Lição 10 – Os materiais usados no Tabernáculo – Revista Betel Jovens Conectar 3 trimestre 2021

Lição 10 – Os materiais usados no Tabernáculo

Revista Betel Jovens Conectar 3 trimestre 2021

Comentarista: César Pereira Roza de Melo

Texto Áureo 📖

Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança
Rm 15.4

Verdade aplicada 👍

Deus tinha grandes propósitos com cada detalhe do Tabernáculo.

Objetivos da lição 🎯

  • Descrever as origens dos materiais do Tabernáculo;
  • Compreender a verdade espiritual em cada material;
  • Evidenciar a existência de um projeto divino.

Leitura semanal 📘

SegundaRm 11:33-34 – Os projetos de Deus são insondáveis.
TerçaIs 55:8-9 – Os pensamentos de Deus são maiores que os nossos.
QuartaSl 139.6 – A ciência de Deus é maravilhosa.
QuintaSl 24.1 – Deus é soberano.
SextaIs 46:10 – Deus sabe do fim antes do início.
SábadoEx 35:5 – A oferta era do que o povo tinha.

Motivo de Oração 🙏

Que venhamos agir com voluntariedade na obra de Deus entendendo que os projetos dEle são maiores que os nossos.

Introdução📣

Deus pede ao povo para trazer donativos para a construção do Tabernáculo, porém Deus enumera vários itens, pois não era apenas o material, mas também seu significado espiritual presente e vindouro.

🔑 PONTO DE PARTIDA: Deus queria expressar verdades em cada detalhe do Tabernáculo.

1 – OFERTAS DE ORIGEM ANIMAL

Deus pede ao povo para trazer aquilo que eles tinham e de modo voluntário, porém existia uma lista do que realmente era necessário para a confecção do Tabernáculo.

1.1. Animais marinhos

Na lista de itens registrados em Êxodo 25.1-7 encontramos alguns animais cujo habitat é o mar. Os tecidos azul e púrpura eram obtidos através de moluscos e têm uma representação muito grande. Alguém para ofertar este tipo de material teria que fazer um esforço a mais, pois não era tão comum, ao mesmo tempo em que Deus queria mostrar através do Tabernáculo que Ele é o criador de toda a vida animal que existe e por isso os homens precisavam ser gratos e cuidar do meio ambiente. As cores em destaque mostram a realeza de Jesus e todo o projeto celestial para com a humanidade (Azul); já a cor púrpura era a cor mais preciosa dos tempos antigos, mostrava a nobreza de Jesus como Rei e dominador dos céus e terra (Sl 24.1).

1.2. Animais terrestres

Deus queria também uma representação de animais terrestres, por isso na lista de exigência aparece tecido vermelho, peles de cabra, peles de carneiro e couro. O tecido de cor vermelha fala do sacrifício de Jesus ao derramar Seu sangue, e representa o Evangelho de Marcos, simbolizando o sofrimento de Jesus. O sacrifício de cabras tinha a ver com o pecado e a maneira como o pecado era coberto; já as peles de carneiro tingidas de vermelho revelam a consagração e dedicação a Deus (Êx 29). Deus em Sua Onisciência, através das cores e materiais do Tabernáculo, estava revelando mistérios da divindade. Mas, temos que tomar cuidado para não nos prendermos em simbologias e sim compreender as verdades bíblicas.

Refletindo

“Nada no Tabernáculo é fruto do acaso, Deus determinou minunciosamente a construção.”
Pr. Napoleão Falcão

EBD Revista BetelJovens | 3° Trimestre de 2021 | Tema: Tabernáculo – A tipologia redentora de Cristo | Lição 10 – Os materiais usados no Tabernáculo
 ☺️ Está gostando? Curta e compartilhe essa lição!

2 – MATERIAIS DE ORIGEM VEGETAL

Não foi por acaso que Deus, por diversas vezes, disse a Moisés para fazer tudo conforme a revelação que recebera (Ex 25:40), pois tudo deveria estar em perfeita harmonia até mesmo com as profecias messiânicas que viriam no decorrer da História. No que tange aos materiais vegetais, em sua maioria, apontam par a natureza humana de Cristo.

