Lição 08 Adultos CPAD 2 Trimestre 2025

Na Lição 08 da EBD Adultos CPAD 2 trimestre 2025, aprenderemos com Jesus a essência do serviço humilde. Ao lavar os pés dos discípulos, Ele nos deixou uma lição de humildade poderosa. Um gesto que aponta para o coração do Evangelho e nos chama a seguir Seus passos.

Revista Adultos CPAD – Lição 08: Uma lição de humildade – 2 Trimestre de 2025

Uma lição de humildade

Estude a Revista Adultos CPAD – Lição 08: Uma lição de humildade – 2 Trimestre de 2025 da Escola Bíblica Dominical deste domingo.A Revista Adultos CPAD – Lição 08 ensina que Jesus lavou os pés dos discípulos e ensinou uma lição de humildade que transforma corações. Descubra como aplicar isso na sua vida!

  • Tema da Revista: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor
  • Editora: CPAD | 2 Trimestre 2025

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Resumo da Lição 08 Adultos CPAD 2 Trimestre 2025

Na Lição 08 da EBD Adultos CPAD 2 trimestre 2025, aprenderemos com Jesus a essência do serviço humilde. Ao lavar os pés dos discípulos, Ele nos deixou uma lição de humildade poderosa. Um gesto que aponta para o coração do Evangelho e nos chama a seguir Seus passos.

O que vamos aprender 📚

  • Por que o ato de Jesus lavar os pés é tão profundo?
  • Como a humildade molda nossa identidade cristã?
  • De que forma podemos viver uma lição de humildade em nosso cotidiano?

TEXTO ÁUREO

“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (Jo 13.15)

VERDADE PRÁTICA

A submissão e o serviço são características de maturidade e grandeza no percurso do crescimento espiritual do cristão.

LEITURA DIÁRIA 📅

SegundaMt 11.29 Aprendendo a humildade com Jesus Cristo
TerçaJo 5.30 – Humildemente nosso Senhor buscava fazer a vontade do Pai
QuartaFp 2.5,6 – Cultivando o mesmo sentimento humilde de Jesus
QuintaLc 9.46,47; Mc 934 – O perigo de cultivar o sentimento de proeminência
SextaJo 13.10,11 – Uma palavra consoladora de Jesus aos discípulos
SábadoJo 13.12-17 – Jesus traz sentido ao gesto do lava-pés com os discípulos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 📘

João 13.1-10
1- Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
2- E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que O traísse,
3- Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus
4- levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5- Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxuga-los com a toalha com que estava cingido.
6- Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
7- Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois.
8- Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.
9- Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
10- Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.

 

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PLANO DE AULA 📑

INTRODUÇÃO
O tema do nosso estudo é a humildade. Meditaremos sobre um texto bíblico que narra um momento profundo e impactante do ministério de Jesus: ao lavar os pés dos discípulos, Ele nos ensina que a verdadeira grandeza do cristão está no serviço humilde. Os três tópicos desta lição abordarão

1) O exemplo prático e histórico de humildade dado por Cristo;
2) fará a relação entre humildade e autoconhecimento, reconhecendo os próprios limites;
3) promoverá um contraste entre humildade e ostentação. Essa lição nos encoraja a refletir sobre como essa mensagem desafia nossa postura diante de Deus e do próximo, preparando os nossos corações para aprender e aplicar esse exemplo em nossas próprias vidas.

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APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Abordar o exemplo prático e histórico de humildade dado por Cristo;
II) Correlacionar a humildade com o autoconhecimento;
III) Promover contraste entre humildade e ostentação.

B) Motivação: A ação de Jesus ao lavar os pés dos discípulos demonstra que a humildade não é sinal de fraqueza, mas sim uma virtude capaz de transformar vidas. Este ensinamento questiona os padrões de orgulho e ostentação da sociedade contemporânea, convidando-nos a reconhecer os nossos próprios limites enquanto valorizamos o serviço altruísta. Devemos perceber a humildade como um traço fundamental do caráter cristão, espelhando o exemplo de Cristo nas suas interações diárias.

