Lição 13 – Perseguido, mas não derrotado – Revista Betel Adultos 3 trimestre 2020

 

Lição 13 - Perseguido, mas não derrotado - Revista Betel Adultos 3 trimestre 2020

Lição 13 – Perseguido, mas não derrotado

Revista Betel Dominical Adultos – 3º Trimestre de 2020

3º Trimestre de 2020, ano 30 nº 116
Comentarista: Bispo Abner Ferreira
Data: 27 de setembro de 2020

Texto Áureo

“Em Deus louvarei a sua palavra; em Deus pus a minha confiança e não temerei; que me pode fazer a carne?”
Salmo 56.4

Verdade aplicada

Uma firme confiança no Senhor e um viver convicto na verdade do Evangelho são fundamentais para não sucumbirmos diante das crises.

Objetivos da lição

  • Mostrar que Deus sempre nos socorre.
  • Apresentar a grandeza da chamada de Paulo.
  • Explicar que as crises são passageiras.
TEXTO BÍBLICO
2 Coríntios 11
24. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um.
25. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;
26. Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos;
27. Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.
30. Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.
Agenda de leitura
SegundaDt 31.8 – O Senhor é contigo.
TerçaIs 41.13 – O Senhor nos ajuda.
QuartaAt 23.11 – Devemos nos animar sempre no Senhor.
Quinta1Co 7.20 – Devemos entender nosso chamado.
Sexta1Co 16.13 – Devemmos permanecer firmes na fé.
SábadoFp 4.13 – O Senhor é quem nos fortalece.

Introdução

Nesta lição, veremos como Paulo foi um propagador do Evangelho e como Cristo lhe deu forças para enfrentar as prisões, açoites e perseguições. apesar de tanto sofrimento, Paulo não abriu mão de sua caminhada cristã.

1 – Um chamado em meio às perseguições.

O apóstolo Paulo nos deixou como legado uma biografia admirada por muitos. Um homem sempre disposto a realizar a obra de Deus com excelência.

1.1. Uma transformação milagrosa.

O chamado de Jesus a Paulo no caminho de Damasco pôs fim a toda perseguição praticada por Paulo ao cristianismo. De maneira repentina Paulo abandona a sua agressividade aos cristãos para ser um zeloso anunciador do Evangelho de Cristo [At 26.28]. Ele chegou a discorrer sobre seu sofrimento pela Noiva de Cristo, das marcas em seu corpo por ela e do seu amor zeloso que sempre teve pela Igreja [Gl 6.17]. Os cristãos de hoje, a exemplo do apóstolo Paulo, necessitam refletir na sociedade em que vivem o perfeito caráter de Cristo.

Pega essa, vaso! 😃

O Mundo no Tempo de Paulo – As Influências Desse Contexto Em Sua Formação
No tempo de Paulo três povos contribuíram significativamente para a expansão do mundo de então, e em especial para a propagação do evangelho, a saber: os romanos, os gregos e os judeus.

Uma das grandes contribuições de Roma nos tempos bíblicos foi a Pax Romana. As guerras entre as nações tornaram-se quase impossíveis sob a égide daquele poderoso império. Esta paz entre as nações favoreceu extraordinariamente a proclamação do evangelho entre os povos. Além disso, a administração romana tornou fácil e segura as viagens e comunicação entre as diferentes partes do mundo.
Os piratas foram varridos dos mares e as esplêndidas estradas romanas davam acesso a todas as partes do império. Essas estradas notáveis realizaram naquela civilização o mesmo papel das nossas estradas de rodagem e estradas de ferro da atualidade. E elas eram tão bem vigiadas que os ladrões desistiam de seus assaltos. De modo que as viagens e o intercâmbio comercial tiveram um amplo desenvolvimento.

NICHOLS comenta:
“É provável que durante os primeiros tempos do Cristianismo o povo se locomovia de uma cidade para outra ou de um país para outro, muito mais do que em qualquer outra época, exceto depois da Idade Média. Os que sabem como as atuais facilidades de transporte têm auxiliado o trabalho missionário, podem compreender o que significava esse estado de coisas para a implantação do Cristianismo!. (História da Igreja Cristã, 1985, p. 7).

Seria praticamente impossível ao apóstolo Paulo, e a outros de seu tempo, espalhar o evangelho mundo afora, como o fizeram, sem essa liberdade e facilidade de trânsito possibilitado pelo império romano.

1.2. Sua missão era maior do que sua dor.

O apóstolo Paulo é um exemplo de obreiro que cumpre a missão mesmo num contexto de perseguição e desprezo. Jesus disse por diversas vezes que nossa caminhada neste mundo não seria fácil. A vida de Paulo nos ensina que ser cristão não é brincadeira. O apóstolo Paulo sofreu bastante. No entanto, não desistiu de sua missão.