2.1. O linho fino e a madeira de acácia

O linho fino, olhando do prisma bíblico tem muito a ver com a justiça de Cristo (Ap 19.8). No Tabernáculo, a justiça de Deus estava em evidência através do linho fino, isto é perceptível nos rituais quando Deus perdoava o pecado do povo. Outro material utilizado em que quase todas as mobílias do Tabernáculo é a madeira de acácia ou cetim. A madeira de acácia se destaca pela durabilidade e resistência quanto aos fenômenos da natureza. Este material faz alusão a natureza humana de Jesus, porém percebemos que, mesmo vivendo em um ambiente hostil, corrupto e um sistema religioso corrompido, Ele não pecou. O texto neotestamentário registra que, em tudo foi tentado, porém sem pecado (Hb 4:15). Assim como no ambiente adverso, a madeira deveria preservar suas características, Jesus também deveria manter Sua essência e consumar a obra redentora.

2.2. O óleo e o azeite da unção

No Tabernáculo, precisava de óleo para manter o Candelabro iluminando o Lugar Santo. A exigência divina era que deveria ser azeite puro da oliveira (Êx 27.20). Sabemos que a extração deste azeite passa pelo processo do esmagamento, ou seja, uma alusão ao sofrimento de Cristo, mas óleo fala da unção do Espírito Santo em nossa vida nos ajudando a compreender as verdades do Evangelho. Existem também as especiarias para o óleo da unção, a saber: mirra, canela aromática, cálamo aromático, cássia e azeite de oliveiras (Ex 30:23-24). A revelação aqui é a unção do Espírito Santo capacitando os santos para atuar na execução do IDE. Destaca-se também s especiarias para o incenso aromático para ser queimado diante de Deus. Este incenso mostra a oração intercessora e a adoração ao verdadeiro Deus.

Subsídio do Professor

  1. Tipos de Unção

No antigo Testamento encontramos o uso do óleo para ungir objetos. Era uma forma de consagrar os objetos para o culto a Deus. (Êxodo 29:36-37; 30:25-29). Os objetos ungidos se tornavam santos ao serviço do Senhor.
O Antigo Testamento também fala da Unção de Pessoas. Wesley diz que “Entre os Judeus, a unção era a cerimônia pela qual os profetas, os sacerdotes e os reis eram iniciados nos seus ofícios” (Nota de Wesley a Mateus 1.16). Eram ungidos os profetas, os reis e os sacerdotes.

Unção de Reis: Os reis eram ungidos como libertadores para o povo de Israel e para governar sobre o povo como seu pastor (I Sm 9:16).
Unção de Sacerdotes: Os sacerdotes eram ungidos, de modo a consagrá-los e reconhecê-los como pessoas separadas para servir a Deus através do sacerdócio (Ex 40:13-15).
Unção de profetas: O ofício profético era estabelecido pelo ato da unção. (Is 61:1-3.

  1. Os Produtos utilizados para a unção
    Azeite: Era símbolo da alegria, da saúde e da qualificação de uma pessoa para o serviço do Senhor (Sl 92.10).
    Unguento: Era uma gordura misturada com perfumes especiais que lhe davam características muito desejáveis. Era utilizado para ungir os pés dos hóspedes, simbolizando a alegria pela chegada daquele hóspede, e desejando-lhe boas vindas (Jo 11.2; Dn 10.2-3; Rt 3.3).
    Óleos curativos: Usavam-se os óleos com poder curativos para amolecer feridas e purificá-las (Is 1.6, Lc 10.34).
    Unguento fúnebre: Este unguento era utilizado na preparação do corpo para o sepultamento, como parte de um processo de embalsamamento: (Mt 26:12; Lc 23:55-56).
  2. Modos de aplicação
    Na cabeça: O derramamento de óleo sobre a cabeça de um homem indicava que este homem havia sido separado para uma determinada tarefa a serviço do Senhor ( I Sm 10:1; Sl 23.5; Ec 9:8).
    No rosto: A unção do óleo no rosto tinha como objetivo a hidratação, e a proteção contra as forças da natureza (Sl 104.15).
    Nos pés: Como já foi dito, este ato estava normalmente relacionado com uma recepção digna e alegre de um hóspede bem-vindo (Lc 7:38)
    Sobre as feridas: Utilizado como medicamento (II Rs 20:5-7).
  3. A Prática dos Apóstolos do Senhor Jesus
    No Evangelho de Marcos 6.7,12-13 está escrito: “Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus. Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo“.
    A expulsão dos demônios e a cura milagrosa de muitos enfermos eram acompanhadas da unção com óleo.
  4. A Orientação de Tiago 5:14-16
    A Carta de Tiago 5.14-16 diz: “Alguém de vocês está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem por ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé salvará o doente: o Senhor o levantará e, se ele tiver pecados, será perdoado. Confessem mutuamente os próprios pecados e orem uns pelos outros, para serem curados. A oração do justo, feita com insistência, tem muita força“.