C) Sugestão de Método: Para finalizar a aula e consolidar o aprendizado sobre “Uma Lição de Humildade”, proponha a seguinte atividade:

  • 📋Distribua um pedaço de papel a cada aluno e solicite que escrevam acerca de uma atitude humilde que tenham observado ou praticado recentemente.
  • Recolha e leia algumas de forma anônima, relacionando-as com a atitude de Jesus ao lavar os pés dos seus discípulos em João 13.1-10.
  • Aproveite este momento para exemplificar os temas da lição, ressaltando o caso histórico de humildade (Tópico I), a influência do autoconhecimento na construção de um caráter humilde (Tópico II) e a comparação da humildade com a ostentação (Tópico III).
  • Conclua a aula estimulando que eles integrem a humildade nas suas rotinas diárias, favorecendo uma aplicação prática da mensagem assimilada.

CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O exemplo de Jesus é um chamado para demonstrarmos humildade em nossas atitudes diárias, seja servindo ao próximo, seja renunciando ao orgulho. Ele nos ensina que a verdadeira grandeza está em viver para servir, refletindo o caráter de Cristo em todos os nossos relacionamentos. Essa prática reforça o testemunho cristão e aumenta a influência da igreja na sociedade.

SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Lavar os Pés aos Discípulos”, localizado após o primeiro tópico, apresenta uma contextualização do episódio do Lava-Pés;
2) No final do terceiro tópico, o texto “O Serviço Amoroso” mostra uma reflexão significativa a respeito da perspectiva do serviço humilde.

INTRODUÇÃO📣

Nesta lição, iremos analisar a narrativa do capítulo 13 do Evangelho de João. Este episódio bíblico retrata o ato de Jesus conhecido como “Lava-Pés”, onde Ele ensina, através do seu a relevância da humildade para aqueles que o seguem. Este capítulo oferece-nos uma valiosa lição sobre a humildade na vida cristã. A partir do exemplo de Jesus, somos convidados a servir o próximo de forma humilde.

PALAVRA-CHAVE: Humildade

I. UMA HISTÓRIA REAL SOBRE A HUMILDADE

1. O lava-pés.

Nesta passagem do Evangelho segundo João, quando Jesus lavou os pés, Ele utilizou o exemplo de um servo da casa onde se encontrava com os discípulos para transmitir uma lição sobre a humildade dentro do Reino de Deus. O capítulo menciona que este episódio ocorreu pouco antes da Páscoa (13.1), quando Ele celebrou a última Ceia Pascal com os seus discípulos.

Nesta ceia, nosso Senhor instituiu o que viria a ser conhecido como Santa Ceia ou Ceia do Senhor, um encontro solene que realizamos atualmente. Durante essa ocasião, Jesus rompeu o protocolo tradicional da Ceia Pascal, conferindo-lhe um significado único: ao lavar os pés dos seus discípulos, Ele ilustra a humildade como uma virtude essencial para os seus seguidores na expansão da Igreja pelo mundo.

Comentário da Lição🤓

Uma lição de humildade revelada no Lava-pés

O evangelho de João 13 nos apresenta um momento surpreendente do ministério de Jesus: Ele, o Mestre e Senhor, se levanta da mesa, toma uma toalha, ajoelha-se e lava os pés dos discípulos. Isso não foi apenas um gesto de amor, mas uma lição de humildade profunda. Em uma cultura onde o menor servia ao maior, o Filho de Deus se colocou no lugar do servo, invertendo a lógica social e religiosa.

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O gesto escandalizou Pedro e deixou todos confusos. Mas Jesus explicou: “Eu vos dei o exemplo” (Jo 13.15). Ou seja, quem quer ser grande no Reino deve ser servo de todos. Aqui aprendemos que a verdadeira liderança no Reino é exercida pelo serviço e pela renúncia. A humildade é a chave que abre as portas do coração de Deus.

Ao repetir essa atitude em nossa vida, não apenas imitamos Jesus, mas abrimos espaço para o Espírito Santo nos transformar profundamente.

2. O desenvolvimento da história.

No capítulo 13, o Mestre tomou uma bacia com água e uma toalha, levantou as pontas das suas vestes e atou-as à cintura. Pegou nas mangas longas e largas das suas roupas masculinas típicas da época e amarrou-as atrás do pescoço. Este gesto era uma forma de “cingir-se” para realizar trabalho, permitindo que tivesse as mãos e as pernas livres para realizar a tarefa do ato de “Lava-Pés”.

Este costume nos tempos bíblicos fazia parte dos cuidados prestados aos convidados por parte do senhor da casa. Ao chegar à residência designada para a Ceia, Jesus verificou que não havia nenhum servo disponível para lavar os pés dos convivas.

