O decálogo: o que é?

Decálogo
Decálogo são um conjunto de princípios relacionados à ética e à adoração. Os mandamentos aparecem duas vezes na Bíblia hebraica (no Êxodo e no Deuteronômio), e incluem instruções como a de não adorar outros deuses, honrar os pais e guardar o Sabá, bem como proíbe idolatria, blasfêmia, assassinato, adultério, roubo, desonestidade e cobiça.
A primeira aparição do Decálogo (mandamentos) na Bíblia é em Êxodo 20:1-17, em que Deus os dita diretamente a Moisés no Monte Sinai. Na segunda, em Deuteronômio 5:5-21, Moisés, depois de ter com Deus no Monte Horebe, retransmite os mandamentos aos hebreus. De acordo com a narrativa bíblica, os mandamentos foram escritos em duas tábuas de pedra pelo dedo de Deus (Ex 31:18). Mais tarde, Moisés quebra as tábuas ao ver o povo adorando o Bezerro de Ouro (Ex 32:1-19), mas um par reserva é fornecido (Ex 34:1). Em nenhuma dessas ocasiões, a expressão “dez mandamentos” é utilizada; isso ocorre apenas em outras passagens (Ex 34:28, Dt 4:13, Dt 10:4).
Quando lemos o primeiro e grande mandamento do Decálogo, qual sentido ele nos traz?
Será que se refere à questão meramente racional e religiosa, como a quantidade exata das divindades no céu? 
Ou apenas se refere a se podemos ou não ter estátuas em casa, fotografias, artes plásticas de alguma pessoa? 
Ou se trata apenas de um texto apologético contra as imagens de esculturas refletidas hoje nos “santos da igreja romana”?
O primeiro mandamento está interligado ao segundo, e pode-se dizer que ambos estão divididos em três partes:
(1) “Não terás outros deuses diante de mim.”
(2) “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.”
(3) “Não te encurvarás a elas nem as servirás.” Essa é uma informação importante para nos esclarecer a respeito do porquê desse mandamento ser tão especial ao povo judeu.
Não por acaso, DEUS constituiu o Shemá Israel, isto é, o “Ouve ó Israel, o SENHOR, nosso DEUS, é o único SENHOR”; a profissão de fé do monoteísmo judeu. O medo de cair na idolatria faz com que as pessoas preocupem-se em jogar fora as esculturas de artes de casa, fotografias de familiares ou simplesmente passar longe de alguém que professa outra tradição religiosa. Mas não é bem isso que o primeiro mandamento nos ensina. DEUS abomina que as pessoas atribuam a uma imagem, que tenta ser uma representação dEle, a adoração que é devida só a Ele; e também que usem a sua imagem para fins equivocados, como ganhar dinheiro ou fazer, em nome dEle, o mal, a perversidade. A nação de Israel não poderia também reproduzir outras divindades, como a de Faraó, seus pressupostos religiosos e culturais, pois a nação havia sido libertada para sempre. Por isso JESUS repete o mesmo mandamento: “Nenhum servo pode servir a dois senhores” e “Não podeis servir a DEUS e a Mamom (Lc 16.13).
O dinheiro e o poder estão entre os “deuses” deste século. Mamom foi o único “deus” que o nosso Senhor chamou pelo nome. Muitos são os elementos produzidos por Mamom: o “deus” dinheiro, a competição, o “deus” televisão, o “deus” internet, o consumismo etc. 
O problema hoje quanto à idolatria não se dá no campo do politeísmo, pois a maioria da população, ao menos no Brasil, não acredita nos deuses antigos. Mas se a questão for analisada do ponto de vista dos “deuses” que disputam a atenção da nossa mente e coração, então a coisa muda de figura. Portanto, o convite de DEUS para o seu povo é o de amá-IO de todo coração, com toda a força do pensamento e de toda a alma. Ele é o único e eterno DEUS das nossas vidas!

O DECÁLOGO

Êx. 20:1-26
20:1 — ENTÃO falou DEUS todas estas palavras, dizendo: 
2 — Eu sou o Senhor teu DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 
3 —- Não terás outros deuses diante de mim (1). 
4 — Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra (2). 
6 — Não te encurvarás a elas nem as ser virás: porque eu, o Senhor teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. 
6 — E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos. 
7 — Não tomarás o nome do Senhor teu DEUS em vão (3): porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. 
8 — Lembra-te do dia do sábado, para o santificar (4). 
9 — Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, 
10 — Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu DEUS: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. 
11 — Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou. 
12 — Honra a teu pai e a tua mãe (5), para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu DEUS te dá. 
13 — Não matarás (6). 
14 — Não adulterarás (7). 
15 — Não furtarás (8). 
16 — Não dirás falso testemunhos contra o teu próximo (9). 
17 — Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo (10).
Identificação nossa dos de mandamentos ( )

Observareis todos os meus estatutos, e todos os meus juízos, e os cumprireis” — Lev. 19:37.

