Lição 10 CPAD ADOLESCENTES 4° Trimestre de 2022

EBD Adolescentes | 4° Trimestre De 2022 | Tema: Como Viver no mundo à Luz da Bíblia | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 10: Igreja, lugar de todos os filhos de Deus LEITURA BÍBLICA Tiago 2.1-9 A MENSAGEM “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gálatas [...]

EBD Adolescentes | 4° Trimestre De 2022 | Tema: Como Viver no mundo à Luz da Bíblia | Escola Bíblica Dominical | CPAD |Lição 10: Igreja, lugar de todos os filhos de Deus

LEITURA BÍBLICA

Tiago 2.1-9

A MENSAGEM

“Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gálatas 3.28 – ARC

Devocional

Segunda >> Dt 10:17-19
Terça >> Jó 13:10
Quarta >> At 10:34
Quinta >> Rm 2:11
Sexta >> Ef 6:9
Sábado >> 1 Pe 1:17

Objetivos

CONCEITUAR o que é acepção de pessoas, demonstrando o que a Bíblia fala sobre o tema;
MOSTRAR que a prática de acepção de pessoas é inaceitável na igreja;
ENSINAR aos adolescentes que eles devem respeitar todos os irmãos em Cristo.

Ei Professor!

Prepare-se muito bem para ministrar essa lição. Leia o texto base e reflita sobre a mensagem do apóstolo Tiago. Se possível, pesquise em uma Bíblia de estudo ou em algum comentário bíblico, a fim de aprofundar seu entendimento sobre o tema. Prepare -se também em oração. Consagre sua vida ao Senhor e peça para o Espírito Santo lhe usar. Interceda por sua classe, cite seus alunos nominalmente em sua oração. O preparo espiritual é fundamental para o bom desenvolvimento do ministério do ensino. O tema desta lição é um pouco sensível. Observe o comportamento dos alunos durante a aula. Talvez, algum aluno já pode ter sido discriminado por alguém. Se esse for o caso, demonstre compreensão e reafirme o valor pessoal do aluno em Cristo.

Ponto de Partida

O tema desta lição é muito prático. Será fácil envolver seus alunos na reflexão desta aula. Para iniciar divide a turma em 3 ou 4 grupos. Peça para que cada grupo leia o texto de Tiago 2.1-9. Então, separe alguns minutos para que eles possam discutir o que entenderam sobre o tema. Enquanto eles estiverem interagindo entre si, ande pela classe e acompanhe a discussão de cada grupo. Se algum grupo estiver com dificuldade de interagir, faça uma pequena interferência e ajude no desenvolvimento das ideias. Ao final, peça para 1 representante de cada grupo compartilhar um resumo das ideias e percepções que foram compartilhadas. Tenha uma boa aula!

Vamos Descobrir

A igreja é um lugar de comunhão. É o lugar onde os irmãos se reúnem para louvar ao Senhor, orar, aprender as Escrituras e servir uns aos outros. Nos primeiros anos do Cristianismo, houve algumas dificuldades de convivência entre os irmãos de nacionalidades diferentes. Entretanto, a Igreja Primitiva superou essas dificuldades e aprendeu a conviver em comunhão e em unidade. Essa é a vontade de Cristo para sua Igreja e, hoje, aprenderemos alguns princípios para a convivência com os nossos irmãos.

Hora de Aprender
I- A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO RESPEITOSO NA IGREJA

O Apóstolo Tiago escreveu esta carta para instruir um grupo de cristãos. No texto base desta lição podemos observar que o apóstolo está tratando de um assunto específico e prático: a forma como ricos e pobres eram tratados quando chegavam na reunião (Tg 2.2).
Tiago está determinado a mostrar que a acepção de pessoas é uma prática incompatível com a genuína fé em Cristo. Ele claramente diz que honrar a rico por causa da sua aparência e posses e desprezar o pobre é fazer distinções (Tg 2.3,4). A carta apresenta três argumentos para condenar a prática do favoritismo aos ricos que frequentavam sua reunião:
(a) Deus escolheu os pobres para serem ricos na fé e para possuírem o Reino (Tg 2.5);
(b) esses ricos eram indignos porque haviam maltratado e perseguido os cristãos (Tg 2.6) e
(c) os cristãos devem praticar o amor ao próximo e isso é incompatível com favoritismo ou discriminação (Tg 2.8).
Ele concluiu: “Mas, se vocês tratam as pessoas pela aparência, estão pecando, e a lei os condena como culpados” (Tg 2.9). A acepção de pessoas, geralmente, é antecedida pela prática do favoritismo e do enganoso senso de superioridade. Isso é comum na sociedade. Entretanto, o povo de Deus deve seguir os princípios bíblicos. Dessa maneira, a igreja sempre deve ser um lugar de comunhão, respeito e acolhimento para todos os irmãos em Cristo.