Comentário da Lição🤓

Uma lição de humildade e o caráter de Cristo

Uma lição de humildade como essa não pode ser ignorada. Ela está enraizada no próprio caráter de Cristo, que “sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devesse apegar-se, mas a si mesmo se esvaziou” (Fp 2.6-7). Paulo nos mostra que humildade é esvaziar-se do orgulho para encher-se de compaixão, mansidão e graça.

Jesus nunca usou Sua autoridade para humilhar, mas para elevar os outros. Essa é a pedagogia divina: o maior se faz menor, e o menor é exaltado. A humildade molda não apenas ações, mas motivações. A doutrina do serviço cristão é fundamentada neste modelo de Jesus, que amou até o fim (Jo 13.1).

A humildade não é fraqueza. É força sob controle. E Jesus, o Rei dos reis, nos deu uma lição de humildade que confronta nosso orgulho e transforma nossas relações.

3. A mudança de paradigma.

Como anfitrião daquela ceia, após o encerramento dessa reunião única e tradicional — surpreendendo os discípulos — o nosso Senhor começou a ensinar através do Lava-Pés que o caminho do Reino de Deus é trilhado com humildade (Jo 13.2,4).

Ele mostrou que a humildade representa a verdadeira grandeza espiritual do seguidor do Evangelho. Por isso, utilizou um gesto cotidiano para exemplificar esta atitude humilde. É evidente, neste episódio, que o Cristianismo só se tornará eficaz e alcançará o propósito do Reino de Deus se os valores ensinados pelo Mestre forem realmente praticados pelos seus seguidores.

Entre esses valores destaca-se a humildade genuína interiorizada nos corações dos discípulos, recebendo especial atenção do divino Mestre, que era manso e humilde de coração (Mt 11.29).

Comentário da Lição🤓

A vida cristã não se resume a palavras bonitas ou momentos emocionantes. O discipulado exige coerência e prática. E entre os valores centrais do Reino está uma lição de humildade, ensinada e vivida por Cristo. Ser discípulo é seguir o exemplo do Mestre, mesmo quando isso significa descer, servir, renunciar.

Lavar os pés de alguém hoje pode significar perdoar quem nos feriu, ouvir com empatia, ou estender a mão sem esperar algo em troca. Humildade é prática, não apenas discurso. A igreja de Cristo é edificada quando seus membros se tratam com honra, humildade e respeito mútuo (Rm 12.10).

A humildade é também um sinal de maturidade espiritual. Os que andam com Deus não precisam provar sua grandeza, pois reconhecem que tudo vem Dele.

SINOPSE I

O exemplo histórico de humildade que nosso Senhor deu aos discípulos é prático, atual e atemporal.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

LAVAR OS PÉS AOS DISCÍPULOS
Esse ato dramático de lavar pés, geralmente realizado por servos, ocorreu na última noite da vida de Jesus na terra. Jesus fez isso:
(1) para demonstrar aos seus discípulos o quanto Ele os amava;
(2) para prenunciar (isto é, prever simbolicamente) o seu sacrifício voluntário na cruz; e
(3) para transmitir a verdade de que aqueles que o seguem devem servir, humildemente, uns aos outros. O desejo de ser grande atormentava continuamente os discípulos (Mt 18.1-4: 20.20-27; Mc 933-37; Lc 9.46-48).

Cristo queria que ele percebesse que o desejo de ser o primeiro – ser superior e honrado acima dos outros – é exatamente o oposto da atitude dele. Jesus desejava que seus discípulos imitassem sua maneira (veja Lc 22.24-30, nota; Jo 13.12-17; 1Pe 5.5).
[…] A igreja primitiva parece ter seguido o exemplo de Jesus e, literalmente, obedecido seu mandamento de humildemente lavar os pés uns dos outros.

Por exemplo, em 1Tm 5.10, Paulo declara que as viúvas só poderiam receber um cuidado especial por parte da igreja caso se qualificassem de acordo com determinados padrões e ações. Um desses atos era “lavar os pés dos santos”. As bênçãos de Deus sempre dependem de colocarmos a sua Palavra em prática (v. 17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1880,81).

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II. HUMILDADE IMPLICA AUTOCONHECIMENTO

1. Conhecendo a própria natureza.

Jesus tinha plena consciência de quem era, entendia o seu papel e a sua relevância como Senhor e Mestre: “Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus” (Jo 13.3). Neste contexto, Ele deliberadamente trocou o seu papel de Senhor pelo de um simples servo para ensinar aos seus discípulos a importância da humildade.

