Lição 03 CPAD Discipulado Ciclo 1 – Escola Dominical

Texto Bíblico “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo de céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos dos Apóstolos 4:12)INTRODUÇÃO Você agora é salvo. A salvação é a maior bênção que o ser humano pode receber e, ao mesmo tempo, a principal experiência [...]

Revista CPAD Lições Bíblicas Discipulado Professor (01)

Lição 03 – Conhecendo a Salvação

Tema da Revista: Novos convertidos ciclo 1

Lição 03 CPAD Discipulado ciclo 1
Continuação do aprendizado para o novo convertido – Escola Dominical

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Texto Bíblico

E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo de céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
(Atos dos Apóstolos 4:12)

Objetivo

Terminada esta aula seu aluno deverá estar preparado para:
Reconhecer a suficiência da morte expiatória de Cristo para a salvação de todos quantos nEle creem.
Explicar que, para ser salvo, o homem precisa arrepender-se de seus pecados, confessá-los, abandoná-los e aceitar a Jesus Cristo.
Descrever os três principais aspectos da salvação: justificação, regeneração e santificação.
Relacionar os principais efeitos negativos do pecado.

Ponto de Contato

Como professor da classe de discipulado você tem grande responsabilidade. É seu dever não apenas ensinar verdades bíblicas, mas principalmente ajudar seus alunos a dar os primeiros passos na vida cristã. Lembre-se: Seus alunos são novos convertidos! Portanto, necessitam que lhes apresente a Palavra de Deus de modo sistemático, claro e esclarecedor. Seu exemplo, dedicação e sinceridade são, sem dúvida, elementos essenciais para o desenvolvimento da salvação de seus alunos. Este compromisso é seu, professor! Portanto, esmere-se no ministério do ensino. Procure aprimorar-se a cada dia. O crescimento espiritual de seus alunos também depende do seu desempenho na classe.

Síntese textual

A situação do homem antes de Cristo resgatá-lo era deplorável: vendido ao pecado; escravo do mundo; propriedade do Diabo; tríplice posição e possessão maldita fora da presença de Deus. A raça humana encontrava-se irremediavelmente perdida. Adão, transmitira a toda a sua descendência o estigma do pecado e a consequente condenação da morte. A humanidade encontrava-se irreconciliavelmente separada de seu Criador. Cristo morreu para ligar o abismo entre um Deus santo e uma raça pecaminosa que não podia salvar a si mesma. Através dEle todas as barreiras entre nós e Deus foram removidas. Somente mediante à sua morte expiatória e substitutiva, foi possível a justificação do mundo transgressor.

Pela redenção, mudamos de Senhor. Ele veio procurar-nos nesse mercado de escravos, até que nos encontrou por meio da encarnação (Fp 2.7,8). Assim foi pago o preço de nosso livramento. O Salvador amado nos remiu da escravidão para nos tornar seus. NEle, segundo a misericórdia de Deus, todos podem ser salvos graciosamente; libertos do pecado, tornando-se assim, filhos de Deus. Somente a obra regeneradora de Cristo poderia reatar nossa comunhão com o Altíssimo.

Orientação Didática

Quando o homem abandona o seu pecado e passa a confiar em Cristo como o seu Salvador, Deus age em seu favor de quatro modos, a saber:
1) Perdoa;
2) Justifica;
3) Regenera;
4) Adota.
Levando em conta o exposto, recorte quatro tiras de papel ou cartolina e escreva em cada tira uma das palavras relacionadas acima. Solicite a participação de quatro alunos. Cada um por sua vez tentará explicar, com seus próprios argumentos, o sentido de cada expressão. Considere o fato deles não estarem habituados com essas expressões no contexto teológico. Logo após faça uma síntese conforme o exemplo abaixo:

Perdão – É a exoneração da pena das ações pecaminosas do homem.
Justificação – Ato mediante o qual, com base na obra justa e satisfatória de Cristo na cruz, Deus declara os pecadores condenados, livres de toda a culpa do pecado e das suas consequências eternas.
Regeneração — É a obra do Espírito Santo que, por meio de Cristo, dá nova vida à pessoa que estava morta em pecados e transgressões.
Adoção – Obra divina pela qual a pessoa justificada por meio da fé em Cristo é recebida na família de Deus com privilégios de filho.