A orientação doutrinária é que os doentes sejam ungidos com óleo pelos presbíteros em nome do Senhor. A oração da fé levantará os enfermos e perdoará pecados.
Tanto em Marcos como Tiago, a unção com óleo está relacionada a uma ação de Deus, e não aos poderes curativos ou medicinais do óleo.

  1. O Uso da Unção na História da Igreja.
    Orígenes, um dos Pais da Igreja, comenta o texto de Tiago 5:14, mas trata apenas da questão do perdão dos pecados, e não menciona o uso do óleo.
    Agostinho menciona o uso do óleo uma vez em seus escritos sobre milagres.

Tertuliano, diz Sétimo Severo, foi curado na oração com imposição do óleo pelo cristão Prócolo.Crisóstomo dizia que o óleo para ungir os doentes deveria ser retirado das lâmpadas que alumiavam o templo. Esta prática é usada ainda hoje na Igreja Grega. Crisóstomo também recomenda ungir um bêbado com óleo retirado da tumba dos mártires cristãos, como remédio para curar a bebedice.

Os Nestorianos misturavam óleo e água com algumas relíquias de alguns santos; caso estas não fossem encontradas, usava-se poeira de uma cena de martírio e ungia-se o doente com tal mistura. Cirilo de Alexandria e Cesário de Arles alertavam o povo contra encantamentos e mágicas, dizendo que o poder não vinha do óleo. Óleo é apenas Sinal.

A partir do quarto século em diante, a liturgia da igreja Grega e outras liturgias orientais já continham fórmulas para consagrar o “óleo santo”. Um bom exemplo disso é O Sacramentário de São Serapião (quarto século, Egito).
A carta de Inocêncio I para Decentius, datada de 19 de Março de 416 diz que “os cristãos doentes têm o direito de serem ungidos com o santo óleo da crisma, o qual, sendo consagrado pelo bispo, não é legal apenas para os bispos somente, mas para todos os cristãos que precisem dele para suas próprias necessidades, bem como para seus servos.

Antes do fim do oitavo século, contudo, uma mudança ocorreu no Ocidente, pela qual o uso do óleo foi transformado para unção daqueles que estavam para morrer, não como um meio para recuperar o doente, mas com vistas à remissão dos pecados daquele que está morrendo.

O sacramento da Extrema Unção é mencionado pela primeira vez entre os sete sacramentos da Igreja Católica no século XII. Foi discutido e decretado no Concílio de Trento (na pós-Reforma), que “a santa unção do doente foi um sacramento estabelecido por Cristo e promulgado aos crentes por Tiago, apóstolo e irmão e nosso Senhor”.

O Concílio Vaticano II mudou o nome de Extrema Unção para Unção dos Enfermos, seguindo uma linha ecumênica para estar mais próximo dos Protestantes Históricos.

Esse blog foi feito com muito carinho para você.
Ajude-nos 🙏. Não leva nem 30 segundos.

Basta clicar em qualquer ANÚNCIO e você estará colaborando para que esse blog continue trazendo conteúdo exclusivo e de edificação para sua vida.

3 – MATERIAIS DE ORIGEM MINERAL

Esta classe de materiais são caros e evidenciam verdades acerca da realeza e divindade de Jesus. Mesmo estando em pleno deserto, Deus exige materiais de primeira qualidade e pomposos na feitura do Tabernáculo. A lição que fica aqui é que Cristo em toda a sua glória viria para habitar entre os homens.

