV;
  3. Procurar ocupar o tempo da família com atividades interessantes;
  4. Fazer o culto doméstico todos os dias; 
  5. Dedicar mais tempo para dar atenção aos filhos”. [ EBD 1° Trimestre de 2020 – Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na família – BETEL ]

1.3. A dependência da Internet. De acordo com Sandra Kiefer, em matéria do jornal Estado de Minas: “O Brasil já conta com 22 milhões dos chamados nativos digitais, nascidos e criados a partir da década de 1980, na era dos games e da internet”. A série de reportagens do jornal sobre o problema revela que muitas crianças e adolescentes nunca estiveram tão desconectados do mundo. Parecem hipnotizados por seus aparelhos móveis, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até de conversar entre si e com os familiares, sem intermediação das telas.

Subsídio do professor

Além dos distúrbios provocados pelo vício da Internet, a pornografia, pedofilia e o envolvimento com pessoas desconhecidas são assuntos que rodeiam o dia a dia de nossos jovens e adolescentes. O namoro via Internet e até o tráfico de drogas são um perigo iminente para os nossos jovens. Se não formos rigorosos no controle destes veículos, consentimos que eles influenciam os lares e causem danos irreparáveis aos nossos [Dt 7.26; Sl 101.2-4].

Eu ensinei que

O mau uso dos recursos tecnológicos pode ser um veneno mortal para os cristãos que não estão alicerçados na Palavra de Deus.

2 – Leis e desafios do presente século

Sem o temor a Deus, os homens estabelecem leis que defendem inteiramente seus interesses pecaminosos. Entre as mais novas leis já vigoram em muitos países, estão: a legalização do aborto; a legalização da prostituição e o casamento de pessoas do mesmo sexo [Sl 11.3; Jr 3.30; 6.15].

2.1. O aborto. A pressão da cultura contrária aos princípios bíblicos rodeia a Igreja, como no caso do aborto. Porém, é preciso que todo cristão tenha em mente que a questão do aborto envolve as doutrinas bíblicas sobre Deus e a humanidade [At 17.24-28]. Cremos que a vida de um ser humano começa no momento da concepção ou fecundação [Sl 139]. O próprio Jesus, ao assumir a forma humana, se identificou com o ambiente do ventre materno. Assim, o aborto é o “quebrantamento da sacralidade da vida”, pois a ordenança divina é “não matarás” [Êx 20.13; Mt 5.21]. O Didaquê, obra preparada provavelmente entre 70-100 d.C., visando instruir os cristãos acerca de vários assuntos, em seu segundo mandamento, condena o aborto e o infanticídio.

Subsídio do professor

O Pr. Douglas Baptista escreveu: “Na legislação brasileira atual, o aborto é permitido nos casos de risco de morte à mulher e estupro (Art. 128, CP). Também é permitido a prática do aborto nos casos de anencefalia, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal – ADPF n. 54. Nos demais casos o aborto ainda é crime (Art. 124, CP). Contudo, em novembro de 2016, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) – em julgamento de uma ação movida pelo Ministério Público envolvendo pessoas de Duque de Caxias (RJ) com a prática do crime de aborto consentido pela mãe – considerou que aborto até os três meses não é crime, abrindo um precedente para a descriminalização, apesar da decisão ter efeito exclusivamente para o caso de Duque de Caxias”.

2.2. O grande número de divórcios. Os sistemas jurídicos de quase todos os países ocidentais já não apoiam o matrimônio. Atualmente, o divórcio é concedido de maneira rápida e fácil. Deus criou o casamento para ser uma união permanente [Mt 19.6]. Infelizmente, a incompatibilidade, a ausência de diálogo, a falta de unidade de propósitos e a infidelidade conjugal se alastram no seio familiar e o divórcio se tornou uma tragédia comum até mesmo nos lares cristãos. Segundo o Pr Eliezer de Lira e Silva: “O divórcio também pode ser visto como um problema espiritual que está relacionado às consequências da natureza carnal, do pecado e do endurecimento dos corações” [Mc 10.5].