1.3. A luz brilhou nas trevas.

O que é verdadeiramente surpreendente na chamada de Paulo é a sua entrega incondicional ao Senhor. Devemos ter em mente que Saulo de Tarso foi um dos maiores perseguidores dos cristãos. Ele colocava suas ideias em prática sem poupar energia, tempo ou dinheiro. Antes, porém é mister dizer que Paulo pertencia a famosa seita dos fariseus. Esta influente seita determinava que a Lei devesse ser seguida sem questionamentos. Os cristãos da Igreja Primitiva pregavam que a salvação só era possível mediante ao arrependimento e à entrega de sua vida ao Senhor [Mt 3.2]. Esta mensagem ia de encontro a tudo que Paulo acreditava. Afinal, a lei estabelecia que um homem pendurado num madeiro era maldito de Deus [Dt 21.22-23]. Este era o pensamento de Paulo em relação ao Senhor Jesus.

Eu aprendi que

Qualquer um que olhasse para o jovem Saulo de Tarso, veria um jovem disposto a acabar com o Cristianismo. Contudo, Deus viu nele um vaso proveitoso para o Seu Reino.

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2 – Socorro em tempo de crise

No momento de crise e solidão Deus enviou Barnabé para socorrer Paulo. Quando precisamos de ajuda, Deus é o nosso socorro. Ele não nos abandona na hora da dificuldade. Barnabé se dispôs a ajudar um homem que estava sendo desprezado por todos. Assim, Barnabé somou de maneira sem igual para a expansão do Evangelho. Que o Espírito que estava sobre barnabé também repouse sobre nós.

2.1. Crise política.

A perseguição tem acompanhado a história da igreja desde sua fundação. A Igreja Primitiva enfrentou diversas perseguições, que ocasionaram a morte de muitos cristãos [At 12.1-2]. A recusa de ser leal ao imperador como a uma divindade era motivo para ser alvo de perseguição. E o discípulo de Cristo só reconhecia um Senhor: Jesus Cristo. No ano 64 d.C., o imperador Nero acusou os cristãos pelo incêndio que devastou a cidade de Roma. A história nos mostra que os cristãos que confessassem sua fé eram torturados, lançados na cova dos leões e queimados. Assim foi e assim tem sido. A Igreja nunca está imune às perseguições, contudo continua de pé e continuará prevalecendo contra o inferno em nome de Jesus [Mt 16.18].

Pega essa, vaso! 😃

Paulo e suas prisões
Em Filipos esteve em prisão, junto com Silas (Atos 16:19). Também em Éfeso foi prisioneiro (Filipenses 1,23-26). De fato foi daquela prisão que escreveu aos filipenses e a Filemon. A sua vida é colocada definitivamente em perigo em Jerusalém, quando se arisca a ser linchado. É primeiro preso ali e depois transferido primeiro para Cesareia Marítima e finalmente para Roma, onde vive um tipo de “prisão domiciliar” , depois tem prisão mais severa e é finalmente condenado à morte, provavelmente depois do incêndio de Roma(Imperador Nero).

2.2. Crise econômica.

A crise econômica é um dos piores males que o ser humano pode viver. Esta pandemia que se alastrou pelo planeta, recentemente, trouxe sérias consequências para o Brasil e para o mundo. Também no período da Igreja Primitiva existiam milhares de pobres e necessitados que eram amparados pelos cristãos [At 4.34-35]. O amor por seus irmãos em Cristo induziu Paulo a organizar uma coleta a fim de socorrê-los. Ele mesmo administrava um fundo para os cristãos pobres da Judeia [1 Co 16.1-3]. O que vemos então? Que a liberalidade acompanhada do cuidado com os mais humildes fez com que muitos servissem a Cristo pelo exemplo dos fiéis.

Pega essa, vaso! 😃

PAULO TRABALHA ENTRE OS JUDEUS EM ROMA
Quantos grandes homens entraram em Roma coroados e triunfantes que eram uma verdadeira praga para a sua geração? Mas Paulo, que era uma das maiores bênçãos para a sua geração, entrou desprezado, como um pobre cativo! Não nos enganemos, o mundo nunca pode conhecer os filhos de DEUS, porque não conhece a DEUS.

Quando Paulo chegou a Roma, esta era uma cidade de dois milhões de habitantes, dos quais mais ou menos a metade eram escravos desprezados. Nero era o imperador. Apesar de ele não ter mais de vinte e cinco anos de idade, as suas mãos haviam sido manchadas com o sangue da sua própria mãe, Agripina, e, talvez, com o da sua esposa Otávia.

Paulo chegara a Roma “na plenitude da bênção de CRISTO”, mesmo como afirmara que queria fazer, Rm 15.29. Temos o alvo de visitar os irmãos, somente quando estamos cheios do ESPÍRITO, para comunciar-lhes bênçãos de DEUS? Rm 1.11. Paulo nunca se referiu a si mesmo como o prisioneiro de César, mas sempre de CRISTO, Ef 3.1; Fp 1.12-14. Era “embaixador em cadeias”, Ef 6.20. Em Roma era embaixador de DEUS: 1) aos judeus (vv. 17-29); 2) aos soldados e a casa de César (Fp 1.12-14; 4.22); 3) aos gentios em Roma (At 28.28-31); 4) aos cristãos em Roma, Rm 1.9-15.