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INTRODUÇÃO

Você agora é salvo. A salvação é a maior bênção que o ser humano pode receber e, ao mesmo tempo, a principal experiência espiritual. A salvação é o tema central da Bíblia. Todo o crente deve conhecê-la bem e falar dela aos que ainda não aceitaram a Cristo, para que também sejam salvos.

I. O QUE É A SALVAÇÃO?

A princípio, pode-se afirmar que ela é o resultado da morte expiatória de Jesus Cristo, na cruz do calvário, que livra o homem da condenação eterna, causada pelo pecado. Leia Efésios 1:7; 2:1. A salvação é:

1. Um ato soberano de Deus.

A salvação é um ato da soberana vontade de Deus, que em seu Filho nos reconciliou consigo mesmo. 2 Coríntios 5:18 e 19 diz: ‘E tudo isto provem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados…’ Observe que a salvação é a demonstração do grande amor de Deus em favor da humanidade, condenada pelo pecado. Leia Romanos 3:10, 11, 23. Ela é oferecida a todos, sem exceção. Em Cristo, todos podem ser salvos, libertos do pecado, tornando-se assim, filhos de Deus. Leia João 1:12.

2. Um ato da infinita misericórdia de Deus.

Você aprendeu que a salvação é um ato soberano do Senhor, porque só Ele pode salvar. É, também, um ato da infinita misericórdia de Deus, porque é dada graciosamente, mediante a fé, e não mediante os nossos próprios méritos ou boas ações.

O próprio Criador tomou a decisão de reconciliar consigo o homem, que, pela desobediência, havia se afastado dele, tornando-se escravo do pecado e inimigo de quem o criara.

Você precisa saber, também, que a sua salvação custou um alto preço: o sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1:29), imolado pelos nossos pecados, na cruz do calvário, conforme a profecia de Isaías 53:4 a 7; porém aos homens foi concedida graciosamente, segundo a misericórdia infinita de Deus. Jamais você pagaria tal resgate para a sua salvação, pois ela não depende de qualquer mérito humano, nem de boas obras. Leia Efésios 2:8 e 9.

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II. A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO

No tópico anterior, você aprendeu que ‘todos pecaram’ e o salário do pecado é a morte (leia Romanos 6:23). Deste modo, todos necessitam da salvação. Todos precisam arrepender-se dos seus pecados, confessá-los a Deus e abandoná-los definitivamente, aceitando o Dom gratuito de Deus.

1. A origem do pecado.

Como o pecado entrou no mundo, como isto aconteceu? Em Gênesis 1:26 e 27 lemos que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e o colocou no jardim do Éden, para o lavrar e o guardar. Disse-lhe que todo o fruto ele podia comer, porém, daquele da árvore do conhecimento do bem e do mal, o Senhor lhe proibiu que provasse, pois no dia em que o comesse, certamente morreria.

Tratava-se de uma prova de obediência, e Adão devia ser fiel ao Criador. Feito à imagem e semelhança de Deus, o homem possuía livre arbítrio. Estava capacitado a discernir o bem e o mal, o certo e o errado; não era um robô nas mãos do Todo-Poderoso. Obediência incondicional foi a exigência única imposta à criatura humana. Enquanto obedecesse, viveria. Todavia, apesar de usufruir as delícias do Éden e conviver em perfeita harmonia com o Criador, o homem, tentado, pecou e foi destituído da glória com que fora criado, perdendo assim, a comunhão com Deus. Como representante da raça humana, ele transmitiu a toda a sua descendência o estigma do pecado e a condenação da morte.

