Lição 12 – As Epístolas Instruem e Formam os Cristãos
Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos 1 trimestre 2022
Tema da revista: A Supremacia das Escrituras: A Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de Deus
TEXTO ÁUREO
“A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, sejam convosco na verdade e amor.” (2 Jo 1.3)
VERDADE PRÁTICA
As epístolas apresentam instruções vitais para a compreensão da doutrina cristã, bem como para a formação dos cristãos.
LEITURA DIÁRIA | |
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Segunda | Rm 1.17 Em Cristo descobrimos a justiça de Deus: o justo viverá pela fé |
Terça | Ef 1.22,23 Cristo é o cabeça; e a Igreja, o seu Corpo |
Quarta | 1 Pedro 1.7 A fé é provada como o ouro é provado pelo fogo |
Quinta | 1 Jo 1.6,7 O salvo deve viver em comunhão com os irmãos |
Sexta | 2 Co 7.1 O crente deve purificar-se de toda imundícia da carne e do espírito |
Sábado | Ef 4.13 0 cristão deve buscar a medida da estatura de Cristo |
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE |
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l Coríntios 1.1-3; 1 Pedro 1.1,2; 2 João 1.1-3 |
l Coríntios 1 |
1- Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes, |
2 – À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: |
3 – graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. |
1 Pedro 1 |
1 – Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia; |
2 – Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas. |
2 João 1 |
1 – O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade, |
2 – Por amor da verdade que está em nós e para sempre estará conosco. |
3 – A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor. |
HINOS SUGERIDOS
- 117 – O Senhor Salva a Todo o Pecador
- 190 – Cristo! Meu Cristo!
- 533 – Honras Sejam ao Cordeiro
PLANO DE AULA
- INTRODUÇÃO
A lição desta semana tem como proposta apresentar o conjunto de doutrinas entregue à Igreja do Senhor por intermédio dos autores das epístolas do Novo Testamento. O conteúdo dessas epístolas tem como função instruir e formar os crentes no que diz respeito à fé cristã, bem como prepará-los para o encontro com o Senhor por ocasião do arrebatamento da Igreja. - APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar a instrução doutrinária de Paulo às igrejas no que diz respeito a pessoa de Jesus Cristo e acerca das últim as coisas;
II) Expor a natureza das epístolas gerais a respeito da fé, santificação, combate aos falsos ensinos e esperança da vida eterna;
III) ressaltar a atualidade das epístolas do Novo Testamento no tocante às doutrinas da justificação, santificação e glorificação do crente.
B) Motivação: É fundamental que o crente conheça as doutrinas bíblicas registradas nas Cartas do Novo Testamento. Seus ensinamentos trazem o aperfeiçoamento da fé e o amadurecimento do caráter Cristão.
C) Sugestão de Método: Elabore com seus alunos uma lista com o nome de cada epístola do Novo testamento e o seu respectivo propósito. Faça isso na lousa. Você pode consultar a Bíblia de Estudo Pentecostal para elaborar a lista. Reforce aos seus alunos que conhecer a natureza de cada epístola ajuda a direcionar a leitura e interpretar a mensagem intrínseca em cada epístola. - CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Tudo o que a Igreja precisa conhecer no que diz respeito à vontade de Deus está na Bíblia. As epístolas, inclusive, trazem as instruções doutrinárias que orientam os crentes à prática da fé, a santificação e preparação para a vida eterna. - SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p. 42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Epístola” aprofunda o primeiro tópico, explicando o conceito de epístola bíblica e sua mensagem aos crentes da igreja primitiva;
2) O texto “ O que é o Processo de Comunicação”, localizado no final do terceiro tópico, traz ao docente uma reflexão a respeito do processo de comunicação do docente com o aluno. Será que a forma como nos comunicamos com os alunos tem sido eficiente?
INTRODUÇÃO
As Epístolas correspondem a 21 dos 27 livros do Novo Testamento. As treze escritas por Paulo são denominadas de “paulinas” . As oito epístolas restantes são de outros autores e designadas de “gerais”. Nesta lição, agrupamos as Epístolas por temas e autoria, destacamos alguns de seus aspectos doutrinários.