2.3. Crise espiritual.

As heresias estavam presentes na Igreja, fazendo mal a muitos [2 Pe 2.1]. Paulo quase foi morto por adoradores da deusa Diana. Os ourives estavam mais preocupados com o seu ganha-pão do que com sua fé [At 19.24]. Alguns rituais praticados pelos cristãos despertaram desconfiança por parte dos romanos. Por se tratar de um povo ateísta, eles não conseguiam entender como os cristãos não adoravam a ídolos em seus cultos e como se colocavam de pé e os olhos fechados, orando sem nenhum elemento visível. Diante de tamanha crise espiritual por parte de muitos, Paulo consolidou a sua fé em Cristo, tendo a certeza de que Ele era seu socorro.

Pega essa, vaso! 😃

Tanto o apóstolo Paulo quanto CRISTO revelam um quadro difícil da condição de grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a era presente chega ao seu fim (cf. Mt 24.5, 10-13, 24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4). Paulo, principalmente, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios ingressarão nas igrejas em geral.

Essa “apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões. A apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de CRISTO e dos apóstolos, ou a rejeição deles (1Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Os falsos dirigentes apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as exigências de CRISTO quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à lealdade a DEUS e seus padrões (2Pe 2.1-3,12-19). Os falsos evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de popularidade).

A apostasia moral, que é o abandono da comunhão salvífica com CRISTO e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de DEUS (Is 29.13; Mt 23.25-28). Muitas igrejas permitirão quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver 1Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por CRISTO (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de DEUS e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt 24.12; 2Tm 3.1-5; 4.3).

Tanto a história da igreja, como a apostasia predita para os últimos dias, advertem a todo crente a não pressupor que o progresso do reino de DEUS é infalível na sua continuidade, no decurso de todas as épocas e até o fim. Em determinado momento da história da igreja, a rebelião contra DEUS e sua Palavra assumirá proporções espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de DEUS contra os que rejeitarem a sua verdade (1Ts 5.2-9).

Eu aprendi que

Nos momentos de crise, não podemos deixar de observar que há um Deus nos guardando de todo mal.

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3 – A provisão de Deus em tempos difíceis

Temos um Deus que supre todas as nossas necessidades. Assim como cuidou do povo de Israel no deserto, Deus cuidou de igual modo de Paulo.

3.1. Devemos confiar no Senhor.

Devemos ser dependentes do Senhor em tudo que fazemos [Mt 6.34]. Paulo foi atormentado e preso, juntamente com Silas, por expulsar de uma jovem um espírito de adivinhação, que dava grande lucro aos seus senhores [At 16.18-20]. Contudo em meio à crise, Paulo não perdeu o ânimo e, juntamente com Silas, não abriu mão de louvar ao Senhor. As circunstâncias não os impediram de ser uma bênção, mesmo na prisão!

3.2. Nada pode nos separar do amor de Cristo.

A vida do apóstolo Paulo nos faz ver seu sofrimento constante por onde passava: prisões, espancamentos, apedrejamento, naufrágio, emboscadas, roubos, insônia, fome, perseguição, solidão, doença, desidratação, entre outros. Ainda assim, Paulo não desistiu de servir a Deus em toda sua caminhada cristã. Ele testemunha que era movido continuamente pelo pleno conhecimento do imensurável amor de Cristo ao morrer por todos nós [2 Co 5.14]. Se louvarmos a Deus em meio às nossas crises, assim como fez Paulo, deixaremos de ser pessoas tristes e amarguradas [Gl 2.20].

3.3. Não deixe o medo destruir seus sonhos.

O medo é um expressão emocional própria do ser humano. Paulo não se deixou levar por motivos infundados para realizar a obra de Deus. Ele não temia o que lhe poderia fazer o homem [At 21.13]. Devemos ter em mente que o medo em demasia impede as bênçãos.

Eu aprendi que

O amor de Deus está sempre disponível e não há nada que possa nos afastar desse amor!

CONCLUSÃO

Com vistas a uma melhor compreensão, há que se dizer que os dias de Paulo não eram melhores do que os dias de hoje. Mas podemos afirmar que Paulo superou as suas crises buscando refúgio em Deus. Devemos de igual modo possuir a fé necessária para descansarmos no Senhor.

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Paulo foi realmente transformado, e de maneira incansável, dedicou toda sua nova vida em prol do reino de Deus. Era intrépido, corajoso, e diante das lutas, das dificuldades e dos perigos que se deparava, sabia reagir com fé e intensa confiança naquele que o transportou das trevas para o reino de Sua maravilhosa luz. Ele chegou a declarar que o verdadeiro viver era Cristo, e sua maior preciosidade era cumprir com alegria a carreira pela qual foi comissionado.

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