I- AUXILIO TEOLÓGICO

“Este tipo de distinção mostra que os crentes estão sendo dirigidos pelos motivos errados. Tiago condenou o seu comportamento, porque Cristo os tinha tornado um só (GL 3.28). Por que é errado julgar uma pessoa com base em sua situação econômica? A riqueza pode ser um sinal de inteligência, de decisões sábias, e de trabalho árduo. Por outro lado, ela pode ser um sinal de avareza, desonestidade e egoísmo.
Quando honramos uma pessoa apenas porque ela se veste bem, estamos considerando a aparência como algo mais importante do que o caráter […]. É enganoso acreditar que as riquezas são um sinal da bênção e da aprovação de Deus”(Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, p.671).

II- ACEPÇÃO DE PESSOAS É PECADO

A prática da acepção de pessoas ocorre em nossa sociedade de muitas maneiras. Mas ela nasce no coração do ser humano, a partir de um senso de superioridade que é um sentimento vaidoso e enganoso. Todas as pessoas têm a mesma importância diante de Deus, pois foram criadas por Ele (Gn 1.27) e amadas por Ele (Jo 3.16). Discriminação, desprezo ao próximo, favoritismo ou racismo são alguns desdobramentos da prática de acepção de pessoas. Diante de Deus isso é pecado.
A Bíblia condena, em diversos textos, a prática da acepção de pessoas (Dt 16.19; Jó 13.8,10; Mq 2.9; Rm 2.11; 1 Pe 1.17). Jesus, em seu ministério, precisou lidar com esse tema. Em sua época, os judeus discriminavam os samaritanos, seus vizinhos na Galileia. Havia animosidades entre eles (Jo 4.9). Entretanto, a Bíblia mostra que Jesus também atuou em Samaria. Em especial, Ele ensinou a uma mulher samaritana (Jo 4.9,10,25,26).
Até mesmo os discípulos de Jesus estranharam o seu comportamento, visto que Ele estava falando com uma mulher samaritana (Jo 4.27). Mas, essa mulher creu no Senhor e chamou toda a vizinhança para conhecer o Messias (Jo 4.28-30). Jesus ficou ainda mais dois dias na cidade, pregando aos samaritanos. E muitos ali creram nEle (Jo 4.40-42).
Enfim, nosso Cristo deixou o exemplo para seguirmos. Ele tratava a todos com bondade, independente da condição financeira, origem, nacionalidade, cor de pele etc. Jesus veio para salvar a todos, judeus, gentios, homem, mulher, pobre, rico etc (Mt 18.11). Ele amou sem distinção a judeus, samaritanos e pessoas de outros povos. Diante de Deus, somos iguais. Ele não faz acepção de pessoas. Não existe parcialidade ou qualquer favoritismo na relação dEle para com seus filhos (Rm 2.11).

II- AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Uma das maiores contribuições socias do Cristianismo ao longo da história tem sido a doutrina bíblica do Imago Dei-a imagem de Deus no homem (Gn 1.26). O valor individual de cada ser humano, fundado no amor indistinto de Deus por todas as pessoas, faz parte do legado da fé cristã em sua trajetória na face da terra. Com apoio nessa bela doutrina bíblica, ensinada e vivenciada exemplarmente por Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, é que a igreja encontra respaldo suficiente para lidar e combater o preconceito e a discriminação em todas as suas formas de expressão […].
O pensamento de segregação étnico e social também não consegue se sustentar diante da irrefutável verdade bíblica de que a graça salvadora se estende a toda humanidade (Jo 3.16). às pessoas de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas (Ap 7.9). Isso não significa dizer que ao longo da história não tenham existido cristãos que tenham praticado algum tipo de discriminação.
Certamente isso aconteceu no passado e infelizmente ocorre em nossos dias. Entretanto, aqueles que assim procederem, o fazem em revelia ensinamentos bíblicos e em discordância ao exemplo máximo da fé cristã: Jesus Cristo. Ele é o nosso modelo de conduta e nos ensina a lidar com a discriminação. Cristo via cada pessoa dotada de valor especial para Deus, até mesmo aquelas excluídas da sociedade da sua época. Ele conversa com uma mulher samaritana, toca fisicamente em leprosos e doentes, vai à casa de publicanos e perdoa uma adúltera. Todas essas coisas eram inconcebíveis naquele tempo.
Tais pessoas, por um motivo ou outro, eram rejeitadas, indignas de receber um tratamento igualitário. Cristo afasta as barreiras da discriminação e trata cada pessoa de forma especial, estabelecendo um dos conceitos chaves do seu ministério: ‘Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo’ (Lc 10.27).
Ao contrário da cosmovisão cristã, as demais cosmovisões não possuem uma base firme o suficiente na qual a defesa da dignidade humana possa se apoiar” (NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 74,80).