Dessa forma, é essencial que conheçamos a nossa natureza. Devido ao pecado, temos dificuldade em nos submeter aos outros e em nos humilhar; frequentemente preferimos olhar de cima para baixo, raramente de baixo para cima. Assim sendo, Jesus Cristo, na sua posição de Senhor e Mestre, ensina-nos a virtude da humildade: “Eu vos dei o exemplo” (Jo 13.15).

Comentário da Lição🤓

O texto de João 13.3-15 apresenta uma das manifestações mais sublimes da teologia cristã encarnada: o Senhor exaltado que se abaixa para servir. O gesto de Jesus ao lavar os pés dos discípulos, especialmente quando compreendido à luz do versículo 3, é carregado de profundos significados teológicos, cristológicos e éticos.

1. Cristologia encarnacional: o Deus que se humilha

O versículo 3 declara que Jesus sabia quem era: Ele tinha plena consciência de sua origem divina (“havia saído de Deus”), de sua autoridade messiânica (“o Pai colocara todas as coisas em suas mãos”) e de seu destino glorioso (“ia para Deus”). Essa tríplice consciência mostra que a humildade de Cristo não brota da ignorância do seu valor, mas da segurança plena da sua identidade.

Aqui está um contraste radical com a natureza humana decaída. Enquanto o homem, por causa do pecado, busca exaltação para afirmar o seu valor, Cristo se humilha justamente por estar seguro de sua grandeza. Isso revela que a verdadeira humildade não é fraqueza, mas força submetida voluntariamente ao serviço do outro.

2. O paradoxo da grandeza no Reino de Deus

Ao realizar uma tarefa que era culturalmente atribuída ao servo mais humilde da casa — lavar os pés alheios — Jesus subverte as categorias humanas de poder e prestígio. Ele demonstra que no Reino de Deus, a grandeza se mede pela disposição de servir (cf. Mt 23.11-12; Mc 10.42-45).

Esse gesto, ainda mais impactante por ser feito sabendo que Judas o trairia (Jo 13.2,11), revela um amor que ultrapassa os méritos humanos. O amor-serviço de Jesus não depende de reciprocidade — é expressão da graça divina.

3. Antropologia bíblica e o orgulho humano

O comentário menciona com acerto que temos dificuldade em nos submeter uns aos outros. De fato, à luz de Romanos 3.23 e Filipenses 2.3, entendemos que o orgulho é uma expressão do pecado original, que rompeu nossa comunhão com Deus e corrompeu nossos relacionamentos humanos.

Preferimos “olhar de cima para baixo” porque o pecado deformou nosso entendimento de valor e autoridade. Porém, em Cristo temos o modelo perfeito de uma humanidade redimida, que não busca a própria glória, mas a glória de Deus, servindo aos outros com amor.

4. A ética do discipulado: seguir o exemplo do Mestre

A declaração de Jesus em João 13.15 — “Eu vos dei o exemplo” — não é apenas um apelo moral, mas um imperativo espiritual baseado na nova identidade do discípulo. A vida cristã autêntica é moldada pela cruz, e o caminho da cruz é o caminho da abnegação, do serviço e da humildade.

Como afirma Filipenses 2.5-8, devemos ter em nós “o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”, o qual se esvaziou, tomando a forma de servo, mesmo sendo Deus. Assim, a humildade cristã não é um acessório ético, mas uma evidência de regeneração e conformidade com Cristo.

3. O maior no Reino de Deus.

O nosso Senhor percebia que existiam momentos em que os seus discípulos se preocupavam com quem seria considerado o maior (Lc 22.25-27). Contudo, Ele — sendo Deus e não reivindicando igualdade com Deus (Fp 2.5) — ensinava aos discípulos qual deveria ser o verdadeiro espírito entre eles; especialmente após sua partida: no Reino de Deus prevalece sempre a ideia de “o primeiro serve o último”. Portanto, no Reino de Deus deve haver humildade como verdadeira motivação para o serviço; nunca egoísmo ou interesses pessoais.

Comentário da Lição🤓

Jesus, consciente de Sua origem, autoridade e destino, escolheu o caminho da humildade. Ele nos mostra que a verdadeira glória se encontra no esvaziamento de si mesmo. Ser discípulo de Cristo é, portanto, abandonar os padrões do mundo e seguir o caminho da cruz — o caminho do amor que se ajoelha, do poder que serve e da autoridade que lava pés.