A desobediência de Adão afetou toda a criação, a qual geme e chora sob o peso da maldição (leia Gênesis 3:6, 17 a 19; e Romanos 8:22); nele todos pecaram, e por ele entrou a morte no mundo. A desobediência dele originou o pecado e condenou à morte toda a sua geração.

2. A herança do pecado.

Você aprendeu que a salvação é a obra redentora de Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo, que livra o homem da condenação eterna. Noutras palavras: salvação é a vida eterna em Cristo Jesus, visto que só ele pode salvar o homem da condenação da morte eterna, causada pelo pecado do primeiro homem. Veja o que diz a Bíblia: ‘Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus’ (Romanos 3:23). ‘Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens; por isso, que todos pecaram” (Romanos 5:12). Esta é uma revelação terrível! ‘A morte passou a todos os homens…’ Deste modo, o pecado foi a herança maldita deixada a todos os homens.

Como escapar desta condenação? Veja a importância da salvação: você estava morto em delitos e pecados, conforme Efésios 2:1 e 5 e Colossenses 2:13; e nada podia fazer para escapar do juízo divino. Porém, Deus em seu filho o libertou da condenação da morte eterna. Leia João 5:24.

Você agora, não precisa temer o juízo final, pois Jesus mediante a sua morte na cruz do Calvário, condenou o pecado e concedeu a vida eterna a todos quantos nele crê. Leia Romanos 8:1. Cristo anulou, por sua morte e ressurreição, os efeitos do pecado, que é a morte eterna. O alvo foi atingido.

3. Os efeitos do pecado.

O pecado afetou o homem nas esferas física, mental, moral e espiritual (leia Romanos 3:10 a 18). Os efeitos são todos negativos. Toda causa tem as suas consequências. Considere os efeitos detalhadamente:

a) a auto justificação, tipificada nas vestes de folha de figueira, ao perceber que tinha pecado;

b) o medo. Gênesis 3:8 a 10 registra pela primeira vez que a criatura, ao ouvir a voz do Criador, sentiu medo e escondeu-se;

c) a maldição sobre a terra e o trabalho, com pesados esforços físicos e dores, todos os dias de sua vida;

d) a morte. O homem retornaria ao pó da terra, do qual havia sido formado;

e) a expulsão do Éden, para que não comesse da árvore da vida e vivesse eternamente no pecado;

f) a violência e o homicídio, sendo Caim o primeiro assassino, pois matou o seu irmão Abel. Desde então, a violência tem sido constante e a criminalidade aumenta cada vez mais;

g) a corrupção geral do gênero humano. A maldade do homem se multiplicou por toda a terra. Não obstante o castigo de Deus, pelo dilúvio, o homem não deixou de praticar o mal;

h) enfermidades. Isaías 1:6 fala do estado lamentável do pecador.

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III. ASPECTOS DA SALVAÇÃO

São três os aspectos da salvação:

1. Justificação.

‘Como se justificaria o homem para com Deus?’ (Jó 9:2). O homem, morto em seus delitos e pecados, não tinha como justificar-se perante o Todo-Poderoso. Porém, mediante a morte expiatória e substitutiva de Jesus, tornou possível a justificação do transgressor. Como é possível isto? Veja: justificação é um termo judicial que lembra um tribunal, onde Deus, o supremo juiz, absolve o pecador das suas transgressões e o declara justo, isto é, justificado. Desta forma, Deus, o ofendido, reconcilia consigo mesmo o homem, o ofensor.

O que o homem não pôde fazer, Deus o fez por ele. A justiça de Cristo, o justo, é concedida ao ser humano, mediante a graça divina (Romanos 5:17 a 19).

2. Regeneração.

Trata-se de uma mudança de condição: antes, no pecado, o homem era inimigo de Deus e servo do diabo; agora, feito justo, pela justiça de Cristo que lhe foi concedida, ele se torna membro da família divina, adotado como filho de Deus (João 1:12).

O homem, morto em seus delitos e pecados, nasce de novo. Este novo nascimento é efetuado pelo Espírito Santo em seu interior, mediante o arrependimento e a fé na graça divina.

