EBD Adolesc. 2° Trim. de 2023 Lição 7- O Estabelecimento da Monarquia | 4° Trimestre de 2023 | EBD ADOLESCENTES

EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2023 | Tema do Trimestre: A História do Povo Escolhido | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 7- O Estabelecimento da Monarquia LEITURA BÍBLICA 1 Samuel 8.1-10,19-22 A MENSAGEM Samuel tinha levado consigo um frasco de azeite. Ele derramou o azeite na cabeça de Saul, beijou-o e disse: — O Senhor Deus está ungindo você como o chefe

Revista CPAD Adolescentes 4 trimestre de 2023

EBD Adolesc. 2° Trim. de 2023 Lição 7- O Estabelecimento da Monarquia

Tema da Revista: Amor na Vida Cristã
Editora: CPAD 4 trimestre 2023 – Escola Dominical

EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2023 | Tema do Trimestre: A História do Povo Escolhido | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 7- O Estabelecimento da Monarquia

LEITURA BÍBLICA

1 Samuel 8.1-10,19-22

A MENSAGEM

Samuel tinha levado consigo um frasco de azeite. Ele derramou o azeite na cabeça de Saul, beijou-o e disse: — O Senhor Deus está ungindo você como o chefe do seu povo, o povo de Israel Você o governará e o livrará de todos os seus inimigos […]. 1 Samuel 10.1

Devocional

Segunda » 1 Sm 9.1,2
Terça » 1 Sm 10.1-6
Quarta » 1 Sm 11.15
Quinta » 1 Sm 15.10,11
Sexta » 1 Sm 15.24-29
Sábado » 1 Sm 31.1,6,12,13

Objetivos

REFLETIR sobre o uso do livre-arbítrio e suas consequências;
ENSINAR quem foi Saul e como ele se tornou o primeiro rei;
DESTACAR que precisamos ter nossa vida guiada pela vontade de Deus e não pelas preferências do nosso coração

EI PROFESSOR!

Já estamos na metade de nossa jornada de estudos sobre a história de Israel. Essa é uma etapa crucial para o trimestre. Peça ajuda ao Senhor e não desanime de ensinar a Palavra de Deus aos seus alunos. Muitos desafios estão diante de nós para tentar nos fazer desistir do ministério do ensino. Todavia, devemos orar pedindo forças ao Senhor, como nos ensinou o profeta Isaías: Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Is 40.29). Deus, sem dúvidas, responderá a sua oração e você conseguirá seguir até o fim. Saiba que seu trabalho não é vão no Senhor. Cada aula é como uma semente plantada, que dará frutos futuramente.

PONTO DE PARTIDA

Saul tinha as características de um guerreiro: era alto e forte. E o povo queria um rei para lutar as suas guerras. Todavia, não há referências sobre qualidades espirituais de Saul no texto bíblico referente ao período anterior à sua coroação. Suas características eram aceitáveis para aquilo que o povo queria: um rei guerreiro, como as nações vizinhas tinham. O povo cedeu à pressão e desejou ser semelhante às nações vizinhas. Isso era exatamente o oposto dos propósitos de Deus, que queria que Israel fizesse a diferença em Canaã. Explique aos adolescentes que ceder às pressões sociais nunca é uma boa decisão. Israel cedeu e pagou um preço por isso. Destaque que obede

VAMOS DESCOBRIR

É compreensível que haveria um momento na história que Israel teria um rei, pois isto foi anunciado por Moisés quando o povo ainda estava no deserto (Dt 17.14). Inclusive, Moisés informou detalhes de como o rei deveria agir (Dt 17.15-20). Todavia o povo de Deus pediu um rei quando Samuel (que era profeta, sacerdote e juiz) ainda estava vivo. Essa escolha teve alguns desdobramentos. Vamos aprender o que aconteceu na história do povo escolhido!

Hora de Aprender
I – O PEDIDO DO POVO

O período dos juízes em Israel terminou com a liderança de Samuel Ele foi responsável pela transição de governo para o estabelecimento da monarquia. Todavia, antes disso, Samuel pôs seus filhos, Joel e Abias, como juízes, na intenção de assumirem o seu lugar (1 Sm 8.1,2). Contudo os filhos do profeta não tem iam ao Senhor e os líderes do povo, sabendo disso, foram a Samuel e pediram um rei ao profeta (1 Sm 8.2-5). Tal pedido também foi motivado pelo desejo de serem como às outras nações, pois os israelitas tinham medo de que os povos vizinhos invadissem seu território, por causa da falta de um rei (1 Sm 12.12).

Esse pedido não agradou ao profeta, que foi orar a Deus sobre esta causa (1 Sm 8.6). Deus respondeu a Samuel e disse para ele atender o pedido do povo, pois os hebreus não rejeitaram apenas o profeta, mas, antes, desprezaram o próprio Deus (1 Sm 8.7). Desde quando saíram do Egito, por diversas vezes, os hebreus entregaram-se à idolatria; agora, eles estavam abandonando Samuel, da mesma m aneira como abandonaram a Deus (1 Sm 8.8). Mas Deus fez questão de deixar bem claro para o povo as consequências de tal pedido.

Mesmo assim, o povo insistiu em querer um rei. Israel foi informado de que o rei: tomaria os seus filhos como soldados (1 Sm 8.11); os faria trabalhar em diversos tipos de serviço, todos em benefício do próprio rei (1 Sm 8.12); tomaria as filhas para trabalharem com perfume e/ou na cozinha (1 Sm 8.13); que ele tomaria a melhor parte dos campos e das colheitas (1 Sm 8.14); cobraria imposto sobre a colheita e o gado (1 Sm 8.15-17); por fim, Deus informa que o povo choraria por terem optado por um rei (1 Sm 8.18).

Todavia, o povo não se importou com o aviso dado por Deus e quis um rei mesmo assim (1 Sm 8.19,20). O povo de Deus não só escolheu um rei no momento errado de sua história, como também rejeitou a Samuel e ao Senhor. A rejeição a Samuel significava uma rejeição a Deus e ao seu governo sobre Israel. Por fim, Deus concedeu o pedido do povo (1 Sm 8.21,22).

I- AUXÍLIO DIDÁTICO

“Na época do Antigo Testamento, os reis controlavam todas as funções do governo – legislativa, executiva e judicial. O povo devia total lealdade ao seu governante, e este, por sua vez, protegia o seu povo, liderando-o nas guerras, assim como nos tempos de paz. Da maneira como foi originalmente concebida, Israel era uma teocracia – um povo cujo Rei era Deus. No concerto da Lei do Antigo Testamento, Deus se comprometeu a lutar as batalhas de Israel, e a fazer com que a nação prosperasse.

Em retribuição, o povo devia obedecer às leis promulgadas pelo seu Monarca, e dedicar-lhe completamente a sua lealdade. O papel do rei nos tempos do Antigo Testamento, e o ensinamento das Escrituras de que o próprio Deus era o Rei de Israel, nos ajudam a ver por que os pedidos de Israel, por um monarca humano, eram, na verdade, uma rejeição ao Senhor’’ (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 169).

II – SAUL, O PRIMEIRO REI DE ISRAEL

Saul é descrito como um jovem da tribo de Benjamim, alto e belo. A Bíblia diz que ele era mais alto que todos, a ponto de sobressair dos ombros para cima. Além disso, ele era filho de um homem rico e importante (1 Sm 9.1,2). Sem dúvidas, essas são características que chamam muito a atenção, sobretudo porque Israel queria escolher um rei para liderar o povo em batalhas (1 Sm 8.20). Samuel irá encontrar-se com Saul em uma situação atípica. Quis, pai de Saul, perdeu algumas jumentas do seu rebanho. Por isso, o jovem Saul saiu junto com um dos empregados do seu pai para buscá-las.

Todavia, após procurarem em várias cidades e tribos não tiveram sucesso na missão (1 Sm 9.3,4). Saul sugeriu retornarem para casa a fim de não deixar o seu pai preocupado; mas, o empregado de seu pai, que o acompanhava na missão, sugeriu que eles fossem atrás do profeta a fim de ter alguma orientação (1 Sm 9.5,6). Eles foram até a cidade onde estava o profeta Samuel e conseguiram encontrá-lo, mediante a ajuda de algumas moças que haviam saído para pegar água (1 Sm 9.11-14). Porém, antes de tudo isso, no dia anterior, Deus já falara com o profeta Samuel que chegaria um homem da tribo de Benjamim e que este seria o rei de Israel (1 Sm 9.15,16).

Quando Saul conseguiu se encontrar com Samuel, o profeta disse para ele não se preocupar com as jumentas de seu pai, pois já estavam em segurança e o informou de que fora escolhido por Deus para ser rei sobre Israel (1 Sm 9.19-21). Samuel promoveu um jantar com Saul, que ocorreu em um salão de festas com mais de trinta convidados, com Saul sentado em um lugar de honra na cabeceira da mesa junto com Samuel (1 Sm 9.22-26). Após o evento, Saul foi ungido como o primeiro rei sobre Israel (1 Sm 10.1).

II- AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O texto [1 Sm 9.1-10.8] descreve uma série de eventos que deixam claro que o Senhor supervisionou pessoalmente a escolha de Saul […]. Uma pergunta que incomoda os crentes é: Por que Deus escolheu Saul, tendo em vista os erros posteriores que este homem cometeu? Deus pretendia mostrar ao povo os erros que eles cometiam, através da escolha de um líder perfeito? De modo nenhum.

O povo tinha pedido um líder que saísse adiante deles, e fizesse as suas guerras. Quando Deus ordenou a Samuel que ungisse Saul, o Senhor lhe disse: ‘Ele livrará o meu povo da mão dos filisteus’ (9.16). Deus deu a Israel um rei que faria exatamente o que o povo pediu! Nós precisamos avaliar cuidadosamente as nossas orações. O que pedimos é realmente o que necessitamos? O que pedimos é realmente o melhor para nós?

O que Israel deveria ter pedido era um rei que tivesse um relacionamento íntimo com Deus. Um rei que responderia positivamente a Deus, e que conservaria Israel na santa presença do Senhor” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 170).

III- O INÍCIO DA MONARQUIA EM ISRAEL

Saul, após ser ungido como rei, recebeu algumas orientações de Samuel e se encontrou com um grupo de profetas. Junto aos profetas, Saul foi cheio do Espírito de Deus e transformado em uma nova pessoa (1 Sm 10.5-9). Em seguida, Samuel promoveu uma reunião diante de todas as tribos de Israel e apresentou o jovem escolhido para reinar: “Aqui está o homem que o SENHOR Deus escolheu! Não há ninguém igual a ele entre nós. E todo o povo gritou: Viva o rei!” (1 Sm 10.24). Na posição de rei, Saul teve vitórias militares importantes.

Ele derrotou vários povos vizinhos, dentre eles os de “[…] Moabe, de Amom e de Edom, os reis de Zobá e os filisteus. E em toda parte em que lutava era vitorioso. Saul lutou corajosamente e venceu os amalequitas. E defendeu o povo de Israel de todos os ataques” (1 Sm 14.47,48). No reinado de Saul houve importantes conquistas para o povo de Israel e uma segurança territorial e militar foi estabelecida. Entretanto, a gestão de Saul não foi marcada apenas por vitórias. Após anos de reinado, Saul entrou em uma fase de decadência. Isso ocorreu no contexto de uma luta contra o povo filisteu.

Esse inimigo se agrupou para pelejar contra Israel com mais de 30 mil carros de guerra, 6 mil cavaleiros e um exército muito numeroso (1 Sm 13.5). Nesta ocasião, o povo de Israel se reuniu em Gilgal, com o objetivo de lutar contra os filisteus. Porém, antes da batalha, eles iriam ter um momento de adoração. Por isso, eles deveriam aguardar a chegada do sacerdote. Todavia, Samuel demorou a aparecer para realizar o sacrifício e o povo ficou apavorado, por causa do exército inimigo; aos poucos, o povo começou a abandonar Saul, se retirando da área de concentração para a batalha em Gilgal (1 Sm 13.6-8).

O rei, talvez, movido por medo ou ansiedade, ofereceu o sacrifício em lugar de Samuel (1 Sm 13.9). Isso era um pecado gravíssimo, pois todo o serviço sagrado era de exclusiva responsabilidade dos levitas e sacerdotes. O rei não poderia fazer o sacrifício. Além disso, a ordem de Deus era clara: Saul deveria aguardar a chegada de Samuel (1 Sm 13.13).Assim, quando Saul estava terminando de oferecer o sacrifício, Samuel chegou e ficou muito espantado (1 Sm 13.10.11) .

A impaciência e desobediência de Saul custaram caro. Naquele dia ele (e toda a sua descendência) perdeu o direito ao trono de Israel (1 Sm 13.14). Todos pagam um preço quando desobedecem a Deus. Saul continuou sendo rei e defendendo o povo de Israel bravamente. Algum tempo depois, ele entrou em guerra contra os amalequitas (1 Sm 15.1-3). Saul derrotou os amalequitas, mas em vez de destruir tudo, como Deus ordenou, o rei pegou para si o melhor do gado e o melhor das ovelhas, com o pretexto de oferecer em sacrifício ao Senhor.

Além disso, também poupou a vida de Agague, rei dos amalequitas (1 Sm 15.7-9). Deus avisou a Samuel que Saul tinha desobedecido suas ordens (1 Sm 15.10.11) . Na manhã seguinte o profeta foi procurar o rei e o confrontou quanto ao descumprimento das ordens divinas. Saul tentou fingir que tinha obedecido ao Senhor. Mas Samuel mostrou que ele não cumpriu toda a ordem de Deus (1 Sm 15.13). Ao invés de destruir tudo, Saul recolheu excelentes rebanhos e poupou a vida do rei amalequita.

Quando foi confrontado, o rei tentou argumentar com o sacerdote, dizendo que desobedeceu, mas com o propósito de oferecer os animais em sacrifício ao Senhor (1 Sm 15.15). Diante disso, Samuel ensinou que Deus prefere a obediência, no lugar do sacrifício (1 Sm 15.22). E explicou que a revolta contra o Senhor e o orgulho são pecados tão graves como a prática da feitiçaria e da idolatria (1 Sm 15.23).

Neste contexto, Saul ainda insistiu com Samuel, pois sua preocupação era manter boas aparências diante do povo (1 Sm 15.25). Mas a resposta de Samuel foi enfática:”[…] Você rejeitou as ordens de Deus, o SENHOR, e por isso ele também o rejeitou como rei de Israel” (1 Sm 15.26). A desobediência de Saul levou à sua ruína como rei.

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Pouco depois de Saul ter assumido as funções de rei, os amonitas fizeram uma tentativa de conquistar Jabes-Gileade na Transjordânia e mensageiros foram enviados a Saul para informá-lo sobre essa situação de emergência. Sua comovente demonstração de liderança com a vitória israelita sobre os amonitas, assim como a libertação de Jabes-Gileade, serviram para que seu prestígio fosse muito engrandecido.

Embora Saul fosse pouco mais que um rústico comandante, era um homem possuidor de muito orgulho e força de vontade e, à medida que o tempo passava, essas características se afirmavam cada vez mais na mente do povo. Parecia ser inevitável algum conflito de autoridade entre o profeta e o rei, e a repetida desobediência à vontade de Deus por parte de Saul, resultou na deterioração das relações entre ele e Samuel.

O ideal teocrático estava ainda mais forte do que quando a recente monarquia havia sido instituída e, numa tentativa de preservar a unidade da nação, Samuel recebeu ordens de Deus para nomear Davi, filho de Jessé, como sucessor de Saul” (HARRISON, R.K. Tempos do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 180-181).

CONCLUSÃO

O povo de Deus queria ser como as demais nações e, por isso, desejou ter um rei. Saul foi o escolhido por Deus para o cargo. Todavia, ele desobedeceu ao Senhor e, como consequência de sua desobediência, foi rejeitado por Deus. Seu fim não foi tão bom quanto o seu início, por causa da desobediência. Por isso, o conselho de Samuel continua atual: “[…] o obedecer é melhor do que o sacrificar […]” (1 Sm 15.22, ARC).

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VAMOS PRATICAR

1- De qual tribo de Israel era Saul? R. Saul era da tribo de Benjamim.

2- Quais animais do pai de Saul haviam se perdido?
( ) Ovelhas ( ) Cabritos ( ) Cachorros ( x ) Jumentas ( ) Bodes

3- Complete o versículo bíblico abaixo:
Samuel respondeu: – O que é que o SENHOR Deus prefere? Obediência ou oferta de sacrifícios ? É melhor obedecer a Deus do que oferecer-lhe em sacrifício as melhores ovelhas” (1 Samuel 15.22).

Pense Nisso

A obediência à Palavra de Deus sempre será a melhor escolha. Saul, motivado por sua vontade ou por pressões externas, escolheu desobedecer a Deus. Entretanto, nós devemos fazer diferente: dia a dia precisamos escolher obedecer ao Senhor e aos nossos pais.

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