 
Como introdução a presente lição, façamos algumas considerações sobre a lei no Novo Testamento:
Para os judeus resumia-se em amar a DEUS de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo. (Luc. 10:27; Mat. 22:36-40), coisa que ninguém podia, nem pode cumprir, tornando-se assim todos malditos. (Tia. 2:10; Deut. 27:26), da qual maldição CRISTO nos remiu. (Gal. 3:13). Para nós, crentes na dispensação da graça, a lei resume-se em AMOR. (Rorn. 13:10; Gal. 5:14; Tia. 2:8; Gal. 6:2; Roma. 13:8b.)
Só os observadores da lei serão salvos, (Roma. 2:3), os quais entretanto nunca existiram; o que a lei diz, o diz aos que estão debaixo dela: Rom. 3:9, não o diz a nós, pois não estamos debaixo da lei: Rom: 6:14 antes estamos mortos à ela: Rom. 7:4; Gal. 2:19 e desligados dela. Rom. 7:6. Para nós, CRISTO é o fim da lei. (Rom. 10:4). As obras da lei não justificam, mas quem justifica é a fé em JESUS: Rom. 3:20,27,28,; Gal. 2:16; 3:11. Não temos recebido o ESPÍRITO SANTO pelas obras da lei e sim pela fé; Gal. 3:2. Os que se querem justificar pela lei, estão separados de CRISTO; caíram da graça. (Gal. 5:4). A lei é simples SOMBRA. (Heb. 10:1). Não estamos sem lei. Temos lei da fé (Rom. 3:27); do ESPÍRITO da vida. (Rom. 8:2); da justiça (9:31); da liberdade (Tia. 2:12).
Finalmente, se formos buscar a justiça da lei, então estaremos admitindo que CRISTO morreu era vão. (Gal. 2:21).
 

I- DEUS apresentou-Se como o DEUS do povo de Israel em particular, visto considerá-lo seu povo peculiar. Abraão havia sido chamado pelo Senhor para constituir esse povo. Com grande interesse DEUS acompanhou a sua formação desde os patriarcas. Israel foi chamado dentre um povo idolatra; nada tendo assim a gloriar-se na sua origem (Eze. 16:3-8), tudo o que agora era devia-o a Jeová. Acabavam de experimentar uma série de milagres que culminaram com a passagem, a seco, do mar vermelho. A história de então não registrava fato idêntico. Jeová não era como os deuses dos povos e isto que Ele quer gravar na mente do Seu povo, ao apresentar-se no monte fumegante:
— Eu Sou o Senhor  teu DEUS que te amei a ponto de tirar-te da terra da escravidão, apesar de saber que és povo rebelde; compreende a minha graça para contigo e Me teme.
Nós também não éramos povo, e agora o somos (I. Pedro 2:10). DEUS nos amou quando éramos ainda pecadores. (Rom. 5:8).
 
II- Se Jeová era o Todo Poderoso, não podia admitir diante dEle outros deuses. É provável que alguns povos de então cressem em Jeová, por tradições recebidas de Abraão; mesmo povos mais antigos creram no DEUS verdadeiro, por tradições recebidas de Sem. Disto vemos exemplos em Melquisedeque que era sacerdote do DEUS Altíssimo (Gen. 14:18), e em Balaão, que conhecia a DEUS (Num. 22:12). Mas esses povos conheciam a Jeová como um DEUS e não como o ÚNICO DEUS, pois admitiam a existência de outros deuses e lhes rendiam culto. Isto era o que Israel não poderia fazer como povo peculiar de Jeová.
Uma melhor tradução de verso 3 diz: “Não terás outros deuses acrescentados a mim”. Isto é o que DEUS não quer que nós, o seu povo peculiar, façamos.
Quantos há em nossos dias que se ofenderiam se fossem chamados politeístas, e no entanto, o são, pois acrescentam ao DEUS verdadeiro uma multidão de deuses. Em milhares de Igrejas que se dizem cristãs afileram-se centenas de falsos deuses, como grave ofensa ao Todo Poderoso!
 
III- Em franca oposição ao que preceitua Apo.  22:19, a Igreja Romana omite no seu catecismo o segundo mandamento e divide o décimo em dois para completar o decálogo. Foi imperativa e solene a ordem de Jeová a Israel: “Não farás para ti imagem” “Não te curvarás a elas” DEUS é DEUS zeloso e visita a maldade. Uma das maiores maldades do homem é a idolatria: adoram deuses feitos por suas próprias mãos. (Vede Isa. 44:9-17).  Lembremo-nos de que devemos nos guardar, afim de não construirmos ídolos e nos curvarmos a eles. Muitos são os ídolos que os crentes podem fazer e adorar sem o perceberem: esposa, filhos, fortunas, empregos, amigos, atores, cantores, TV, Internet, Celular, etc……., podem tornar-se para nós em ídolos perigosos!

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