3. Santificação.

Uma vez restaurado à comunhão com Deus, o homem abandona as práticas pecaminosas do passado e separa-se (santifica-se) para o serviço do Senhor. A santificação é um ato do Espírito Santo, no interior do crente, que se reflete nos seus atos exteriores. Portanto, justificação, regeneração e santificação são os três aspectos simultâneos da salvação plena em Cristo Jesus. Pode-se, então,
afirmar que os resultados da salvação resumem-se em:
a) Possuir uma fé viva em Cristo (Gálatas 2.20; 3.11);
b) Obter vitória sobre o mundo e o pecado (1 João 5.4,5);
c) Tornar-se membro da família de Deus (Efésios 2.19).

📖Discipulado

Ao ascender ao Céu, o Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos que realizassem a obra que Ele iniciara em seu ministério terreno. Desde então, todos os que aceitam a Cristo, como seu Senhor e Salvador, cumprem o “ide”, a fim de ganharas almas para o reino de Deus. Você também, está incumbido desta tarefa gloriosa.

Não importa se ainda não foi batizado nas águas, nem no Espírito Santo. Você é um discípulo de Jesus, e deve cumprir o que ele ordenou. Comece por evangelizar as pessoas com as quais você está mais relacionado, por exemplo: seus familiares, vizinhos, amigos, colegas de trabalho ou de escola, etc. Todos carecem da salvação e precisam de Jesus.

Peça a Deus que lhe ajude a ganhar o maior número possível de almas para Cristo. Lembre-se: você é uma nova criatura e pertence à família de Deus; convide outras pessoas a fazer parte dela também. Deus vai abençoar grandemente o seu trabalho evangelístico. Amém.

📌Auxílios Suplementares

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim.

Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece. O Senhor tirará da sua carne o coração de pedra e lhes dará um coração de carne’ (Ezl 1.19). Deus diz: ‘Espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados… E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo… E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos’ (Ez 36.25-27). Deus colocará a sua lei ‘no seu interior e a escreverá no seu coração’ (Jr 31.33). Ele ‘circundará o teu coração… para amares ao Senhor (Dt 30.6).’

Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a da renovação (Tt 3.5), porém a mais comum é a de ‘nascer'(gr. Gennaõ, ‘gerar’ ou ‘dar à luz’). Jesus disse: ‘Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus’ (Jo 3.3). Pedro declara que Deus, em sua grande misericórdia, ‘nos gerou de novo para uma viva esperança‘ (1 Pe 3). É uma obra que somente Deus realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical.

Mas ainda se faz mister um processo de amadurecimento. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito e no nosso caráter moral. Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de Deus. O termo ‘justificação‘ refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de Cristo na cruz, Deus declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos.

O Deus que detesta ‘o que justifica o ímpio‘ (Pv 17.15) mantém sua própria justiça ao justificá-lo, por que Cristo já pagou a penalidade integral do pecado (Rm 3:21-26). Constamos, portanto, diante de Deus como plenamente absolvidos. Tendo sido justificados pela graça, mediante a fé, experimentamos grandes benefícios de agora em diante. Temos paz com Deus’ (Rm 5.1) e estamos preservados ‘da ira de Deus’ (Rm 5.9). Temos a certeza da glorificação final (Rm 8.30) e a libertação presente e futura da condenação (Rm 8.33,34)” (Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 371,372,375).

QUESTIONÁRIO

1) Conforme Romanos 3:23, porque a salvação é necessária?

R. O homem estava destituído da glória de Deus

2) Através de quem o pecado entrou no mundo?

R. De Adão.

3) Qual a principal consequência do pecado?

R. A condenação da morte eterna

4) Quem pode salvar o homem da condenação eterna?

R. Jesus Cristo.

5) Conforme Efésios 2:8 e 9, como se pode obter a salvação?

R. Por meio da fé em Cristo Jesus.

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