PALAVRA-CHAVE: EPÍSTOLA
I. COMO AS EPÍSTOLAS PAULINAS NOS INSTRUEM
1. Instruções salvíficas.
Nesse grupo, enfatizamos os aspectos da doutrina da salvação. Aos Romanos destaca-se que “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Cristo nos libertou do pecado mediante seu sacrifício remidor. Dessa forma, pela fé em Cristo, somos declarados justos (Rm 3.23-25). Aos Gálatas, Paulo assevera que ninguém é “justificado pelas obras da lei” (G1 2.16), e que somente a fé em Cristo nos liberta do jugo do pecado (G1 5.1). Em 1 Coríntios ressalta-se a mensagem do “Cristo crucificado ” (1 Co 1.23), que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia (l Co 15.3- 4). Em 2 Coríntios frisa -se o “ ministério da reconciliação” (2 Co 5.18), em que Cristo levou os nossos pecados e nos reconciliou com Deus (2 Co 5.19-21).
2. Instruções a respeito de Cristo.
Nesse enfoque, o destaque são os aspectos da doutrina de Cristo. Aos Efésios, o tema é “Cristo, como cabeça – e a Igreja, o seu corpo” (Ef 1.22,23). Nesse sentido, a Igreja foi eleita em Cristo (Ef 1.4) e redimida em Cristo (Ef 1.7) para a glória de Cristo (Ef 1.12). Aos Filipenses, a mensagem enfatiza que “o viver é Cristo” (Fp 1.21). Ele é o segredo da verdadeira alegria e o modelo de vida para o salvo (Fp 1.4; 2.2-16). Aos Colossenses, Paulo sublinha que a “vossa vida está escondida com Cristo” (Cl 3.3). A igreja está unida em Cristo, morta e ressuscitada com Cristo (Cl 2.2,10,20; 3.1). Em suma, Cristo é a suficiência para todo o cristão.
3. Instruções sobre as últimas coisas.
Esses ensinos enfatizam os aspectos da vinda de Jesus. Em 1 Tessalonicenses, Paulo ensina que no retorno de Cristo “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (1 Ts 4.17), sendo necessário, para esperar o Senhor, conservar irrepreensível o espírito, a alma e o corpo (l Ts 5.23). Em 2 Tessalonicenses, o apóstolo esclarece que, após o arrebatamento da Igreja, o “ Dia do Senhor” se iniciará com a manifestação do Anticristo (2 Ts 2.2,3,8). Enquanto o salvo aguarda a volta de Cristo, deve orar para que o Evangelho tenha livre curso, e vigiar para não viver desordenadamente (2 Ts 3.1,11,12). As duas epístolas alertam a respeito da necessidade de preparar-se para a vinda do Senhor.
4. Instruções pastorais e pessoais.
As Epístolas particulares abrangem instruções de natureza prática. Dentre outros temas, em 1 Timóteo, Paulo orienta o combate às heresias por meio da “sã doutrina” (1 Tm 1.3,9,10). Em vista disso, o líder deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2; 4.13,16). Em 2 Timóteo ratifica-se que o obreiro deve manejar “bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15) a fim de produzir arrependimento nos que resistem (2 Tm 2.25). Em Tito, o pastor deve contrapor os falsos ensinos (Tt 1.5,10,11), e para tanto é exortado a falar “o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1). Em Filem om , a mensagem enfatiza o perdão. O transgressor arrependido deve ser recebido “mais do que servo, como irmão amado” (Fm 1.16).
SINÓPSE I
As epístolas paulinas nos instruem a respeito de Cristo, sobre as últimas coisas e trazem instruções pastorais e pessoais.
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AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“Epístolas
No uso geral, o termo epístola refere-se à correspondência escrita , seja particular ou pública. […] No Novo Testamento, o termo grego espistole ocorre 24 vezes e é a designação de 21 dos escritos do Novo Testamento […] Em geral, as epístolas do Novo Testamento seguem a forma padrão das cartas antigas, com o poder ser visto pelo estudo da extensa correspondência em papiros que foi preservada . A ordem epistolar usual e de bem estar dos leitores, corpo da carta e saudações finais. Alguns, seguindo a sugestão de A. Deissmann , têm feito uma distinção entre cartas e epístolas. As cartas seriam pessoais, com trechos não-literários sem a intenção de uso permanente, ao passo que as epístolas seriam impessoais, com trechos literários, escritas para um público mais geral e com a intenção de permanência. Outros tem corretamente insistido que esta distinção é demasiadamente sofisticada e simplificada. A maioria das epístolas do Novo Testamento combina elementos tanto de cartas como de epístolas, conforme distinguido por Deissmann. A correspondência do Novo Testamento foi, em sua maior parte, escrita em resposta a cartas ou palavras pessoais com relação a problemas ou necessidades que exigiram um tratamento por parte de alguém que tivesse autoridade apostólica” (Dicionário Bíblico Wyclifee. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.652,53).
