Lição 02: Eclesiastes e o conceito de vaidade – Betel Jovens Conectar 4 trimestre 2021

📖 Versículo do dia

“Vaidade de vaidades! – diz o pregador, vaidade de vaidades. É tudo vaidade” Ec 1.2

👍 Verdade aplicada

Viver a vida em vaidades é correr atrás do vento.

🎯 Objetivos da lição

• Conceituar a expressão vaidade em Eclesiastes;
• Conhecer as consequências de uma vida sem sentido;
• Entender que a vida tem um objetivo maior.

1 – O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO VAIDADE?

O verbete vaidade, em sua raiz hebraica “hebhel”, enfatiza aquilo que é efêmero e vazio ou fútil. Esta raiz é encontrada em Eclesiastes para indicar pensamentos (Ec 2.11), coisas externas e tangíveis (Ec 2:15). Já o termo “vaidade de vaidade” é um superlativo que poderia ser traduzido como “‘muita futilidade”.

1.1. Vivendo a vida sem Deus

Analisando o livro de Eclesiastes, percebemos então que tudo é vaidade, certo? O que fica evidente é que viver a vida “debaixo do sol, termo encontrado vinte e nove vezes em Eclesiastes, ou seja, sem Deus no cenário, a vida se torna fútil e sem sentido. Portanto, a vida precisa ser vivida de modo a adorar e glorificar a Deus. Paulo, em sua missiva, diz que qualquer coisa que fizermos deve ter como objetivo a glória de Deus (1Co 10:31). Este é o objetivo básico da existência humana, viver para os propósitos de Deus. Salomão deixa claro que uma vida sem Deus é fútil, vazia e sem sentido, pois a vida não é um fim em si mesma.

1.2. Uma vida transitória

Uma das transliterações da palavra vaidade, pode significar “vapor ou bolha de sabão’, assim também é a existência humana, efêmera e transitória. Em toda a Bíblia, vemos textos que coadunam com esta ideia, vejamos: O salmista chega a dizer que a vida é como um nada (Sl 39.5), e que passa como um conto ligeiro (SI 90.9). Tiago diz que a nossa vida é como vapor que aparece um pouco e se desvanece (Tg 4:14). Cientes desta verdade bíblica, urge vivermos para os propósitos de Deus todos os dias de nossa vida.

2 – A VAIDADE DEBAIXO DO SOL

Já dissemos que a vida sem Deus é como correr atrás do vento. Salomão, em sua inquirição sobre a vida, mostra que, muitas vezes, os homens enveredam numa busca por prazeres, riquezas, realizações pessoais, tornando-se materialistas e perdendo a dimensão celestial.

2.1. A vaidade do prazer e das riquezas

No texto de Eclesiastes 2.1-11, Salomão enumera uma série de realizações, conquistas e prazeres conquistados. Um dos versos centrais diz: “Tudo quanto desejaram os meus olhos não Ihos neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma, mas o meu coração se alegrou de todo o meu trabalho, e esta
foi a minha porção de todo o trabalho’ (Ec 2:10). Fica claro pelo texto que os afazeres e as conquistas pessoais só têm sentido quando visam um propósito maior. Infelizmente, existem pessoas adoecendo, escravas dos desejos de seu coração e não vivendo nos projetos de Deus para a sua vida.

2.2. A vaidade do materialismo

A palavra materialismo pode ser definida como uma vida devotada aos bens e prazeres materiais. Salomão versa isto em Eclesiastes 2.12-23, deixando claro que todo o ativismo não vale a pena, antes todos os seus dias são dores e a sua ocupação é desgosto; até de noite não descansa o seu coração (Ec 2:23). Esta verdade dita por Salomão é a radiografia de nossa época, pois o que mais vemos são pessoas adoecendo em sua busca pelo TER e POSSUIR. Infelizmente, em muitas igrejas, esta visão está no centro das mensagens, na roupagem da Teologia da prosperidade. Que venhamos entender que o nosso trabalho deve ser para a glória de Deus e não para nos escravizar.

3 – A VAIDADE E A AFLIÇÃO DE ESPÍRITO

E comum encontrarmos a expressão “aflição de espírito quase todas as vezes que Salomão usa a palavra vaidade. Algumas vezes, encontramos a ideia de “correr atrás do vento, frustração e até mesmo ambição pelo inatingível.

3.1. A insatisfação humana

Salomão mostra a insatisfação humana em diversos momentos da vida, vejamos: Em Eclesiastes 1.4-11, percebemos a frustração de Salomão com os ciclos da vida, ao asseverar “o que foi, é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol (Ec 1:9). Até mesmo com a sabedoria humana existe um descontentamento, basta atentar para o texto de Eclesiastes 1.12-18, onde Salomão exalta seu conhecimento e sua sabedoria, e conclui dizendo que onde existe sabedoria há enfado. Parece que o pessimismo tomou conta de Salomão, mas é necessário frisar que a insatisfação humana é gerada pela vida sem Deus.

3.2. Uma vida com propósitos

Todos precisam de um propósito para viver, um sonho para conquistar e uma vida para lograr. A partir de Eclesiastes, percebemos que a satisfação humana não pode ser fruto do hedonismo (viver pelo prazer), nem do materialismo ou bens terrenos. Tudo isto faz parte de nossa vida terrena, porém não deve ser um fim em si mesmo. Na conclusão de Salomão em Eclesiastes, observamos que o fim de todo homem deve ser temer a Deus e guardar Seus mandamentos (Ec 12:13). Este é o maior propósito que o ser humano precisa viver; reconhecer a Deus como Senhor de tudo (Sl 24.1) e soberano sobre o Universo (Rm 11:36).

CONCLUSÃO

Fomos criados por Deus para vivermos uma vida plena nEle, e não uma vida de vaidade e aflição de espírito.