3.1. O ouro, a prata e o bronze

Estes materiais representam muitas verdades no Tabernáculo e são dignas de nota. O ouro, por exemplo, através de seu brilho, sua beleza e sua perfeição, aponta para a divindade e a glória de Jesus. Quase todos os móveis do tabernáculo feitos com madeira eram revestidos de ouro, porém o Castiçal era todo de ouro. O bronze pode ser percebido no revestimento do Altar de Holocausto, simbolizando o poder e o juízo contra o pecado. É justamente no Altar de Holocausto que a justiça de Deus era feita com o sacrifício. Todos os ganchos usados para sustentar as cortinas eram de prata; a prata simboliza o preço pago pela expiação e remissão do pecado da humanidade. Infelizmente, traz à memória também o fato de judas ter vendido Jesus por trinta moedas de prata (Mt 26:15). Existem muito mais conexões, mas nossa mente é limitada para conhecer os mistérios infinitos de Deus em Sua Palavra.

3.2. As pedras preciosas

As pedras preciosas deveriam ser ofertas para a confecção do peitoral sacerdotal. O éfode era um corpete contendo doze pedras de diferentes cores e tipos, a saber: sárdio, topázio, carbúnculo, esmeralda, safira, diamante, jacinto, ágata, ametista, turquesa, sardônica e jaspe. A representação destas pedras mostra o valor das tribos e que deveria estar sobre o coração do sumo sacerdote, mostrando o ofício sacerdotal da intercessão. A Bíblia diz que o coração de Deus está sobre o homem (Jó 7.17), e nossos nomes estão gravados nas palmas de Suas mãos (Is 49:16).

Subsídio para o educador

Subsídio Bíblico e Histórico
Muito destes materiais ofertados pelo povo haviam sido trazidos do Egito. Quando o povo ainda era escravo, Deus fez uma promessa a Israel: “E eu darei graça a este povo aos olhos dos egípcios, e acontecerá que quando sairdes, não saireis vazios, porque cada mulher pedirá à sua vizinha e a sua hóspeda vasos de prata e vasos de ouro…”, Ex 3:21-22. Em Êxodo 12.36 vemos o cumprimento desta profecia. O termo usado é “despojar”, porém quanto olhamos para o original hebraico a ideia é de “conquistar”. Os israelitas não roubaram e nem saquearam nenhum material, mas Deus de forma sobrenatural abriu o coração dos egípcios apara abençoar os hebreus. Quiçá, como forma de pagamento por todos os quatrocentos anos de escravidão. Deus em Sua Onisciência já estava preparando os materiais que seriam necessários para a construção do Tabernáculo e estava atuando como provedor. Salmos 23 mostra Deus como pastor do Seu povo, e, na construção do Tabernáculo não faltou nada, mesmo vivendo em condições adversas. Esta é a certeza que temos: Deus proverá livramento, fartura, alegria e paz. Nada no âmbito material ou espiritual nos faltará (Texto Extraído da lição Betel Dominical – 2 Tri\1993).

CONCLUSÃO

O Tabernáculo mostra que os projetos de Deus são harmônicos e conta com as contribuições de seus servos fiéis.

Complementando

Os artesãos do Tabernáculo foram dotados de habilidades sobrenaturais (Ex 31:3-5), realizando uma variedade de atividades, das mais simples as mais complexas. Vemos a atuação especial do Espírito Santo, capacitando-os na execução de obras artísticas sob o comando divino (Ex 35:30-34).

Eu ensinei que

Mesmo vivendo em situações adversas no deserto, o povo não hesitou em doar seus pertences para a construção do Tabernáculo.

Lição 10 – Os materiais usados no Tabernáculo

O que achou da Lição? Sua opinião é importante para nós ⭐⭐⭐⭐⭐

AVALIAR LIÇÃO

Lição 10 – Os materiais usados no Tabernáculo revista betel adultos 3 trimestre 2021, lições betel adultos, baixar revista escola dominical betel, baixar revista escola dominical betel 2021, ebd betel trimestre 2021, ebd betel 2021,baixar revista escola dominical betel 2021,revista ebd betel 3 trimestre 2021,revista betel trimestre 2021 pdf,ebd betel, 3 trimestre ebd, Escola dominical, Lição 10 Revista Betel,

❤️ Conta pra gente: O que você achou desse post?

Sua opinião é importante para nós!

💬 Comentar a lição

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *