Lição 09 – José, um jovem temente à Deus – Revista Betel Jovens Conectar 1 trimestre 2021

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Lição 09 – José, um jovem temente à Deus

Revista Escola Dominical Betel Jovens Conectar+

Comentarista: César Pereira Roza de Melo
1 Trimestre de 2021, ano 06 – Nº 16
Data: 28 de fevereiro de 2021

Textos de Referência Gn 40:8 e Gn 41:16

📘 Leitura semanal
SegundaPv 3:7,8 – Tema a Deus e aparta-te do mal.
TerçaPv 14:27 – O temor a Deus livra dos laços da morte.
QuartaSl 34:7 – Quem teme a Deus tem proteção
QuintaPv 10:27 – O temor do Senhor prolonga a vida.
SextaSl 2:11 – Devemos adorar a Deus com temor.
SábadoSl 34:9 – Nada falta aos que temem ao Senhor.

📖 Versículo do dia

“O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.” Sl 111:10

👍 Verdade aplicada

O temor a Deus nos leva a entender nossa dependência nEle.

🎯 Objetivos da lição

  • Conceituar a palavra temor;
  • Compreender os aspectos sobre o temor a Deus;
  • Explicar as bênçãos de quem teme a Deus.
🙏 Momento de Oração
Oremos para que o temor (respeito, reverência e submissão) à Deus seja permanente em nossa vida.

📣Introdução

É interessante a maneira como José se relacionava com Deus. Em nenhum momento, ele pleiteia para si, aquilo que é de Deus. José tinha consciência de sua limitação e por isso tinha temor ao falar sobre Deus.

🔑 #pontochave
Temor é ter consciência a respeito do caráter e da grandeza de Deus

1 – CONCEITUANDO A PALAVRA TEMOR

Há pessoas que acham que temer a Deus significa ter medo de Deus; na realidade, temer a Deus é saber de Sua santidade, Sua glória e reverenciar a Sua presença. O termo também pode ser entendido como respeito e submissão a Sua vontade.

1.1. O conceito de temor no Antigo Testamento

No AT, no hebraico, encontramos o substantivo “yir’ãh“, que aparece quarenta e cinco vezes. Geralmente é usado para se referir ao respeito que o indivíduo deve ter ao estar diante de alguém infinitamente superior. Esta verdade é vista quando Isaías tem uma visão do Senhor assentado num alto e sublime trono, e temeu, achando que morreria. Somos meros mortais, Deus é o ser que excede todo o pensamento humano, por isso precisamos reverenciá-lo.

1.2. O conceito de temor no Novo Testamento

No NT, encontramos a expressão “phobos“, significando a reverência que existe quando estamos diante de uma divindade. Diante da presença dEle reconhecemos o Seu poderio e nos rendemos a Sua vontade. Temor pode significar uma submissão àquele que detém o poder e o domínio. Em Atos 9, vemos uma prova clássica, onde Saulo se submete a voz daquele que falava com ele e foi transformado em Paulo.

💡 Refletindo

“É melhor ter pouco com o temor do Senhor do que grande riqueza com inquietação”
Salomão

Pega essa, vaso! 😃

Servi ao Senhor com temor. . . (Sl 2:11)

Este comando não cancela o Salmos 100:2: “Servi ao Senhor com alegria” Servir ao Senhor com temor e servir ao Senhor com alegria não se contradizem mutuamente. A frase seguinte esclarece numa maneira simples (“alegrar-se com tremor“). Há temor real e alegria real. A razão porque existe um temor real é que existe um perigo real. Nosso Deus é um fogo consumidor (Hb 12:29). Sim, os eleitos estão seguros em Cristo.
Mas examine a si mesmo, diz Paulo, “para ver se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos que Cristo Jesus está em vós? Se não é que já estais reprovados.” (2 Coríntios 13:5). “Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia” (1 Co 10:12).
Confiança em Cristo não é sem zelo. Nossa segurança está enraizada na manutenção diária de Deus, não nas nossas decisões passadas. “[Ele] é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória” (Jd 1:24). Parte de como ele nos mantém é despertando a vigilância diária de descansar em Cristo e não em nós mesmos.

. . . e alegrai-vos com tremor.

O temor não nos rouba a nossa alegria por duas razões. Uma delas é que nos leva a Cristo, onde há segurança. A outra é que, mesmo quando estamos nessa situação a parte do medo que Cristo alivia é a parte destruidora da esperança. Mas ele deixa uma outra parte, a parte que queremos sentir para sempre. Há uma admiração ou espanto ou tremor na presença de uma grandiosidade que queremos sentir desde que tenhamos a certeza de que não irá nos destruir. Este tremor não compete com alegria; é parte da alegria. As pessoas vão a aterrorizantes filmes porque sabem que o monstro não pode entrar no cinema. Eles querem ser assustados, desde que eles estejam seguros. Por alguma razão, é gostoso. Este é um eco da verdade que eles foram feitos para Deus. Há algo profundamente satisfatório sobre ser “amedrontado” quando não podemos ser feridos. É melhor ainda quando o tremor vem da grandeza da santidade.

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2 – O TEMOR NA DEPENDÊNCIA DO SENHOR

A maneira como José se portava diante dos dons divinos demonstrava o temor que ele devotava ao Deus de seus pais. A história dos patriarcas, contadas por Jacó, gerou em José um respeito e uma confiança total em Deus.

2.1. O temor a Deus frente à conduta

Em um dos momentos de assédio enfrentado por José na casa de Potifar, ele foi bastante enfático ao dizer para a mulher de Potifar que não estava disposto a pecar contra Deus. É interessante esta fala, pois José tinha plena convicção da Onipresença de Deus, ou seja, Deus não estava limitado aos patriarcas, mas estava em todos os lugares. Quem teme a Deus tem a noção exata da presença do Eterno. José não tinha ninguém para lhe cobrar uma vida santa nem tampouco responsabilidades, mas o temor que ele tinha a Deus sempre foi suficiente para não sucumbir às tentações. Em nossos dias não é diferente, vivemos o mundo das facilidades, dos sigilos das redes sociais e das coisas escondidas, mas precisamos ter a atitude de José e o discernimento do salmista quando diz: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face?“, Sl 139:7.

Pega essa, vaso! 😃

As Escrituras não desperdiçam palavras. Nem a mulher de Potifar.
Aconteceu, depois destas cousas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos emJosé e lhe disse: Deita-te comigo. (Genesis 39:7)
É isso que chamo de abordagem diretal Vamos retomar umcomentário anterior. Quanto mais sucesso mais vulnerabilidade. É ali que a tentadora aguarda! Cuidado! O escritor de Genesis declara: “Aconteceu, depois destas cousas”, referindo-se aos versículos anteriores que falam do sucesso de José. Ele estava pronto para essa investida do inimigo, portanto, o ataque foi feito com precisão. A mulher de Potifar era audaciosa e desavergonhadamente agressiva: “Venha para a cama comigo. Vamos fazer sexo”. A maioria dos homens então e agora teriam sido apanhados desprevenidos e, pelo menos momentaneamente, talvez se sentissem lisonjeados por uma declaração assim tão sedutora. Mas não José. Nem sequer por um momento. Sem hesitar e plenamente seguro de si mesmo e do seu Deus, ele respondeu com igual ênfase.

Ele, porém, recusou, e disse à mulher do seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor, enão sabe do que há emcasa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não émaior do que eu nesta casa e nenhuma cousa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? Genesis 39:8-9

O versículo 8 diz simplesmente: “Ele recusou”. José recusou. Se estiver aí sentado,pensando que José era algum tipo de gigante espiritual, tireisso da cabeça. Se estiver imaginando que uma nuvem sobrenatural de proteção o envolveu, esqueça. Olhe apenas para a evidência. Eis uma egípcia oferecendo seu corpo e um jovem servo judeu sendo tentado pelas investidas dela. E então? “Ele recusou.Ele disse NÃO! Resistiu às palavras sedutoras dela; fitou-a firmemente, determinado a não ceder. Como pôde fazer isso? As razões são duas.
Primeiro, sua lealdade ao senhor. Ele disse à mulher: “Meu senhor confia em mim. Ele me deu responsabilidade sobre tudo o que possui. A única coisa que não me pertence é você — sua mulher. Jamais poderia trair a confiança dele”. A segunda razão era o seu temor à Deus. José disse:“Como cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?

Clarence Edward Macartney acrescenta um toque de realismo:
Esta não foi uma tentação comum. José não era uma pedra, uma múmia, mas um jovem perto dos trinta com sangue correndo nas veias. Não se tratou de uma tentação única, mas de uma série delas… Uma velha história conta que quando José começou a falar com Deus sobre a tentadora, ela jogou a saia sobre a estátua do deus que estava no quarto e disse: “Agora Deus não verá”. Mas José respondeu: “O meu Deus vê!”.