Subsídio do professor

O Pr. Cláudio Duarte escreveu: “A naturalidade com que é tratada a separação faz com que muitos casais não busquem solução para superar suas crises conjugais. Esse cenário, aliado à negação dos princípios bíblicos e à superficialidade dos relacionamentos, é o resultado de uma geração que está perdendo o temor a Deus e o zelo por Sua Palavra”. John Stott aponta que o aumento do número de divórcios “é o declínio da fé cristã no Ocidente, juntamente com a perda de compromisso com a visão cristã de santidade e permanência do casamento e o crescente ataque de conceitos não cristãos a temas como sexo, casamento e família”.

2.3. Aliança entre a luz e as trevas. A Bíblia é muito clara quando fala acerca do jugo desigual [2 Co 6.14]. O ciclo de amizades cristãs deve ser diferente, os locais e diversões cristãs também. É claro que estamos no mundo, mas isso não nos dá o direito de ser como o mundo [1 Jo 2.15]. Muito contribui no período que antecede o namoro e o casamento que o cristão invista em oração diálogo e observação, além de evitar envolvimento com uma pessoa não convertida [Sl 119.63]. Não há garantia de que a pessoa não nascida de novo, após se casar com um cristão, se tornará uma discípula de Cristo. A experiência tem demonstrado isso. Infelizmente, por vezes, o que ocorre é o esfriamento espiritual daquele que professa a fé em Cristo.

Subsídio do professor

Leonora Ciribelli escreveu: “Muitos optam por se casar sem se darem conta do quanto a escolha do cônjuge é mais do que a de um companheiro. Para se casar é preciso ter propósito, saber por que Deus pensou o casamento. Infelizmente, muitos, por medo da solidão, ou pensando que o casamento será o remédio para a felicidade, negociam este princípio inegociável: ter alguém que esteja disposto a glorificar a Deus e a refletir a sua imagem. Casar-se com alguém que busca viver como Jesus não o isentará de passar por perdas, dores, problemas, mas fará toda a diferença”.

Eu ensinei que

A falta de temor a Deus faz com que os homens estabeleçam leis que defendam seus interesses pecaminosos. A legalização do aborto, o grande número de divórcios e a aliança entre a luz e as trevas, por exemplo, são alguns dos desafios do presente século.

3 – Recuperando valores perdidos

Lucas registra a história de uma mulher que possuía dez dracmas e perdeu uma delas “dentro de casa” [Lc 15.8]. Essa parábola, no contexto da presente lição nos faz lembrar a importância dos valores e nos estimula a procurar com diligência.

3.1. A família e os valores cristãos. Mesmo que a sociedade tenha mudado, a Palavra de Deus não mudou e seus valores estabelecidos para o matrimônio continuam os mesmos. Eles são inegociáveis e mantê-los significa proteção e sobrevivência para a família [1 Tm 4.1-3]. Os valores são princípios que nos ajudam a construir e a melhorar nossa qualidade de vida. A Bíblia fala de coisas perdidas dentro da casa [Lc 15.8]. Caso não sejam recuperadas, outros valores podem se apoderar de nossas famílias, causando grandes prejuízos [Sl 11.3].

Subsídio do professor

Gilmar Vieira Chaves escreveu: “Na família apreende-se os primeiros valores, enquanto a criança está crescendo e se desenvolvendo, principalmente nos anos mais tenros. Os pais, com mais intensidade, e os irmãos mais velhos, de modo secundário, exercerão esta influência no aprendizado e fixação dos valores na criança”.

3.2. Buscando e mantendo os valores cristãos. A parábola da dracma perdida também nos traz à mente a responsabilidade do compromisso com o que nos foi entregue, de coisas que não podemos abrir mão [Lc 15.8-9]. Precisamos ser diligentes para manter nossa casa iluminada pela Palavra de Deus e ação do Espírito Santo, Pois o mundanismo tem entrado nos lares através das novelas, da Internet e das redes sociais.