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II. COMO AS EPÍSTOLAS GERAIS NOS FORMAM
1. As Epístolas de Pedro.
1 Pedro aborda o sofrimento cristão (1 Pe 1.6). Ela ensina que as provações fortalecem a fé (1 Pe 1.7), que é preciso santificar-se (1 Pe 1.15), suportar os agravos (1 Pe 2.19) e alegrar-se nas aflições (1 Pe 4.13). Assegura que o próprio Deus é quem aperfeiçoa, confirma, fortifica e estabelece o crente fiel (1 Pe 5.10). Em 2 Pedro, a mensagem faz alerta aos ensinos dos falsos mestres, tais como: negar a divindade e a segunda vinda de Cristo (2 Pe 2.1; 3.4). Pedro contesta tais heresias, ratifica que Jesus é o Filho de Deus (2 Pe 1.16,17) e anima a Igreja a manter-se imaculada até a volta do Senhor (2 Pe 3.14).
🔔 Comentário da Lição
Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz. 2 Pedro 3:14
2 Pedro 3: 14-15 . Portanto, amado – Tendo essas grandes verdades em suas mentes, entregue toda a sua alma à influência delas; e, vendo que você procura tais coisas – Desde que você espera que a vinda de Cristo destrua o atual sistema mundano, e crie um novo céu e terra, e desde a morte, que confirmará seu título a essa herança ou sua exclusão de para sempre, está se aproximando rapidamente e pode vir muito em breve e muito inesperadamente; seja diligente – sp??dasate , a mesma palavra que é usada, cap. 2 Pedro 1:10 , que implica não apenas o uso diligente de todos os meios da graça, e a prática da santidade e retidão universal, em conseqüência do arrependimento para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus Cristo, com o esforço ativo de todos os dom da natureza e da graça, mas fazendo tudo isso com seriedade e sem demora; não confiando em nenhum poder próprio, mas na influência do Espírito Divino, por toda a ajuda de que precisa; para que sejais achados dele – Cristo, quando ele vier; em paz – Com Deus, sendo justificado pela graça pela fé, Romanos 5: 1 ; sem mancha – Purificado de toda a imundície da carne e do espírito, e renovado após a imagem divina; e, como prova disso, sem culpa – No comportamento para com Deus, com seus semelhantes e com vocês mesmos; tendo, em conseqüência de sua regeneração, vivido sobriamente, retamente e piedosamente neste mundo atual, e adornado a doutrina de Deus seu Salvador em todas as coisas. E – Em vez de considerar seu atraso vir como uma prova de que ele nunca virá, considere esse atraso e seu longo sofrimento – Assim manifestou; salvação – Projetado para promover sua salvação e a salvação de muitos outros; dando aos pecadores espaço para arrependimento e uma oportunidade de se preparar para essas cenas solenes e terríveis, e assim se tornar um meio precioso de salvar muito mais almas. Como nosso amado irmão Paulo, também de acordo com a sabedoria que lhe foi dada – Aquela admirável visão e compreensão dos mistérios do evangelho, que aparece em todas as suas epístolas, e foi dada a ele pela inspiração do Espírito Santo; escreveu para você – Isso se refere não apenas à única frase anterior, mas a tudo o que foi antes. Esta epístola de Pedro sendo escrita para aqueles a quem a primeira epístola foi enviada, as pessoas a quem São Paulo escreveu sobre o longanimidade de Deus, e os outros assuntos aqui mencionados, eram os cristãos judeus e gentios na Ásia Menor . Conseqüentemente, sabemos que ele escreveu aos gálatas, aos efésios, aos colossenses e a Timóteo, coisas que implicam que a misericórdia de Deus em poupar e suportar os pecadores é destinada à salvação deles; e que um julgamento terrível e um estado eterno de felicidade ou miséria aguardam toda a humanidade.