2.2. O temor de um servo diante dos dons

José sabia perfeitamente que sua vida estava nas mãos de Deus, e as interpretações não eram fruto de exercício mental ou adivinhação. As interpretações de sonhos vinham do próprio Deus (Gn 40:8). Esta ideia é corroborada por outro jovem, Daniel, que chega a dizer que nem sábios ou astrólogos ou adivinhos podem saber, mas somente o verdadeiro Deus que revela segredos (Dn 2:27,28). Precisamos aprender com José a tratar com temor os dons de Deus, que não são para a nossa promoção ou para serem usados para benefício próprio mas para a glória do Altíssimo! José atribui a Deus toda a glória e adoração e, em nenhum momento, diz que ele interpreta sonhos. José tinha convicção de que a sua vida dependia inteiramente de Deus.

3 – O TEMOR E SUAS IMPLICAÇÕES EM NOSSA VIDA

O homem mais sábio que já existiu, Salomão, pontua uma série de benefícios que o temor a Deus pode trazer para a nossa vida. O salmista também enumera algumas certezas e, na vida de José, podemos perceber o cumprimento de todas elas.

3.1. O temor do Senhor livra dos laços da morte

Analisando a vida de José, percebemos dois episódios em que a morte seria inevitável mas, como por um milagre, sua vida foi preservada. O primeiro momento foi quando os seus irmãos intentaram contra a sua vida, e o outro momento foi quando, injustamente, a mulher de Potifar acusou-lhe de molestá-la. A Bíblia nos diz que os anjos do Senhor acampam ao redor dos que O temem (Sl 34:7). O fato de José ter convicção e respeitar a presença de Deus foi decisivo na preservação de sua vida. Muitos laços de morte são repreendidos em nossa vida, diante de nosso comportamento ante a presença de Deus. Que jamais venhamos a esquecer de que somos propriedade dEle (1Pe 2:9).

3.2. Temor e sabedoria para administrar

Outro ponto a destacar é a sabedoria que José tinha para administrar; em todos os lugares por onde ele passou houve prosperidade e benevolência de Deus na vida das pessoas. O próprio Faraó ficou maravilhado, a ponto de exclamar: Onde acharíamos homem como este?
A maneira como José reverenciava e se submetia a Deus reverberava em seu cotidiano, pois Deus era com ele. Hebreus 13:8 assevera que Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente, por isso precisamos crer que, assim como Deus honrou José pelas suas atitudes, Ele é poderoso para fazer a mesma coisa com aqueles que se submetem a Sua vontade.

Pega essa, vaso! 😃

É necessário entender que o temor a Deus não deve estar circunscrito ao ambiente religioso. Muitas pessoas, influenciadas pela dicotomia cultural, vivenciam uma vida religiosa e uma secular, pensando que uma não tem nada a ver com a outra. O salmista nos convida a servir ao Senhor com temor (Sl 2:11). O temor traz benefícios a nossa vida. O sábio Salomão foi enfático quanto ao temor, vejamos: O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 9:10); O temor do Senhor é fonte de vida para evitar os laços da morte (Pv 14:27); O temor do Senhor é riqueza, honra e vida (Pv 22:4); O temor do Senhor conduz a vida (Pv 19:23).

Na igreja primitiva, encontramos registrados no livro de Atos que em cada alma havia temor e muitos sinais se faziam por meio dos apóstolos (At 2:43). O temor ao Senhor determina o culto que prestamos. Ao reverenciar a presença de Deus, mudamos a nossa postura para verdadeiros adoradores que O adoram em espírito e em verdade (Jo 4:23). Moisés foi repreendido por Deus a tirar as sandálias dos pés, pois o lugar era santo. Côncio disto Moisés reconheceu a presença e Deus naquele lugar e não teve medo e O reverenciou tirando as sandálias dos pés (Ex 3). João quando viu a Jesus ressussitado, caiu a seus pés e O adorou (Ap 1:17).

CONCLUSÃO

José nos mostra que vale a pena dedicar a nossa vida inteiramente a Deus, honrando-O com o nosso comportamento e atitudes.

Eu ensinei que

O temor a Deus nos faz andar em novidade de vida, vivendo com sinceridade conforme a vontade divina.

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