Subsídio do professor

Jaime Kemp, escrevendo sobre diversos desafios que ameaçam a estabilidade e integridade da família no século XXI, concluiu: “Diante de um quadro como esse, pode-se antever que o futuro que se vislumbra para a família não é muito promissor. Cabe aqui um alerta: jamais devemos nos esquecer de cultivar o amor, a afetividade, a cumplicidade, a intimidade, o diálogo e, principalmente, a comunhão com Deus dentro de nossa casa.”. [ EBD 1° Trimestre de 2020 – Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na família – BETEL ]

3.3. Responsabilidade dos pais na transmissão dos valores. Nas mãos de pais responsáveis crianças são educadas para serem cidadãos responsáveis. Quando os pais definem padrões de moralidade e são exemplos vivos desses padrões, os filhos crescem tendo diante de si não apenas conceitos, mas referenciais de vida [Pv 1.8]. Quando os pais cobrem de atenção, carinho e de disciplina, eles crescem equilibrados e emocionalmente saudáveis.

Subsídio do professor

O Pr. Cláudio Duarte escreveu: “Aquilo que um pai e uma mãe fazem tem mais impacto sobre os filhos do que qualquer palavra que lhes digam. É fundamental, portanto, que as ações dos pais sempre estejam alinhadas com suas palavras. Lucas, por exemplo, destacou que Jesus ensinava, mas também fazia [At 1.1]. (…)
O método de ensino mais utilizado pelos judeus era o treinamento prático.”.

Eu ensinei que

A parábola da dracma perdida nos faz lembrar da importância dos valores cristãos e nos estimula a procurá-los com diligência; também nos traz à mente a responsabilidade do compromisso com o que nos foi entrega, de coisas que não podemos abrir mão.

CONCLUSÃO

O inimigo deseja destruir a sociedade. Para tanto, ele tem atacado ferozmente a base da sociedade: a família! Como cristãos, precisamos permanecer firmados na Palavra de Deus, vigiando, orando e buscando a indispensável ajuda do Espírito Santo no enfrentamento dos diversos desafios atuais.

MATERIAL DE APOIO EBD

Sobre o aborto

A Bíblia diz: Não matarás! (Êx 20.13).

Sobre o divórcio

Jesus disse: “… o que Deus ajuntou, não o separe o homem.” (Mc 10.9)
Jesus não somente fez, mas também ensinou como fazer a coisa certa. (At 1.1)

Sobre as redes sociais

As redes sociais devem ser usadas com prudência e para a glória de Deus. (1Co 10.31)

Sobre a santidade 

O apóstolo Paulo escreveu: “Não vos prendais a um jugo desigual…” (2Co 6.14)

Sobre a pornografia e a imoralidade

O apóstolo João escreveu: “… a concupiscência da carne, (desejo desenfreado) a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do pai, mas do mundo”. (1Jo 2.16)

    Dica de conteúdo auxiliar da lição

    LIVRO OS DEZ MANDAMENTOS DO CASAMENTO
    O livro Os dez mandamentos do casamento (Walter Bastos) da Editora Ágape mostra a necessidade do resgate bíblico do casamento e trás conselhos da Palavra de Deus aos casais.

    SINOPSE DO LIVRO OS DEZ MANDAMENTOS DO CASAMENTO

    Atualmente o casamento e o divórcio tem se tornado uma moda, um passatempo, e sabendo disto, Walter Bastos escreveu este manual para os casais. São conselhos da Bíblia e de experiências de mais de 21 anos de casamento. O foco é a vida a dois, resgatando o matrimônio bíblico, mostrando os princípios da Palavra de Deus que são mandamentos para a vida conjugal, determinando a felicidade e o melhor funcionamento do casamento. Os dez mandamentos incluem amar o cônjuge, valorizá-lo, comunicar da melhor forma, ter confiança, ser um só deixando a casa dos pais, interceder um pelo outro, praticar o perdão, ser uma companhia sexualmente ativa, administrar juntos o lar e renovar os votos do casamento. Os mandamentos parecem simples, mas nem sempre são cumpridos.

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