III – EM CRISTO SOMOS TODOS IGUAIS

Após a ascensão de Jesus (At 1.9) e o advento do Pentecostes (At 2.1-4), os discípulos começaram a pregar o Evangelho par Multidões se converteram (At 2.41) E os seguidores de Cristo começaram ser perseguidos na Judeia. Por causa disso, eles migraram para outras regiões (At 8.1)
Neste contexto o Evangelho se espalhou pelo território do Império Romano (At 8.4) Muitas pessoas de origem e nacionalidades diferentes se converteram à fé em Cristo. Por exemplo, Filipe foi até a capital de Samaria e ali pregou o Evangelho para multidões (At 8.5,6).
Outro exemplo interessante é a conversão de Cornélio, um gentio que era comandante de um batalhão romana (At 10.1). Ele teve uma visão, na qual um anjo ordenou que ela mandasse buscar ao apóstolo Pedro (At 10.3 5). Paralelamente, Pedro teve uma visão, na qual Deus ordenou que ele comesse animais que a Lei judaica considerava impuros (At 10.10-15). Em seguida, os mensageiros de Cornélio encontraram o apóstolo e todos partiram para a casa do centurião. Chegando lá, Pedro a Cristo para todos que estavam reunidos (At 10.33-41).
Para a surpresa dos judeus que estavam presentes, o Espírito Santo desceu sobre todos os gentios que estavam ouvindo a mensagem e eles falaram em outras línguas (At 10.44-46). Em seguida, todos foram batizados em águas (At 10.47,48) Diante dessa experiência, Pedro declarou –Agora eu sei que, de fato, Deus trata a todos de modo igual. pois ele aceita todos os que o temem e fazem o que é direito, seja qual for a sua raça (At 10.34,35).
Assim, a Igreja de Cristo cresceu, promovendo comunhão e unidade entre aqueles que creem em Cristo, pois para Ele não há diferença entre judeus e gentios (Rm 10.12). Assim, vemos que não há razão ou espaço para senso de superioridade ou acepção de pessoas entre os cristãos, pois todos são, igualmente, salvos e redimidos por Cristo (Cl 3.11).

III- AUXÍLIO DIDÁTICO

“Cornélio […] fazia seu trabalho, mas de um modo especial mostrava a todos que era diferente […]. Pedro mesmo estava incerto se não judeus tinham alguma fatia da atenção de Deus. Como poderia Deus dar as suas bênçãos a um oficial do exército romano? Tal pessoa representava tudo o que era ofensivo: uma espada afiada, adoração ao imperador e ocupação estrangeira.
Mas uma coisa estranha aconteceu Deus enviou o Espírito poderosamente sobre Cornélio e sua família […]. Unidos em Cristo e abençoados pelo Espírito crentes, gentios e judeus tornaram-se verdadeiros irmãos, contudo diferente em suas tradições e segmentos políticos. Um em Cristo! Que surpresa de Deus” (365 Lições de Vida Extraídas de Personagens da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 1999, P. 313).

CONCLUSÃO

Acepção de pessoas é pecado esta prática não deve existir entre C cristãos, pois Jesus amou a todos e morreu na cruz para salvar todo aquele que crê nEle.

VAMOS PRATICAR

1- Segundo a lição, qual assunto específico está sendo tratado em Tiago 2.1-9? R. A forma como ricos e pobres eram tratados quando chegavam na reunião.
2- Segundo a lição, a acepção de pessoas é uma prática, geralmente, antecedida por dois fatores. Quais são eles? R. Ela é, geralmente, antecedida pela prática do favoritismo e do enganoso senso de superioridade.
3- A prática de acepção de pessoas é pecado? R. Sim

Pense Nisso

Deus não faz acepção de pessoas. Avalie e pese bem seu coração. Peça a Deus que retire qualquer senso de superioridade. Lembre-se de que Deus é o Criador de todas as pessoas e, por isso mesmo, elas merecem amor e respeito. Fazer acepção de pessoas é pecado.

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