SINOPSE II

A virtude da humildade possibilita-nos reconhecer as nossas limitações e, dessa forma, evitar a armadilha da soberba.

III. HUMILDADE X OSTENTAÇÃO

1. Uma competição silenciosa.

Jesus estava ciente de que, entre os seus discípulos, existia uma competição discreta em busca de proeminência e liderança, como é retratado nos Evangelhos (Lc 9.46,47; Mc 9.34). Já havia preocupações entre eles sobre quem ocuparia o lugar mais destacado num eventual reino de Jesus. O que Jesus demonstra é que tal espírito não deve prevalecer entre seus seguidores. Os líderes na causa do Mestre não podem iniciar a sua jornada de forma errada.

Comentário da Lição🤓

A natureza do Reino e o espírito mundano nos discípulos

As passagens citadas (Lc 9.46-47; Mc 9.34) mostram que, mesmo convivendo com Cristo, os discípulos ainda interpretavam o Reino de Deus à luz de um paradigma terreno e político. Imaginavam um reino messiânico com tronos, poder e prestígio, e desejavam garantir para si posições privilegiadas.

Jesus, ciente dos pensamentos de seus discípulos (cf. Lc 9.47), confronta o coração deles, pois no Reino celestial não há espaço para a lógica da competição, da rivalidade ou do egocentrismo. O ensino do Mestre revela que a verdadeira grandeza não está no domínio sobre os outros, mas na disposição de servir (cf. Mc 9.35).

Cristo redefine liderança com base na humildade

A teologia do discipulado proposta por Jesus rompe com os modelos de autoridade dominadora comuns no mundo antigo e até hoje. A liderança no Reino de Deus não nasce da autopromoção, mas da autoentrega. Como ensina Jesus:

“Se alguém quiser ser o primeiro, será o último de todos e servo de todos.” (Mc 9.35)

Essa máxima inverte a lógica do mundo. A liderança cristã não começa com ambição, mas com renúncia. O discípulo é chamado a “tomar a sua cruz” (Lc 9.23), e não a lutar por um trono. Quem inicia sua jornada com pretensões carnais, mesmo que aparentemente espirituais, corre o risco de deformar sua vocação e perder o foco do verdadeiro ministério.

O coração humano e o perigo da glória ministerial

Teologicamente, essa disputa entre os discípulos revela os resquícios do pecado original: o desejo de “ser como Deus” (Gn 3.5), de ascender, de dominar. É o mesmo espírito que levou Lúcifer à queda (Is 14.12-15). Por isso, a busca por glória pessoal no ministério é sempre uma ameaça real, mesmo entre os que caminham ao lado de Jesus.

Jesus, como mestre sábio, trata o problema pela raiz. Ele não apenas repreende, mas aponta para a criança como símbolo do discípulo ideal (Lc 9.47-48): dependente, humilde, sem pretensão de grandeza. Essa é uma lição escatológica e eclesiológica — o Reino de Deus pertence aos humildes de espírito (Mt 5.3).

2. O caminho humilde de Jesus.

Através do episódio do lava-pés, nosso Senhor revelou que o caminho dos seus discípulos não se alicerça no sucesso material, na notoriedade ou na ambição, mas sim na capacidade de servir o próximo de maneira humilde. Desta forma, a Igreja de Cristo estaria em desacordo com a dinâmica mundana da ostentação e da presunção. O serviço amoroso e humilde é característico da Igreja de Cristo. Assim, não haveria espaço para disputas, a fama seria deixada de lado e a ambição afastada. Por meio do exemplo modesto de Jesus no episódio do lava-pés, as consciências dos discípulos foram despertadas (Jo 13.13,14).

Comentário da Lição🤓

Implicações para a liderança na Igreja hoje

Essa advertência de Jesus tem implicações profundas para todos os que desejam servir em posições de liderança na Igreja. Iniciar a jornada ministerial com o coração inclinado à vaidade, competição ou vanglória é comprometer a autenticidade do chamado.

Liderar no Reino é servir com temor, é cuidar de vidas como quem dará contas (Hb 13.17). O líder cristão é, antes de tudo, servo por vocação, não chefe por ambição. Por isso, Paulo escreve:

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2.3)

3. Um convite à humildade.

A vida e os ensinamentos do nosso Salvador constituem um convite para aprendermos com Ele sobre mansidão e humildade (Mt 11.29). Nesse sentido, somos convidados por Jesus a cultivar um coração humilde, desprovido das armadilhas da ambição, da ostentação e do egoísmo. Somos chamados a partilhar dos mesmos sentimentos que pautaram a sua vida e ministério terreno (Fp 2.5-8). Assim sendo, a lição do lava-pés é um apelo para vivermos uma existência de humildade diante de Deus em todas as circunstâncias da vida.

Comentário da Lição🤓

A liderança no Reino é cruz e não trono

O ensino de Jesus aos discípulos nos confronta com a verdade de que o caminho da liderança começa aos pés da cruz e não no topo de um púlpito. O verdadeiro líder cristão é moldado pela humildade, pela renúncia e pelo amor incondicional ao próximo.

Portanto, não há lugar para egos inflados no Reino de Deus. O chamado de Cristo não é para buscar destaque, mas para desaparecer, a fim de que o Senhor cresça (Jo 3.30). O discipulado genuíno começa com a negação de si mesmo — e a liderança que honra a Deus nasce de um coração rendido, humilde e servo.

SINOPSE III

A humildade não compete, ela coopera; a humildade não busca notoriedade, ela busca o servir; a humildade não obriga, ela convida.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

O SERVIÇO AMOROSO
“Tendo lavado os pés dos discípulos e vestido a sua túnica, Jesus, estando à mesa, outra vez perguntou aos discípulos: Entendeis o que vos tenho feito? (12) Macgregor comenta: “Quando ‘veste a sua túnica’, Jesus assume a sua vida novamente (10.17SS.) no poder do Espírito, e assim esclarece todas as coisas” (7). Sem esperar por uma resposta, Jesus explicou que isto tinha sido um exemplo (15), ou modelo, “que estimula ou deve estimular alguém a imitá-lo”.

Da mesma forma que Ele, seu Mestre (literalmente, “Ensinador”) e Senhor, lhes tinha feito, assim deveriam fazer uns aos outros (13-14; cf. 34). Hoskyns diz: “Seu ato de lavar os pés dos discípulos expressa a própria essência da autoridade cristã”. Não parece haver qualquer evidência de que Jesus quisesse que a lavagem dos pés fosse instituída como um sacramento.

Mas fica claro que Ele estava ensinando, pelo exemplo básico é axiomático, embora paradoxal, que a única maneira de ser “o maior” (Lc 22.24) ou de ser bem-aventurado (17) é tomar a estrada do serviço amoroso (13.34) e do sacrifício (10.15), baseado no conhecimento da vontade de Deus para nós. A palavra traduzida como bem-aventurado no texto das Beatitudes é makarioi (Mt 5.3-12)” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.117).

Conclusão

Nesta lição, abordamos a relevância da virtude da humildade para um melhor autoconhecimento. Deste modo, começamos a perceber os nossos limites e aquilo que nos diz respeito ou não. Compreendemos que a humildade se opõe a uma cultura de ostentação, à busca desenfreada pela fama e a outros objetivos que nada têm a ver com a simplicidade do Evangelho. Dessa forma, podemos seguir o caminho humilde do nosso Senhor.

SUGESTÃO DE LEITURA 📘

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REVISANDO O CONTEÚDO

1- Segundo João 13, como se manifestava o ato de “cingir-se”?

No capítulo 13, o Mestre tomou uma bacia com água e uma toalha, levantou as pontas das suas vestes e atou-as à cintura. Pegou nas mangas longas e largas das suas roupas masculinas típicas da época e amarrou-as atrás do pescoço.

2- Conforme a lição, o que a humildade representa?

A humildade representa a verdadeira grandeza espiritual do seguidor do Evangelho.

3- Por qual razão Jesus trocou os papéis de Senhor e Servo em João 13, segundo a lição?

Ele deliberadamente trocou o seu papel de Senhor pelo de um simples servo para ensinar aos seus discípulos a importância da humildade.

4- O que Jesus percebia sobre os discípulos, conforme abordado na lição?

O nosso Senhor percebia que existiam momentos em que os seus discípulos se preocupavam com quem seria considerado o maior (Lc 22.25-27).

5- Para quê propósito a vida e os ensinamentos de Jesus nos convidam?

A vida e os ensinamentos do nosso Salvador constituem um convite para aprendermos com Ele sobre mansidão e humildade (Mt 11.29).

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Lições Bíblicas Revista CPAD - EBD Betel - PDF Digital

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