2. As Epístolas de João.
1 João adverte sobre o falso ensino que negava a encarnação de Jesus (1 Jo 1.1; 4.2,3) e as demais heresias gnósticas (1Jo 5.13-21). Explica que o salvo deve viver em comunhão com os irmãos (1 Jo 1.6,7); afastar-se da prática do pecado (1 Jo 2.1; 3.7); amar uns aos outros (l Jo 4.11); e vencer o mundo por meio da fé (1 Jo 5.4). Em 2 João, as heresias do docetismo e gnosticismo são novamente refutadas (2 Jo 1.7,8). A Igreja é exortada a perseverar na doutrina de Cristo (2 Jo 1.9) e a usar de sabedoria ao receber pessoas em casa (2 Jo 1.10,11). Em 3 João destaca-se a fidelidade de Gaio e Demétrio (3 Jo 1.5-8,12) e a reprovação do mau testemunho de Diótrefes (3 Jo 1.9,10). Por fim, João adverte ao cristão: “ não sigas o mal, mas o bem ” (3 Jo 1.11).
🔔 Comentário da Lição
Nisto se reconhece o Espírito de Deus: todo espírito que proclama que Jesus Cristo se encarnou é de Deus;
1 João 4:2
Por este meio – grego, “Por isto;” isto é, pelo teste que é imediatamente especificado.
Conheça o Espírito de Deus – Você pode discernir quem é atuado pelo Espírito de Deus.
Todo espírito – Todo mundo que professa estar sob a influência do Espírito de Deus. O apóstolo usa a palavra “espírito” aqui com referência à pessoa que fez a afirmação, supondo que todos os que professam ser um professor religioso foram animados por algum espírito ou influência estrangeira, boa ou má. Se o Espírito de Deus os influenciasse, eles confessariam que Jesus Cristo veio em carne; se algum outro espírito, o espírito de erro e engano, eles negariam isso.
Isso confessa – isto é, que faz um reconhecimento apropriado disso; que inculca essa doutrina e que lhe dá um devido lugar e destaque em suas instruções. Não se pode supor que uma mera afirmação disso em palavras mostre que eles eram de Deus no sentido de que eram verdadeiros cristãos; mas o sentido é que, se isso constituísse uma das doutrinas que eles sustentavam e ensinavam, mostraria que eles eram defensores da verdade, e não apóstolos do erro. Se eles não fizessem isso, 1 João 4: 3 , seria decisivo em relação ao seu caráter e reivindicações.
Que Jesus Cristo veio em carne – Benson e alguns outros propõem tornar isso: “Que Jesus, que veio em carne, é o Cristo”. Mas isso está sujeito a objeções sérias.
(1) não é a interpretação óbvia.
(2) é incomum dizer que Jesus “havia entrado em carne”, embora a expressão “o Filho de Deus tenha entrado em carne” ou “Deus se manifestou em carne” estaria de acordo com o uso do Novo Testamento.
(3) isso provavelmente não atenderia ao ponto real do caso. A coisa negada não parece ter sido que Jesus era o Messias, pois eles fingiam ser mestres cristãos de modo algum implícitos de que eles admitiam isso; mas que o Filho de Deus era “realmente um homem”, ou que ele realmente assumiu a natureza humana em união permanente com o divino. O ponto da observação feita pelo apóstolo é que o reconhecimento deveria ser que Cristo assumiu a natureza humana; que ele era realmente um homem como parecia ser: ou que havia uma encarnação real, em oposição à opinião de que ele aparecia apenas, ou que ele simplesmente parecia ser um homem, que sofria e morria. Que esta opinião foi defendida por muitos, veja a Introdução, Seção III. 2. É bastante provável que o apóstolo aqui se refira a sentimentos como aqueles que foram mantidos pelo “Docetae”; e que ele pretendia ensinar que era indispensável a evidência apropriada de que alguém vinha de Deus, que ele deveria sustentar que Jesus era verdadeiramente um homem, ou que havia uma verdadeira encarnação do Filho de Deus. João sempre considerou isso um ponto muito importante, e freqüentemente se refere a ele, João 19: 34-35 ; João 20: 25-27 ; 1 João 5: 6 . É tão importante ser realizada agora como era então, pois o fato de haver uma encarnação real é essencial para todas as visões justas da expiação. Se ele não era verdadeiramente um homem, se ele não derramara literalmente seu sangue na cruz, é claro que tudo o que foi feito foi apenas na aparência, e todo o sistema de redenção revelado era apenas uma esplêndida ilusão. Há pouco perigo de que essa opinião seja mantida agora, pois aqueles que se afastam da doutrina estabelecida no Novo Testamento em relação à pessoa e obra de Cristo estão mais dispostos a aceitar a opinião de que ele era um mero homem; mas, ainda assim, é importante que a verdade de que ele estava verdadeiramente encarnado seja mantida constantemente diante da mente, pois de nenhuma outra maneira podemos obter apenas visões da expiação.
É de Deus – Isso não significa necessariamente que todos que confessaram isso eram pessoalmente um verdadeiro cristão, pois é claro que uma doutrina pode ser reconhecida como verdadeira, e ainda assim o coração não pode ser mudado; nem significa que o reconhecimento dessa verdade era tudo em que era essencial crer para que alguém pudesse ser reconhecido como cristão; mas significa que era essencial que essa verdade fosse admitida por todos que realmente vieram de Deus. Os que ensinaram isso mantinham uma verdade que ele havia revelado e que era essencial para ser realizada; e eles mostraram, portanto, que não pertenciam àqueles a quem o nome “anticristo” poderia ser dado adequadamente. Ainda assim, se eles sustentavam essa doutrina em tal sentido e em conexão com outras doutrinas, de modo a mostrar que eram cristãos sinceros, era outra questão, pois é claro que um homem pode sustentar e ensinar as verdadeiras doutrinas da religião. , e ainda não tem evidências de que ele é um filho de Deus.
3. As outras Gerais.
Aos Hebreus, a ênfase repousa na supremacia de Cristo (Hb 1.1). Ele é o Sumo-Sacerdote que por seu próprio sangue executou uma eterna redenção (Hb 9.11,12). Desse modo, o crente é estimulado a olhar para Cristo, o “autor e consumador da fé” (Hb 12.2). Em Tiago, o autor esclarece que “a fé sem obras é morta” (Tg 2.26). Acentua que a fé deve ser mostrada em ações (Tg 2.14). Por isso, o texto adverte o cristão a ser praticante da Palavra, e não somente ouvinte (Tg 1.22). Em Judas, o salvo é exortado a “batalhar pela fé” (Jd 1.3). Isso por causa dos hereges infiltrados na Igreja (Jd 1.4). Assim , o crente é instruído a orar e a preservar a esperança da vida eterna (Jd 1.20,21).
SINÓPSE II
As epístolas gerais advertem o crente a respeito da santificação, dos falsos ensinos; e enfatizam a supremacia de Cristo e a esperança da vida eterna.
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III. AS EPÍSTOLAS CONTINUAM A FALAR
1. A doutrina da justificação.
A doutrina da justificação ensina que o pecador é justificado (absolvido da punição do pecado) unicamente pela fé na graça divina (Rm 5.1,2). Significa dizer que as obras humanas não podem salvar (Gl 2.16). Nossa Declaração de Fé professa crer na restauração do homem por meio do arrependimento e da fé (Rm 3.23,24.), no Novo Nascimento pela graça de Deus mediante a fé (Ef 2.8,9) e na justificação pela fé no sacrifício de Cristo (Hb 10.12). Essa é uma doutrina fundamental da fé cristã.
🔔 Comentário da Lição
Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Efésios 2:8
Efésios 2: 8 . Pela graça sois salvos pela fé; – Aquele que lê São Paulo com atenção, não pode deixar de observar que, falando dos gentios, chama para que sejam trazidos de volta de sua apóstola ao reino de Deus, para que sejam salvos. Antes de serem trazidos para ser o povo de Deus novamente sob o Messias, eles eram, como são descritos aqui, alienígenas, inimigos, sem esperança, sem Deus, mortos em ofensas e pecados; e, portanto, quando pela fé em Cristo eles vieram a ser reconciliados e a fazer aliança novamente com Deus, com seus súditos e com o povo licenciado, estavam no caminho da salvação; e, se perseveraram, não poderiam deixar de alcançá-lo, embora ainda não estivessem de posse. O Apóstolo, cujo objetivo é nesta Epístola dar a eles um alto senso da graça extraordinária de Deus e favor a eles, e elevar seus pensamentos acima das más observâncias da lei, mostra-lhes que não havia nada neles, em seus miseráveis estado de natureza, nenhum feito ou obra deles, nada que eles pudessem fazer, para se preparar e recomendar a si mesmos, o que contribuiu para que Deus os chamasse ao seu reino sob o evangelho; que tudo era puramente obra da graça, pois eles eram todos por natureza mortos em ofensas e pecados, e, sem o Espírito de Deus, não podiam dar um passo, ou o menor movimento em direção a ele. A fé, que por si só conquistou sua admissão, e por si só abriu o reino dos céus aos crentes, foi um presente de Deus. Os homens, por suas faculdades naturais, não poderiam alcançá-lo: é a fé que é a fonte e o começo desta nova vida. – Por uma revelação daquilo que eles nunca poderiam descobrir por suas próprias faculdades naturais, Deus lhes concede a conhecimento do Messias e fé do evangelho; que, assim que recebem, estão no reino de Deus, em um novo estado de vida; e, sendo assim vivificados pelo Espírito, podem, como homens vivos, trabalhar, se quiserem. Daí São Paulo diz, Romanos 10:17 que a fé vem pelo ouvir, e ouvir pela palavra de Deus; tendo declarado nos versículos anteriores, que não há crença sem ouvir, e sem audiência sem um pregador, e nenhum pregador, a menos que ele seja enviado; isto é, as boas novas de salvação pelo Messias e a doutrina da fé não eram conhecidas, mas aquelas a quem Deus a comunicou pela pregação de seus profetas e apóstolos, a quem ele a revelou, e a quem ele enviou sua tarefa com esta descoberta. E assim Deus agora deu fé aos efésios e aos outros gentios, a quem ele enviou São Paulo e outros colegas de trabalho, para lhes conceder o conhecimento de salvação, reconciliação e restauração do reino do Messias: a todos que, embora revelado pelo Espírito de Deus nos escritos do Antigo Testamento, ainda assim o mundo gentio era totalmente desconhecido pela lei cerimonial de Moisés, que era o muro de divisão que mantinha os gentios à distância e estrangeiros: esse muro Deus, de acordo com seu gracioso propósito antes de erguê-lo, depois de ter quebrado, comunicou a eles a doutrina da fé e os admitiu, após sua aceitação, a todas as vantagens e privilégios deste reino: tudo o que foi feito de sua graça livre, sem nenhum mérito ou aquisição deles; – Ele foi encontrado entre os que não o procuravam, e foi manifestado aos que não o pediam. Aquele que entenderia claramente este segundo capítulo de Efésios, deveria ler atentamente Romanos 10 e 1 Coríntios 2: 9-16, onde verá que a fé é devida à revelação do Espírito de Deus e à comunicação disso. revelação por homens enviados por Deus, que alcançaram esse conhecimento, não pela assistência de suas próprias partes naturais, mas pela inspiração do Espírito de Deus. Assim , a fé, vemos, é o dom de Deus; e, com ele, vem o Espírito de Deus, que traz vida à alma. O próprio DEUS, pelo dom da fé, os cria, isto é, todo penitente genuíno, para boas obras; mas quando por ele são feitos seres vivos, nesta nova criação, espera-se que, sendo vivificados, ajam; e a partir de agora as obras são necessárias, não como causa meritória da salvação, mas como uma qualificação indispensável necessária dos súditos do reino de Deus sob seu Filho Jesus Cristo; sendo impossível que alguém seja ao mesmo tempo um rebelde e um bom sujeito. E embora ninguém possa ser súdito do reino de Deus, mas aqueles que, continuando na fé que lhes foi concedida, esforçam-se sinceramente por se conformarem às leis de seu Senhor e Mestre Jesus Cristo; e embora Deus dê a vida eterna a todos e somente a quem o faz; todavia, a vida eterna é o dom de Deus, o dom da graça gratuita , adquirida apenas pelo sangue da aliança para todo santo fiel.
Agora, que quando Deus, chamando-os para o reino de seu filho, e concedendo-lhes o dom da fé, assim acelerou o penitente, e eles são, por Sua graça, criada em Cristo Jesus para boas obras – que então funciona é exigido deles, é, portanto, evidente – que eles são chamados e pressionados ( 1 Tessalonicenses 2:12 .) a andar dignos de Deus, que os chamou para o seu reino e glória; e com o mesmo objetivo, cap. Efésios 4: 1 . Filipenses 3:17 . Colossenses 1: 10-12 . De modo que aqueles que estão no reino de Deus, que estão realmente sob o convênio da graça, são estritamente necessárias boas obras, sob pena da perda da vida eterna. Veja Romanos 6: 11-13 ; Romanos 8:13 .
