Lição 01 – O Contexto De José – Revista Betel Jovens Conectar+ 1 trimestre 2021

🔑 #pontochave
“É nas adversidades que surgem os maiores milagres de Deus na história.”

1 – A genealogia de José

A genealogia se caracteriza por estabelecer a origem de um indivíduo ou de uma família. No caso em questão, a genealogia se torna importante para entender não apenas seus ancestrais, mas principalmente os valores, crenças, comprometimento e a integridade que estava enraizada em seu coração pelo Deus Todo-Poderoso.

1.1. Um nome significativo

No relato de Gênesis 30.24, fica evidente o significado do nome de José, que é “Deus me acrescentará ou adicionará outro filho” Gn 30.24. O seu nascimento não apenas coloca o fim na vergonha que sua mãe Raquel carregava por não poder dar à luz, mas também traz consigo a esperança de que outro descendente nascerá do relacionamento com o patriarca Jacó.

1.2. Os genitores de José

A paternidade de José trazia uma grande responsabilidade, pois vinha da linhagem dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Infelizmente, houve um tempo em que Jacó fez parte de uma Trama para ser beneficiado, na qual prejudicou seu irmão e seu pai, trazendo desgosto e desonra para sua família. Agora Jacó, um homem formado, foi enganado por Labão e sofreu o amargo preço da mentira. É preciso compreender que a mentira gera consequências terríveis para toda todas as pessoas envolvidas. A Bíblia que o pai da mentira é o diabo (Jo 8.44).

2 – Datando a história de José

José foi o décimo primeiro filho de Jacó, e o primeiro com sua esposa Raquel, a quem mais amava. Dentro da cronologia bíblica, verificamos que a história de José acontece aproximadamente entre os anos de 1680 a 1570 a.C. O menino Hebreu nasceu em Padã-Harã, seis anos antes de Jacó retornar a Canaã. Nesta época, o patriarca Jacó tinha cerca de 90 anos de idade e Deus o fez prosperar (Gn 30.43), trabalhando para um enganador e avarento.

2.1. O problema de Raquel

O texto bíblico enfatiza o problema existente na vida de Raquel, a esterilidade. Aliás, algo comum na vida das mulheres dos patriarcas: a esterilidade ou a incapacidade de gerar filhos. Sara não podia gerar filhos (Gn 16.1); Rebeca também era estéril (Gn 25.21). Diante das dificuldades humanas, as mulheres de Abraão e Isaque puderam gerar e deram à luz, fazendo com que a descendência patriarcal fosse levada adiante.

Nem mesmo o tempo ou os vários filhos das concubinas foram suficientes para conformar Raquel. Ela foi enfática: “Dá-me filhos, senão eu morro”. Raquel nos deixa uma grande lição: diante das impossibilidades humanas, jamais podemos deixar de crer nas promessas e nos milagres de Deus. O mesmo Deus do passado continua agindo e atuando na história.

2.2. O Milagre trouxe mudanças

O relato do nascimento de José traz algumas mudanças significativas. José nasceu de um amor puro entre Jacó e Raquel; formaram uma família feliz, completa e grata a Deus, pois o Senhor se lembrou de Raquel (Gn 30.22). O nascimento deste menino representava mais do que um filho, representava um novo começo para seus pais. Um começo de alegrias, prosperidade, quando Raquel não mais se sentiria humilhada por sua irmã Lia. E Jacó por sua vez volta a ver o brilho no olhar de sua amada. Precisamos estar sensíveis ao agir de Deus entender que, no tempo certo, as coisas acontecerão em nossa vida.

3 – O contexto familiar

A família de Jacó era muito grande. Com seus doze filhos: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dan, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim e sua filha Diná. O patriarca tinha quatro mulheres, dentre as quais duas eram esposas oficiais, Lia e Raquel, e duas eram servas de suas esposas, o que era um costume naquela época na Mesopotâmia.

3.1. Um ambiente conturbado

A morte de Raquel, após o nascimento de seu segundo filho, Benjamim, trouxe para José muitos conflitos, pois outrora era amado e protegido por sua mãe, contudo agora, estava órfão e vulnerável às maldades de muitos invejosos que o cercavam. Tais conflitos são vivenciados por muitos jovens em suas próprias casas. Jovens que são humilhados, rejeitados, ignorados, invejados, maltratados verbal, psicológica e até sexualmente, no núcleo familiar. Mas, assim como José, precisamos aprender a confiar em Deus, pois “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia”, Sl 46.1. É nele que devemos confiar diante dos das Dores e perdas.

3.2. Convivendo com invejosos

A túnica dada a José e gerou guerra, dor e inveja no coração de seus irmãos que passaram excluí-lo, rejeitá-lo e descaracterizá-lo. A unção e a honra que nos é concedida por Deus, não raramente despertará a inveja nas pessoas. Mas, assim como um soldado não se apresenta para as batalhas desprotegido, temos ao nosso dispor armas especiais concedidas por Deus para enfrentar os inimigos ao longo da nossa jornada, Ef 6.10-19. Em constante oração e jejum.

CONCLUSÃO

Não importa quão difíceis sejam as situações da vida, Deus sempre tem uma saída que os homens não conseguem enxergar. As impossibilidades humanas são grandes oportunidades para o extraordinário de Deus.

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