De fato, este é o teor de todo o Novo Testamento; o mundo pagão apóstata estava morto, e por si só naquele estado não era capaz de fazer nada para conseguir sua tradução para o reino de Deus; isso era puramente obra da graça; mas, quando receberam o evangelho com sinceridade, foram então vivificados pela fé e pelo Espírito de Deus; então eles estavam em um estado de vida, e o trabalho e as obras eram esperados deles. Assim, graça e obras são consistentes sem nenhuma dificuldade; e aquilo que causou a perplexidade e a aparente contradição foi o erro dos homens em relação ao reino de Deus. Deus, na plenitude dos tempos, estabeleceu seu reino neste mundo sob seu Filho, no qual ele admitiu todos aqueles que criam nele, e sinceramente recebeu a Jesus o Messias por seu Senhor. Assim, pela fé em Jesus Cristo, os homens se tornaram o povo de Deus, e súditos de seu reino, e foram, a partir de então, durante sua continuidade na fé viva e na profissão do evangelho, contabilizados santos – os amados de Deus – os fiéis em Cristo. Jesus, o povo de Deus, salvou, etc., pois nesses termos e afins a Sagrada Escritura fala deles. E, de fato, aqueles que foram traduzidos para o reino do Filho de Deus não estavam mais no estado morto dos gentios; mas, tendo passado da morte para a vida, estavam no estado dos vivos, no caminho para a vida eterna, que eles certamente alcançariam, se perseverassem na vida que o evangelho exigia, viz. fé e obediência sincera. Mas, no entanto, essa não era uma possessão real da vida eterna no reino de Deus no mundo vindouro; pois, por apostolado ou desobediência, isso, embora às vezes chamado de salvação, possa ser perdido e perdido; enquanto aquele que já foi possuído pelo outro, na verdade possui uma herança eterna nos céus, que não desaparece. Essas duas considerações sobre o reino dos céus alguns homens confundiram e fizeram uma; de modo que um homem sendo trazido para o primeiro deles totalmente pela graça, sem obras (sendo a fé tudo o que era necessário para instigar um homem), eles concluíram que, para a vida eterna, ou o reino de Deus no mundo para vir, somente a fé , sem boas obras, é necessária – ao contrário das palavras expressas das Escrituras e de todo o teor do evangelho. É, no entanto, pela graça que somos feitos participantes de ambos os reinos; é somente no reino de Deus neste mundo que somos admitidos somente pela fé , sem obras; mas, para nossa admissão no outro, tanto a fé quanto a obediência são necessárias – santidade interna e um sincero esforço para cumprir todos esses deveres – todas as boas obras que nos são impostas e que se colocam no nosso caminho a ser realizado, a partir de o tempo de crer até a hora da morte.
2. A doutrina da santificação.
A doutrina da santificação implica uma vida separada do pecado (1 Pe 1.15,16). Nossa Declaração de Fé ensina que, já salvo e justificado, o novo crente entra de imediato no processo de santificação (Rm 6.22; 1 Ts 4.3). Porém , essa transformação vai sendo aperfeiçoada durante a jornada do cristão (2 Co 3.18; Fp 1.6). Desse modo, o crente precisa ser santificado pelo Espírito (1 Pe 1.2), purificar-se tanto da carne com o do espírito (2 Co 7.1), pois sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
3. A doutrina da glorificação.
A doutrina da glorificação é a última etapa de nossa salvação (Rm 8.17,30). Nesse processo, o pecador é salvo pela graça, justificado pela fé, santificado pelo Espírito, e prossegue até “à medida da estatura de Cristo” (Ef 4.13).Quer dizer que ao final do processo da salvação a glória perdida no Éden, pelo primeiro Adão, será restaurada (1 Co 15-45). Trata-se de uma promessa da futura transformação de nosso corpo mortal em corpo glorioso (Fp 3.21), que se dará por ocasião da vinda do Senhor (1 Co 15.52-54).
🔔 Comentário da Lição
E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, contanto que soframos com ele, para que também com ele sejamos glorificados. Romanos 8:17
E se filhos – Se adotado em sua família.
Então herdeiros – Ou seja, ele nos tratará como filhos. Um herdeiro é aquele que consegue uma propriedade. O significado aqui é que, se sustentarmos a relação dos filhos com Deus, seremos tratados como tal e admitidos em compartilhar seus favores. Um filho adotivo entra para uma parte da herança, Filemon 2: 8-9 ; Hebreus 2: 9-10 . A conexão entre Cristo e os cristãos é freqüentemente referida no Novo Testamento. O fato de estarem unidos aqui é frequentemente alegado como uma razão pela qual eles estarão em glória, João 14:19 : “Porque eu vivo, também vivereis”, 2 Timóteo 2: 11-12 ; “Porque, se morrermos com ele, também viveremos com ele; se sofrermos, também reinaremos com ele, Apocalipse 3:21 ; “A quem vencer, concederei sentar-me comigo no meu trono”, etc., João 17: 22-24 .
Se assim for – Se esta condição existir; Não seremos tratados como co-herdeiros com ele, a menos que aqui forneçamos evidências de que estamos unidos a ele.
Que sofremos com ele – grego: “Se sofrermos juntos, para que também sejamos glorificados juntos”. Se sofrermos em sua causa; suportar aflições como ele; são perseguidos e julgados pela mesma coisa; e, assim, mostra que estamos unidos a ele. Isso não significa que sofremos da mesma maneira que ele, mas podemos imitá-lo no tipo de nossos sofrimentos e no espírito com que são levados; e, assim, mostra que estamos unidos a ele.
Para que também sejamos glorificados juntos – Se unidos no mesmo tipo de sofrimento, há propriedade em estar unidos no destino além das cenas de todo sofrimento, o reino da bem-aventurança e do amor.
SINOPSE III
A mensagem das epístolas permanece atual: ressalta a justificação, santificação e glorificação do crente.
AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“O que é o Processo de Comunicação.
As partes do processo de comunicação são as seguintes:
1– Aquele que envia-codifica (o emissor-codificador) a mensagem (o professor). Essa pessoa tem três deveres. Em primeiro lugar, deve escolher as palavras. Em segundo lugar, deve dar sentido às palavras. Em terceiro lugar, deve usar as palavras adequadamente.
2– Aquele que recebe-decodifica (o receptor-decodificador) a mensagem (aluno). Essa pessoa também tem três deveres. Em primeiro lugar, deve reconhecer as palavras. Em segundo lugar, deve interpretar as palavras. Em terceiro lugar, deve relacionar o significado das palavras ao que já conhece.
3– A mensagem. Essa é a lição que o professor deseja ensinar.
4– O canal. Esse é o método que o professor usa para transmitir a lição. A mensagem está na mente do professor, que é a pessoa que envia-codifica. O professor dá às palavras o significado que deseja transmitir ao seu aluno. A mensagem é colocada em um canal para ser transmitida ao aluno. Um canal é a maneira como o professor transmite a mensagem. O aluno (receptor-decodificador) deve receber a mensagem e decodificá-la. Quando ouvir as palavras do professor, deverá saber o seu significado. Este é o processo da interpretação. O aluno deve aplicá-las à sua vida” (TOWNS, Elmer L. Enciclopédia da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.163).
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CONCLUSÃO
As Epístolas são livros divinamente inspirados e representam quase 80% do cânon do Novo Testamento. O conjunto de doutrina destas epístolas, revelado aos seus diversos autores, continua a instruir o povo de Deus, a formar o caráter do crente salvo em Jesus, e a preparar a Igreja para a vinda do Senhor.
🔔 Vocabulário
Docetismo: Doutrina herética propagada entre os séculos II e III d.C., que nega a existência do corpo físico de Jesus. Para os propagadores dessa heresia, Jesus seria apenas espírito.
Lição 12 – As Epístolas Instruem e Formam os Cristãos | CPAD Adultos
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Cite as epístolas que dão instruções a respeito da salvação.
As epístolas que enfatizam os aspectos da doutrina da salvação são: Romanos, Gálatas, 1 e 2 Coríntios.
2. Cite as epístolas que instruem a respeito dos últimos dias.
As epístolas que enfatizam os últimos acontecimentos são: 1 e 2 Tessalonicenses.
3. O que 1 Pedro aborda?
A epístola de 1 Pedro aborda o sofrimento cristão.
4. Qual é a ênfase da Carta aos Hebreus?
A Carta aos Hebreus enfatiza a supremacia de Cristo.
5. Explique a doutrina da glorificação.
A doutrina da glorificação é a última etapa de nossa salvação.
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